Cabeleireiro morto dentro de salão em Teófilo Otoni
Kiko, do KLB, é vacinado contra a Covid-19 e critica autoridades brasileiras: 'Canalhas'...
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Kiko, do KLB, em foto publicada no Instagram; cantor foi
vacinado contra a Covid-19 nos Estados Unidos
Publicado
em 16/3/2021 - 22h53
Leci Brandão, Martinho da Vila e Kiko,
do KLB,
foram vacinados contra a Covid-19 nesta terça-feira (16). A cantora de 76 anos
tomou a primeira dose do imunizante em São Paulo, e o sambista de 83 anos
recebeu a segunda dose no Rio de Janeiro. Já o cantor de 41 anos foi imunizado
em Orlando, nos Estados Unidos, onde mora com a mulher. Ele criticou as
autoridades brasileiras pela gestão na pandemia, chamando os governantes de
"canalhas".
"Saúde é o que desejamos às pessoas, nossos amigos,
familiares, a cada um de vocês! Haverá um dia em que a ganância por dinheiro e
poder será sobreposta pelo amor ao próximo. Que a vacina chegue logo para
todos, que não tenhamos mais as baixas doloridas que essa doença maldita
trouxe, assim como tantas outras", disse o cantor.
Aos 41 anos, o músico foi imunizado porque mora em
Orlando, na Flórida. Em algumas regiões do Estado norte-americano é permitida a
vacinação para maiores de 18 anos. Ele e a mulher, Francine Pantaleão,
enfrentaram mais de sete horas de fila para receber a dose.
"Estamos muito felizes, mas muito preocupados com
todos que amamos e mesmo com quem nem conhecemos e estão vivenciando o colapso
já sabido dessa pandemia, porque meia dúzia de canalhas não cumprem com seus
papéis nem com suas obrigações! Sim, vocês governantes têm obrigações com o
povo!", disparou o artista, que tentou se eleger vereador em São Paulo
pelo PSD em 2012, mas fracassou.
Mais de 100 mil pessoas já foram
vacinadas nos Estados Unidos desde dezembro do ano passado. Nos últimos sete
dias foram, em média, cerca de 2,4 milhões de doses aplicadas diariamente.
Sambistas vacinados
Leci, que é deputada estadual por São
Paulo, foi vacinada no drive-thru do Clube Atlético Monte Líbano, na capital
paulista. Ela tomou a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em
parceria com o laboratório chinês Sinovac, e deve receber o reforço em cerca de
um mês.
Nas redes sociais, a artista defendeu
a vacinação em massa no Brasil, lamentou o agravamento da pandemia do
coronavírus no país, com quase 3 mil mortes registradas nesta terça, e criticou
as ações do governo federal para mitigar a crise sanitária.
"Hoje me vacinei! Poderia estar
feliz, mas a alegria vai embora com a notícia de que 2.842 pessoas perderam a
vida. Precisamos de vacina, máscara, isolamento social e auxílio emergencial
digno e não 150 reais. Não é possível ter um governo que assiste tanta tragédia
e nada faz", declarou.
No Rio de Janeiro, Martinho também
tomou a CoronaVac, mas a segunda dose. A primeira ela havia recebido há
exatamente um mês. Vestido de azul e branco, as cores da Vila Isabel, sua
escola de coração, o sambista publicou uma foto segurando o comprovante da imunização,
além de mostrar o adesivo com os dizeres "eu fui vacinado".
Veja as publicações dos artistas:
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Noticias Gospel – O pastor Lucinho Barreto, que se tornou conhecido quando, em um culto de juventude da Igreja Batista Lagoinha, simulou o uso de cocaína nas páginas da Bíblia. Sua intenção era ilustrar uma suposta “dependência” da Palavra de Deus. Desta vez recentemente apareceu na igreja vestido Chapolim Colorado para pregar um sermão intitulado “E agora, quem poderá me defender?”.
Lucinho Barreto começou seu sermão dizendo “não contavam com a minha astúcia“, uma frase dita pela personagem Chapolin criado e interpretado pelo comediante Roberto Bolaños, que também interpretava o personagem Chaves.
Em sua pregação, Lucinho concentrou sua mensagem na “dependência de Deus”, e disse que não há maneira de ser sujeito a Deus e “outras coisas ao mesmo tempo.”
Lucinho que também é pastor de jovens da Igreja Batista da Lagoinha, disse aos presentes no culto que devemos ” aprender a depender de Deus”, assim como diz no Salmo 121 diz: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!”.
- Pr. Lucinho comenta sobre a polêmica em que aparece cheirando a Bíblia
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Antes de concluir seu sermão, o polêmico pastor deu um tom triunfalista ao sermão e afirmou que na dependência de Deus é possível ter forças para vencer os inimigos e ser bem-sucedido: “Se você colocar sua dependência n’Ele, Ele vai te dar força. Força muito louca. Você vai levantar de manhã e falar assim: ‘Sai da minha frente, [por] que eu acordei’. E você vai conquistar”.
Motoristas que protestaram contra Bolsonaro foram multados
em até R$ 6 mil... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/03/15/motoristas-que-protestaram-contra-bolsonaro-foram-multados-em-ate-r-6-mil.htm?cmpid=copiaecola
Carmen Vieira e Sidnei de Souza mostram as multas que suas
famílias receberam após participarem de carreatas contra Bolsonaro em Santa
Catarina
Imagem: Agência Pública
Laura Ely
Mais de uma centena de motoristas foram multados depois de
terem participado de carreatas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), realizadas nos últimos dois meses em diversas capitais brasileiras.
Segundo apuração da Agência Pública, as multas foram de valores de R$ 88,38 a
até R$ 5.869,40.
Apenas em Porto Alegre (RS), a reportagem encontrou mais de
46 autuações. Motoristas se dizem surpresos após receber em casa multas por
motivos como "passageiro sem cinto de segurança", "buzina por
tempo prolongado", "utilizar o pisca alerta" e "obstrução
do trânsito". Em comparação, segundo dados do Detran-RS, os protestos de
apoio ao presidente não registraram nenhuma ocorrência.
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registro de óbitos
Além disso, relatos de motoristas apontam mais de 20 multas
em carreatas contra Bolsonaro em Florianópolis. A reportagem encontrou também
casos de manifestantes multados em São Paulo e Brasília.
Após a carreata, a surpresa: multas chegam por
correspondência
Depois de ter participado da manifestação no largo da
Epatur, na capital gaúcha, no dia 23 de janeiro, uma servidora pública, que
preferiu não se identificar, recebeu em casa uma multa no valor de R$ 195,23
por transitar sem cinto, fato que garante não ter ocorrido.
"Foi totalmente descabida a autuação, fiquei
incomodada. Se ainda tivesse feito algo errado, tudo bem, mas eu estava de
cinto o tempo todo. Participar do protesto é um direito civil. Como a população
vai ficar à vontade para protestar se a retaliação vem assim, como uma forma de
silenciamento?", afirma a servidora, que vai recorrer judicialmente.
No mesmo dia e local, a sindicalista Elisia Mara Rodrigues
aparece em uma foto que circulou na imprensa e redes sociais usando cinto de
segurança no banco do carona. Ela estava com a família na carreata do dia 23,
sentada ao lado do marido, que foi autuado. Elisia estranhou a multa ser
aplicada pela Brigada Militar (BM, nome dado à Polícia Militar no Rio Grande do
Sul), já que agentes da Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC), órgão
que fiscaliza o trânsito em Porto Alegre, estavam no local.
Outro multado foi o funcionário do Sindicato dos Servidores
da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus-RS) Fabiano Marranghello Zalazar, que
diz estar com a buzina estragada no dia da manifestação. Ele foi notificado
também por uso prolongado do equipamento. "Quando aperto, não sai barulho
nenhum, ela some completamente. Já fui ao mecânico para consertar porque está
travada mesmo. Tem até um laudo constatando que não funciona. Essa multa que
levei, na avenida João Pessoa, não faz o menor sentido", diz Zalazar.
Presidente do movimento Mães e Pais pela Democracia, Aline
Kerber foi uma das organizadoras da manifestação, junto a demais entidades
sindicais e organizações políticas de esquerda. Ela garante ter informado os
órgãos competentes através de formulário eletrônico sobre o trajeto e horário
das carreatas nos dias 23/1, 31/1 e 6/2 em Porto Alegre. "Pedimos
autorização para EPTC e tivemos acompanhamento in loco, com agentes presentes e
coordenação da Brigada Militar", afirma ela, que criou um grupo virtual
reunindo mais de 20 multados em Porto Alegre.
A presidente da entidade estima que a primeira carreata (no
dia 23 de janeiro) contou com mais de 2 mil carros, mas a logística e a
organização do trânsito fizeram com que o fluxo dos veículos ficasse lento.
"A Brigada travou a saída, e, enquanto alguns veículos conseguiam andar,
buzinando e agitando suas bandeiras nas janelas, outros ficaram parados na
sinaleira. De repente, fomos desviados para um trajeto diferente do planejado,
e a carreata transformou-se em congestionamento na volta da quadra, ficando impossível
continuar. Os carros começaram a dispersar nos primeiros 15 minutos. Fizemos um
evento pacífico e o entendimento da polícia foi outro, nos repreendendo com
censura", diz a presidente.
Representando o grupo de pessoas que se sentiram lesadas
pelas multas, Aline registrou o caso em um ofício enviado para o Comando-Geral
da Brigada Militar, acionando a Corregedoria da corporação. A mensagem emitida
em 17 de fevereiro foi endereçada ao comandante-geral coronel Rodrigo Mohr e
pedia esclarecimentos, anulação das penalidades, além da apuração da conduta
dos policiais envolvidos. Dos motoristas que se pronunciaram sobre as
autuações, dez foram identificados no dossiê entregue à BM, sendo sete por
buzina e três por não uso do cinto. A BM registrou o recebimento, mas até o
fechamento desta matéria ainda não havia se manifestado sobre o ofício.
Pelo site da Transparência RS, a reportagem consultou o
número de autuações para os artigos 6491-0 (uso prolongado da buzina) e 167
(ausência de cinto de segurança) nas datas das carreatas pró e contra Bolsonaro
em Porto Alegre. No entorno do largo da Epatur, na Cidade Baixa, onde ocorreu a
carreata no dia 23 de janeiro, foram registradas 15 autuações por buzina e 31
por ausência de cinto entre passageiro e motorista. Na avenida Goethe, onde
ocorrem manifestações em favor da abertura do comércio (pró-Bolsonaro), não
foram registradas multas nos dias 15 de março e 21 de junho de 2020. Em locais
próximos, a pesquisa apontou três multas nessas datas.
Proprietária de loja de roupas e acessórios na zona norte de
Porto Alegre, a empresária Lúcia Helena Neumann Borges relata que esteve em
manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em três ocasiões, entre
março e abril do ano passado. No Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre,
tradicional reduto bolsonarista, ela diz ter participado de caminhadas, com
máscaras e bandeiras levando dizeres como "Fora STF". A mobilização
pedia a reabertura do comércio.
"Tinha o pessoal da Guarda Municipal e fiscalização dos
azuizinhos [agentes de trânsito], mas não lembro de ninguém ter sido multado na
ocasião. Multas, só para quem abriu a loja durante a bandeira preta
[determinação do Sistema Estadual de Distanciamento Controlado que restringe as
atividades do comércio no Rio Grande do Sul devido à pandemia]", afirma a
empresária.
Em Santa Catarina, participação em carreata leva a suspensão
da carteira e multa gravíssima
Eles não foram os únicos a serem punidos pelo artigo 253-A
do Código Brasileiro de Trânsito. Além da multa gravíssima e sete pontos na
carteira, o professor universitário Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho teve o
direito de dirigir suspenso por 12 meses. "Com a Polícia Militar à frente
da carreata, exigindo uma velocidade mínima, não tivemos controle do fluxo. A carreata
esteve sempre em movimento, não impedindo em nenhum momento a fluidez do
trânsito. Se houve bloqueio, foi com a liderança da própria polícia. Havia
agentes tirando fotos, sem abordar", declara o professor.
Em Florianópolis, manifestações contra o presidente também
acarretaram multas - estas em valores ainda mais salgados. Na capital
catarinense, foram autuados pelo menos vinte manifestantes pelos mesmos motivos
que em Porto Alegre. Uma das envolvidas no caso é a ex-senadora Ideli Salvatti
(PT-SC), que estava acompanhada do marido na manifestação. O casal teve o
veículo autuado por obstrução de trânsito, uma multa no valor de R$ 5.869,40.
Segundo Leandro Moraes Vidal, integrante da direção estadual
da Central Intersindical de Florianópolis, mais de 20 pessoas levaram essa
multa gravíssima. "Não fizemos a notificação da carreata. Mas foi muito
grande a adesão e isso gerou bastante tumulto. No dia do evento, fomos
abordados pela Polícia Militar e eles se colocaram à disposição para organizar
o trânsito. Tudo ocorreu normal. Tinha alguns policiais filmando. Dias após,
começaram a surgir multas", relata o líder sindical.
A Polícia Militar de Santa Catarina e a Guarda Municipal de
Florianópolis informaram à Pública que não detêm informações sobre multas
expedidas, sendo que elas são enviadas para o Detran-SC. O Detran não retornou
à solicitação nem atendeu os telefonemas.
Representado por um escritório de advocacia de Curitiba, o
grupo de catarinenses organiza um dossiê para entrar com uma liminar suspensiva
das multas. "Coincidências ou não, muitos dirigentes sindicais e
dirigentes de partidos foram multados", relata Vidal. A maior parte das
multas, segundo ele, foi referente à manifestação do dia 23 de janeiro. O
dossiê aponta algumas inconsistências, como horário e local das autuações e a
emissão de infrações pela Guarda Municipal, não identificada visualmente pelos
autuados.
Buzina em protesto: um caso controverso
Além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, motoristas que
participaram de carreatas em São Paulo e no Distrito Federal contra o
presidente Bolsonaro foram multados. Na capital paulista, a manifestação
aconteceu longe de hospitais, mesmo assim, resultou em manifestantes autuados
por diversos motivos, conforme mostrou a reportagem do jornal Brasil de Fato.
Em Brasília, mais da metade dos veículos presentes na Praça dos Três Poderes
foram autuados — dos 100 carros, 55 receberam multas da Polícia Militar, como
mostrou o Jornal Metrópoles.
A reportagem acionou a Secretaria de Transporte de São Paulo
e o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), que responderam
que o assunto não era de sua competência. A Polícia Militar, por sua vez, não
respondeu à solicitação.
Por meio da assessoria de imprensa, o Detran-DF informou
que, nos dias de manifestação popular, o controle de trânsito na Esplanada dos
Ministérios fica a cargo da Polícia Militar. A Polícia Militar, por sua vez,
disse que o assunto era competência do Detran.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o uso da
buzina de forma exagerada e sem motivo configura infração leve de trânsito,
podendo gerar penalidade de multa para o condutor.
No entanto, num contexto de manifestação, o advogado e
coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RS Roque Soares Reckziegel
defende que é um direito da população e repreendê-lo pode ser considerado
excesso de autoridade. "Parece ter havido excesso por parte das
autoridades. Em final de campeonato de futebol, esse buzinaço ocorre de forma
muito mais intensa e não há multa. Parece envolver uma questão
ideológica", afirma Reckziegel.
Advogada especialista em direito de trânsito Rochane Ponzi
discorda. Para ela, autuar manifestantes que possam estar irregulares faz parte
do papel da polícia. "Não dá para dizer que se trata de uma perseguição
política. Alguns agentes fazem isso para tirar malfeitores de circulação. Às
vezes, as pessoas se insuflam e desacatam orientações do órgão. Ter uma
autorização para uma manifestação de trânsito não é um salvo-conduto para
transgredir a lei", afirma. Ainda assim, ela orienta que as pessoas que se
sentiram lesadas a partir da notificação devem exercer seu direito de defesa.
Diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires explica que em uma
carreata o papel do ente público é garantir a segurança de todos que circulam
no local e fazer cumprir a legislação. Segundo ele, também é papel da Brigada
Militar reduzir impactos, fazer fluir o trânsito e fiscalizar os condutores.
Questionado sobre a manifestação do dia 23 e sobre por que
as infrações não foram aplicadas também nas carreatas pró-Bolsonaro, ele afirma
que não compete aos gestores da entidade a responsabilidade sobre a aplicação
das multas. "É do agente que está no local a competência de fazer as
infrações. Eles são autônomos para executar esse trabalho. Nós não temos
gerência direta sobre isso, nem sobre os policiais militares. Apenas procuramos
em conversa prévia identificar o problema e programar como iremos agir",
esclarece Ramires.
O diretor menciona a procissão dos motoqueiros - essa de
cunho religioso - em que as autoridades lavraram mais de 900 autos de infração
em 2018 por motivos como o uso prolongado da buzina. A manifestação ocorre
tradicionalmente no dia 12 de outubro, em decorrência do dia de Nossa Senhora
Aparecida, padroeira dos motoqueiros.
Abuso de autoridade x autonomia do agente
Presidente e fundador do Movimento de Justiça e Direitos
Humanos, o advogado Jair Krischke diz que a sociedade brasileira está apática e
uma situação como essa tende a reforçar a falta de embate. "Se a gente
deixar isso sem reação, amanhã ou depois irão multar até o panelaço. A multa
caberia no caso de ter sido em áreas próximas a hospitais e casas de repouso. É
realmente uma forma de constranger, querer coibir e silenciar quem é contra o
governo", afirma.
Subcomandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, área onde
ocorreu a maior parte dos protestos da capital gaúcha, o major Tales Américo
Osório nega a existência de qualquer tipo de orientação para repressão política
ou ideológica nas carreatas. "Isso é inconstitucional, é uma atitude
improvável e ilegal. Não temos essa faculdade para determinar aos nossos
efetivos", afirma. Segundo ele, não houve favorecimento ou repressão em
nenhum dos atos [nem a favor nem contra o presidente], "uma vez que a BM
não tem posicionamento político e apoia todo tipo protesto, causa ou
manifestação para garantir a ordem".
Osório diz que os brigadianos têm total autonomia de decidir
sobre a aplicação da multa. Se o policial viu que houve infração, ele preenche
o auto e confecciona a multa. A tarefa de acompanhar os protestos, segundo ele,
tem por propósito promover a segurança dos cidadãos: "As pessoas podem
exercer seu direito de livre manifestação. Não importa o viés ideológico, em
todas as manifestações a Brigada Militar deve estar presente para garantir a
segurança. Mas o Código Brasileiro de Trânsito é bem claro, ele não é flexível.
Seja num protesto ou em qualquer lugar, alguém sem cinto proporciona alto risco
à sua própria vida."
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