sexta-feira, 30 de junho de 2023

Mulher é presa após pedir empréstimo de R$ 38 mil no banco e funcionário desconfiar de golpe em Inhapim

Verificou que ela possui inúmeros registros pelos crimes de estelionato e uso de documento falso em diversas delegacias do Estado de Minas Gerais.

Por g1 Vales de Minas Gerais 

29/06/2023 17h52  Atualizado há 14 minutos

 


Mulher é presa após pedir empréstimo de 38 mil para o banco e funcionário desconfiar de golpe em Inhapim — Foto: Polícia Civil/divulgação

 

A Polícia Civil de Minas Gerais, por intermédio da Delegacia de Polícia em Inhapim, efetuou, nesta tarde de quinta-feira (29), a prisão em flagrante de uma mulher, de 38 anos, pelos crimes de uso de documento falso e tentativa de estelionato perpetrados em uma instituição financeira na cidade.

 

Os policiais civis foram acionados via telefone para comparecer à agência do banco, onde supostamente uma pessoa estaria apresentando documento falso. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com a autora dos fatos, a qual apresentou o documento de outra pessoa.

 

Em conversa com o agente comercial do banco, ele disse aos investigadores de polícia que a conduzida foi atendida por ele por volta das 11h30 e ela chegou pedindo a abertura de uma conta corrente, apresentando a identidade falsa, o comprovante de endereço e a certidão do INSS, todos em nome de outra pessoa.

 

 

Após concluir a abertura da conta, a conduzida contratou um empréstimo no valor de R$ 38 mil. O funcionário desconfiou que pudesse se tratar de um golpe e foi conversar com a gerente e pediu a conduzida pra aguardar na agência. Logo em seguida, ligaram para a PC, a qual compareceu à agência e constatou no sistema que a identidade pertencia a outra pessoa.

 

Durante as investigações, os policiais descobriram nome verdadeiro da autora, estando ele de acordo com os dados cadastrais contidos nos sistemas policiais, inclusive a fotografia da conduzida. Prosseguindo nas apurações, verificou que ela possui inúmeros registros pelos crimes de estelionato e uso de documento falso em diversas delegacias do Estado de Minas Gerais.

 

Diante disso, a mulher foi presa em flagrante pelos crimes de uso de documento falso e tentativa de estelionato, bem como teve suas impressões digitais colhidas para análise do Instituto de Identificação. Em seguida, foi encaminhada ao sistema prisional, onde se encontra à disposição da justiça.

 

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/06/29/mulher-e-presa-apos-pedir-emprestimo-de-38-mil-no-banco-e-funcionario-desconfiar-de-golpe-em-inhapim.ghtml

Comerciante de 75 anos é preso suspeito de tentar estuprar funcionária em Santa Maria do Suaçuí;

 'Apontou uma arma na direção dela', diz polícia


Na delegacia, o homem foi ouvido e confirmou os fatos declarados pela vítima, razão pela qual, considerando ainda o armamento apreendido, foi ratificada a sua prisão em flagrante pelos crimes de estupro e posse irregular de arma de fogo.

Por g1 Vales de Minas Gerais 

29/06/2023 18h13  Atualizado há 13 horas

 

Comerciante de 75 anos é preso suspeito de tentar estuprar funcionária em Santa Maria do Suaçuí — Foto: Polícia Civil/divulgação

 

 Um idoso, de 75 anos, foi preso em flagrante Polícia Civil de Minas Gerais, na tarde desta quinta-feira (29), por tentativa de estupro contra uma funcionária dele, de 36 em Santa Maria do Suaçuí. Além da prisão, foram apreendidas duas armas de fogo.

 

De acordo com a PC, a vítima procurou a Delegacia de Polícia informando que o patrão tinha acabado de ameaçá-la com uma arma de fogo, obrigando-a a se despir para manter relações sexuais com ele. De acordo com a funcionária, o homem chegou a apontar uma arma em sua direção, ocasião em que ela teria o empurrado e corrido até a unidade policial.

  

“Imediatamente paramos todos os nossos serviços e fomos ao encalço do suspeito, que estava saindo de casa no exato momento em que chegamos. Considerando a situação de flagrância na modalidade ficta, porquanto encontrado logo após o crime com instrumentos que fizessem presumir ser ele o autor do fato, chamamos sua vizinha como testemunha da ação policial para nos acompanhar na diligência”, detalha o delegado Thales Borges Muniz.

Com a autorização do suspeito, a equipe policial entrou no imóvel, que já estava com a porta aberta, em razão da tentativa de fuga dele, onde foram encontrados um revólver calibre 38, com numeração raspada e uma espingarda municiada, estando as duas no quintal.

 

Na delegacia, o homem foi ouvido e confirmou os fatos declarados pela vítima, razão pela qual, considerando ainda o armamento apreendido, foi ratificada a sua prisão em flagrante pelos crimes de estupro e posse irregular de arma de fogo. Em seguida, ele foi entregue ao sistema prisional.

 

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/06/29/comerciante-de-75-anos-e-preso-suspeito-de-tentar-estuprar-funcionaria-em-santa-maria-do-suacui-apontou-uma-arma-na-direcao-dela-diz-policia.ghtml

Corpo de homem é encontrado boiando no Rio Mucuri em Nanuque

 De acordo com a Polícia Civil, a identidade do rapaz só foi descoberta, por conta de documentos que estavam no bolso da calça dele. O corpo, estava em avançado estado de decomposição.

Por g1 Vales de Minas Gerais 

29/06/2023 19h12  Atualizado há 11 horas 

Corpo de homem é encontrado boiando no Rio Mucuri em Nanuque — Foto: Polícia Civil/divulgação

 

O corpo de um homem identificado como Uátila Teixeira Constantino, de 23 anos, foi encontrado na tarde desta quinta-feira (29) próximo à terceira ponte, no bairro Laticínios, em Nanuque. De acordo com a Polícia Civil, a identidade do rapaz só foi descoberta, por conta de documentos que estavam no bolso da calça dele. O corpo, estava em avançado estado de decomposição.

 

De acordo com a PC, estão fazendo vários procedimentos que são necessários para coletar evidências e investigar as circunstâncias do caso. Nenhum familiar da vítima procurou a polícia até o fechamento desta matéria. As causas da morte, estão sendo investigadas.  

Ainda segundo a polícia, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Nanuque.

 

Corpo de homem é encontrado boiando no Rio Mucuri em Nanuque — Foto: Polícia Civil/divulgação

 

Vídeos do Leste e Nordeste de MG

 

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/06/29/corpo-de-homem-e-encontrado-boiando-no-rio-mucuri-em-nanuque.ghtml

Polícias Civil e Militar cumprem mandados de prisão e apreensão em cinco cidades de MG

 Operação teve como objetivo investigar casos de tráfico de drogas, associação para o tráfico e receptação de veículos roubados e furtados. As ações foram feitas simultaneamente nas cidades de Sabinópolis, Materlândia, Itabira, Belo Horizonte e Pompeu.

Por g1 Vales de Minas Gerais 

29/06/2023 19h25  Atualizado há 11 horas

 

Policias Civil e Militar cumprem mandados de prisão e apreensão em cinco cidades de MG — Foto: Polícias Civil e Militar de Sabinópolis/Divulgação

  

A Polícia Civil de Minas Gerais, representada pela Delegacia de Sabinópolis, realizou uma operação em conjunto com a delegacia regional de Guanhães e a Polícia Militar. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (29) e contou com a participação de mais de 50 militares da PC e PM, além de cães farejadores e uma aeronave da Polícia Civil.

 A operação teve como objetivo investigar casos de tráfico de drogas, associação para o tráfico e receptação de veículos roubados e furtados. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva. As ações foram realizadas simultaneamente nas cidades de Sabinópolis, Materlândia, Itabira, Belo Horizonte e Pompéu.

  

O chefe da operação foi o Dr. Kennedy Guimarães, Delegado Civil de Sabinópolis, que afirmou que a ação foi satisfatória e positiva. Durante as buscas, foram encontradas drogas e munições em diversos locais, que serão utilizadas como evidências em investigações em andamento na Delegacia de Sabinópolis.

 

A equipe da Polícia Militar, liderada pelo Major Conrado e auxiliada pelo Capitão Duarte e Tenente Jonatan, coordenou o apoio à operação. O Major ressaltou a importância da integração entre as Polícias para garantir a ordem e o bem-estar da população.

 

Policias Civil e Militar cumprem mandados de prisão e apreensão em cinco cidades de MG — Foto: Polícias Civil e Militar de Sabinópolis/Divulgação

 

Vídeos do Leste e Nordeste de MG 

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/06/29/policias-civil-e-militar-cumprem-mandados-de-prisao-e-apreensao-em-cinco-cidades-de-mg.ghtml

Por maioria de votos, TSE declara Bolsonaro inelegível por 8 anos

Plenário reconheceu o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por reunião convocada com embaixadores. Braga Netto foi excluído da sanção

30/06/2023 15:15 -

Por maioria de votos (5 a 2), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por oito anos, contados a partir das Eleições 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado. Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta. Nesse ponto, a decisão foi unânime.

O julgamento foi encerrado na tarde desta sexta-feira (30) com a proclamação do resultado pelo presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes.

Consequências

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. Com isso, ficou determinada a imediata comunicação da decisão à Secretaria da Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE), para que, independentemente da publicação do acórdão, se promova a devida anotação no histórico de Jair Bolsonaro no cadastro eleitoral da restrição à sua capacidade eleitoral passiva, ou seja, da impossibilidade de se candidatar e ser votado em eleições.

A decisão também será comunicada imediatamente à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), para que analise eventuais providências na área penal; ao Tribunal de Contas da União (TCU), devido ao provável emprego de bens e recursos públicos na preparação de eventos em que se consumou o desvio de finalidade eleitoreira; ao ministro Alexandre de Moraes, relator, no Supremo Tribunal Federal (STF), dos Inquéritos nº 4878 e nº 4879; e ao ministro Luiz Fux, relator da Petição nº 10.477, para conhecimento e providências que entender cabíveis.

Mentiras e desinformação ameaçam a democracia

Ao proclamar o resultado, o presidente do TSE fez uma defesa firme da Justiça Eleitoral e do sistema eletrônico de votação, vigente no país desde 1996. Moraes advertiu contra as mentiras e a desinformação propagadas por indivíduos, grupos e ocupantes de cargos eletivos, com a finalidade de desacreditar, sem qualquer prova, a integridade das urnas eletrônicas, visando desestabilizar a própria democracia.

No voto, o presidente do TSE enfatizou que houve desvio de finalidade na conduta de Bolsonaro ao defender uma pauta pessoal e eleitoral faltando três meses para a eleição. O discurso, segundo o ministro, instigou o seu eleitorado e outros eleitores indecisos contra o sistema eleitoral e contra as urnas eletrônicas. O ministro lembrou que, independentemente do público que ali estava, a repercussão nas redes sociais era voltada especificamente a quem poderia votar no então candidato à reeleição. Para Moraes, o desvio de finalidade foi patente, uma vez que a reunião como chefe de Estado serviu para autopromoção do candidato e para atacar o sistema eleitoral pelo qual ele mesmo foi eleito em 2018. “Não são opiniões possíveis, são mentiras fraudulentas”, enfatizou.

A ministra Cármen Lúcia apresentou o voto que formou a maioria pela inelegibilidade na sessão de hoje. Para ela, o evento teve nítido caráter eleitoreiro.

Já o ministro Nunes Marques acompanhou a divergência aberta pelo ministro Raul Araújo, ao votar pela improcedência da ação. Na opinião do ministro, o evento com embaixadores não foi “capaz de minimamente perturbar a legitimidade e a normalidade de um pleito do tamanho da eleição presidencial”.

Veja como votou cada ministro:

Sessão Plenária 27.06.2023 - Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O relator da Aije foi o primeiro a votar pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro e destacou que houve responsabilidade direta e pessoal do ex-presidente ao praticar “conduta ilícita em benefício de sua candidatura à reeleição”. Na sessão do dia 22 de junho, o ministro ressaltou que o abuso de poder político se caracteriza como ato do agente público praticado mediante desvio de finalidade, com a intenção de causar interferência no processo eleitoral. Ele ressaltou que o uso indevido dos meios de comunicação ficou caracterizado na exposição desproporcional de um candidato em detrimento dos demais, ocasionando desequilíbrio na disputa eleitoral.

Para o relator, a Aije possui balizas sólidas para a aferição da gravidade, desdobrando-se em dois aspectos: qualitativo, no alto grau de reprovabilidade da conduta; e quantitativo, na significativa repercussão sobre a disputa eleitoral.

Sessão Plenária 27.06.2023 - Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Primeiro a votar após o relator, o ministro Raul Araújo abriu divergência para julgar improcedente a Aije do PDT. Araújo considerou que o discurso feito por Bolsonaro aos embaixadores não teve gravidade suficiente para quebrar a igualdade entre futuros candidatos ao pleito nem influenciar negativamente o comparecimento massivo de eleitores às urnas eletrônicas nas eleições de 2022. “A intensidade do comportamento concretamente imputado, a reunião de 18 de julho de 2022, e o conteúdo do discurso não foram tamanhos a ponto de justificar a medida extrema da inelegibilidade”, afirmou o ministro.

Araújo destacou que a Justiça Eleitoral deve ter uma intervenção mínima no processo eleitoral e que o TSE tomou, em análise de representações, as medidas cabíveis para preservar a normalidade do pleito contra discursos de eventuais candidatos que se mostraram excessivos e que desrespeitaram a legislação eleitoral.

O ministro também divergiu do relator quanto a uma preliminar proposta pela defesa de Bolsonaro que pedia a exclusão – dos autos do processo – da minuta de decreto de estado de defesa encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Em fevereiro deste ano, o Plenário do TSE já havia referendado, por unanimidade, decisão do relator que incluiu no processo a minuta. Raul Araújo disse que concordou com a inclusão da minuta naquele momento, mas, ao analisar o mérito, entendeu que o vínculo daquele documento com os termos da Aije não ficou comprovado ao longo da instrução do processo.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 29.06.2023

Ao acompanhar o relator, o ministro Floriano de Azevedo Marques dissecou o discurso do ex-presidente no evento com embaixadores e identificou quatro linhas de retórica, todas com conotação eleitoral, ressaltando ainda que o enquadramento jurídico está focado no artigo 22 da Lei Complementar nº 64/1990 (Lei de Inelegibilidade), particularmente em condutas que caracterizem desvio ou abuso de poder ou utilização indevida dos veículos ou meios de comunicação. “Diz a lei: apurada essa conduta abusiva, a Justiça Eleitoral aplicará a sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à eleição que se verificou”, destacou. O ministro analisou detalhadamente a fala do ex-presidente na ocasião da reunião e destacou sete pontos.

1) O evento em questão não se inseriu nas atividades diplomáticas de representação do país perante autoridades estrangeiras.
2) A organização da reunião não ficou a cargo dos órgãos que seriam competentes para fazê-lo, o que demonstra não se tratar de um ato regular de governo.
3) O evento foi realizado fora dos lugares próprios e adequados para atos de governo, sendo realizado na residência oficial (Palácio da Alvorada).
4) O discurso proferido teve nítido caráter de estratégia eleitoral para valorizar a imagem do candidato, bem como para manchar a imagem do principal opositor e tentar criar empatia com o eleitorado, apresentando-se como candidato perseguido e contra o sistema.
5) O discurso teve também caráter voltado a deslegitimar e colocar sob suspeita o processo eleitoral, gerando potencialmente um desincentivo à participação do eleitor com vistas à obtenção de benefícios.
6) O discurso primou pela desinformação e por acusações sabidamente falsas ou no mínimo improváveis.
7) O discurso visava trazer benefício eleitoral.

“Houve desvio de finalidade, na medida em que o primeiro investigado usou das suas competências de chefe de Estado para criar uma aparente reunião diplomática com o objetivo, na verdade, de responder ao TSE e construir uma persona de candidato, servindo-se dos meios e instrumentos oficiais, inclusive de comunicação social, para alcançar o seu real destinatário, o eleitor, seja o já cativado ou aquele a conquistar”, afirmou. Ainda de acordo com o ministro, houve abuso de poder político, pois o primeiro investigado mobilizou todo o poder de presidente da República para emular sua estratégia eleitoral em benefício próprio, agindo de maneira anormal, imoral e, principalmente, grave. “Portanto, para mim, o abuso e o desvio da autoridade estão claros”, asseverou.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 29.06.2023

Na mesma linha, o ministro André Ramos Tavares votou pela inelegibilidade de Bolsonaro. Segundo ele, houve o uso indevido dos meios de comunicação para promover a reunião, e o impacto social do uso das redes digitais nesse contexto não deve ser menosprezado. “É grave quando o caos informacional se instala na sociedade, e é ainda mais grave se esse estado é planejado e advém de um discurso do presidente da República”, advertiu o ministro, ao destacar que “a confiança dos eleitores nas instituições democráticas deixa de existir e, com isso, a própria liberdade de voto fica viciada”, acrescentou.

O ministro ainda pontuou que não se ignora, no caso, que o acusado se beneficiou da liberdade de expressão para expor ideias que atacavam a democracia “por mais incisivas que sejam determinadas colocações, críticas, discordâncias e embates ideológicos”. André Ramos Tavares também esclareceu que o foco do discurso da Aije são os ataques “comprovadamente infundados e absolutamente falsos, sistemáticos e notórios contra a urna eletrônica, o processo e a Justiça Eleitoral”. Dessa forma, considerou não ser possível se convencer da tese de que o discurso teria ocorrido no sentido de melhoramento do sistema eleitoral.

Ele lembrou que Bolsonaro questionou o sistema eleitoral brasileiro por pelo menos 23 vezes no ano de 2021. De acordo com o ministro, é inviável ignorar esses fatos. “É possível constatar ataques infundados que se escoraram em boatos”, enfatizou. Outro impacto evidenciado pelo ministro diz respeito aos receptores das falas proferidas por Bolsonaro na reunião. “O discurso foi dirigido para todo e qualquer interessado. Resta em total desacordo com as provas dos autos a afirmativa de que o discurso dirigia-se apenas a embaixadores estrangeiros”, finalizou.

Leia mais: Com o placar de 3 a 1 pela inelegibilidade de Bolsonaro, TSE suspende julgamento

Sessão plenária - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 30.06.2023

  • Cármen Lúcia

Ao votar pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro, acompanhando o relator, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a reunião entre o então presidente e embaixadores estrangeiros, em julho de 2022, foi um monólogo de caráter eleitoreiro em que Bolsonaro lançou dúvidas, sem qualquer prova, sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e da Justiça Eleitoral, condutora das eleições. A ministra destacou os ataques agressivos feitos por Bolsonaro à honradez de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio TSE.

“Não há democracia sem o Poder Judiciário independente. Os ataques não tinham razão de ser, a não ser desqualificar a Justiça Eleitoral, o próprio Poder Judiciário e atacar a própria democracia“, disse Cármen Lúcia.

A ministra salientou que, na ótica qualitativa da gravidade da conduta, o então presidente fez uso indevido dos meios de comunicação, com a transmissão do evento feita ao vivo pela emissora estatal TV Brasil e também em redes sociais. No aspecto quantitativo, Cármen Lúcia disse que a divulgação do encontro de Bolsonaro com os diplomatas alcançou um número expressivo de pessoas que votariam nas eleições, que ocorreriam dali a três meses.

“Isso tudo de desqualificar, essa consciência de perverter, faz com que não apenas o ilícito tenha acontecido, mas coloca em risco a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral e, portanto, da própria democracia. Mas isso [o discurso de Bolsonaro] foi divulgado, ou seja, com o uso indevido dos meios de comunicação, para solapar a confiabilidade de um processo sem o qual nós não teríamos sequer o Estado de Direito, porque a Constituição não se sustentaria”, afirmou Cármen Lúcia.

Sessão plenária - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 30.06.2023

ministro Nunes Marques acompanhou a divergência aberta pelo ministro Raul Araújo para julgar improcedente a Aije do PDT por entender que a conduta não foi suficiente para impor a inelegibilidade de Bolsonaro. “Não identifico conduta atribuída ao ex-presidente que justifique a aplicação das graves sanções previstas na legislação”, ressaltou, ao considerar que o discurso feito pelo ex-presidente aos embaixadores não teve gravidade suficiente para quebrar a igualdade entre futuros candidatos ao pleito nem influenciar negativamente o comparecimento massivo de eleitores às urnas eletrônicas.

Em contraponto ao discurso de Bolsonaro, Nunes Marques reiterou que o sistema de votação tem "irrefutável integridade" e ressaltou que temos um processo eleitoral confiável reconhecido como uma pedra angular de nossa democracia, acrescentando que a urna eletrônica é símbolo da nossa eleição desde 1996 e representa um marco importante da plena liberdade da expressão do voto.

Entretanto, afirmou que a integridade não significa que o sistema de votação mais avançado do mundo não seja passível de quesitonamento ou de debate em busca de aperfeiçoamento. Para Nunes Marques, a atuação de Bolsonaro na reunião não se voltou para obter vantagens políticas com o discurso ou desacreditar o sistema, mas para debater melhorias.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 30.06.2023

  • Alexandre de Moraes

Último a se manifestar, o ministro Alexandre de Moraes também acompanhou integralmente o relator. Ele lembrou que Bolsonaro violou parâmetros definidos pelo Tribunal desde 2021 sobre condutas em que eventuais candidatos às Eleições 2022 não deveriam incorrer, no sentido de tentar desacreditar o sistema eletrônico de voto perante a população, em um ataque direto à Justiça Eleitoral e à própria democracia. O Plenário já havia definido que tal conduta poderia ser considerada abuso de poder.

“Isso ficou pacificado e como um alerta para se evitar exatamente o que estamos fazendo hoje, que é evitar que o descumprimento do que já era pacífico gerasse a inelegibilidade daqueles que insistissem em praticar esses ilícitos eleitorais”, explicou Moraes.

Durante o episódio debatido na Aije, de acordo com o ministro, o então candidato à reeleição fez mau uso da função para o qual foi eleito e deturpou a atribuição a ele conferida quando:

  • organizou o evento, convocou embaixadores utilizando-se do cargo e do cerimonial da Presidência a menos de dois meses do primeiro turno das Eleições Gerais de 2022;
  • empregou recursos públicos e a estrutura do Palácio da Alvorada;
  • transmitiu o encontro com estrangeiros ao vivo pela TV Brasil;
  • propagou o vídeo pela redes sociais com o objetivo de levantar dúvidas sobre o voto eletrônico e insuflar eleitores contra a Justiça Eleitoral e as demais candidaturas

“Um presidente da República que ataca a Justiça Eleitoral, ataca a lisura do sistema eleitoral que o elege há 40 anos? Isso não é exercício de liberdade de expressão. Isso é conduta vedada, e, ao fazer isso utilizando-se do cargo de presidente, do dinheiro público, da estrutura do Alvorada e da TV pública, é abuso de poder. Ao preparar tudo isso para imediatamente bombardear o eleitorado via redes sociais, é uso indevido dos meios de comunicação”, pontuou.

Todos os atos, segundo Moraes, ocorreram de forma encadeada, seguindo um plano traçado com claro objetivo de atacar a credibilidade das instituições democráticas brasileiras e influenciar negativamente o eleitorado. Na avaliação do ministro, a resposta dada pelo TSE durante a análise do caso confirma a fé no Estado Democrático de Direito e na democracia, além de demonstrar repúdio ao populismo “renascido a partir das chamas” dos discursos de ódio e que disseminam desinformação.

Histórico do julgamento

O julgamento teve duração de quatro sessões (dias 22, 27, 29 e 30 de junho) até ser concluído nesta sexta-feira. O ponto de partida foi a apresentação do relatório pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Na sequência, a sustentação oral foi feita pelo representante do Partido Democrático Trabalhista (PDT), autor da ação, e a defesa foi feita pelo advogado que representou Bolsonaro e Braga Netto. Também foi anunciado o parecer do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) pelo vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco. Ele opinou pela inelegibilidade somente de Bolsonaro e para que fosse absolvido Braga Netto.

A segunda sessão foi destinada exclusivamente ao extenso voto do relator, que analisou detalhadamente o caso e fez uma rigorosa avaliação de todas as provas produzidas ao longo da instrução do processo. Na terceira sessão, votaram os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Já a sessão de hoje foi destinada aos votos da ministra Cármen Lúcia, do ministro Nunes Marques e do ministro Alexandre de Moraes.

EM, MC, BA/CM, DB

Processo relacionado: Aije 0600814-85.2022.6.00.0000

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22.06.2023 - Acusação e defesa apresentam argumentos ao TSE sobre inelegibilidade de Bolsonaro

22.06.2023 - Corregedor encerra leitura do relatório da ação de investigação contra Bolsonaro

20.06.2023 - Relatório da ação contra Bolsonaro está disponível desde 1º de junho

19.06.2023 - Entenda o passo a passo para o julgamento da ação do PDT contra Bolsonaro

16.06.2023 - Corregedor-geral é relator obrigatório para Aijes de eleições presidenciais

05.06.2023 - TSE marca para 22 de junho julgamento de ação de investigação contra Bolsonaro

https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Junho/por-maioria-de-votos-tse-declara-bolsonaro-inelegivel-por-8-anos

                                                                         


Filho reconhece corpo do pai encontrado na BR-116 em zona rural de Caraí

Salvador segundo a polícia, era residente em Padre Paraíso. A comunidade local está abalada com a triste notícia e aguarda por esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram à morte da vítima.

Por g1 Vales de Minas Gerais

 

29/06/2023 16h20  Atualizado há 14 horas  

O corpo de Salvador Moreira dos Santos, de 47 anos, residente em Padre Paraíso, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (29), à margem da BR-116, na zona rural de Caraí.

A vítima, inicialmente não tinha sido identificada, foi encontrada em uma área de vegetação próximo ao antigo posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. O homem apresentava pele morena, vestia uma camisa listrada, calça jeans e tênis. Além disso, estava com uma sacola.

 O Instituto Médico Legal de Teófilo Otoni e a perícia técnica foram no local para investigar o caso.O corpo assim que chegou no IML, foi reconhecido pelo filho de Salvador que ficou sabendo do caso e procurou a polícia. 

A Polícia Civil vai fazer os exames de necropsia, que ajudarão a determinar a causa da morte. Até o momento, não há informações sobre o que pode ter ocasionado o óbito da vítima, e o caso permanece em fase de investigação. 

Salvador segundo a polícia, era residente em Padre Paraíso. A comunidade local está abalada com a triste notícia e aguarda por esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram à morte da vítima. 

Vídeos do Leste e Nordeste de MG 

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/06/29/filho-reconhece-corpo-do-pai-encontrado-na-br-116-em-zona-rural-de-carai.ghtml

quinta-feira, 29 de junho de 2023

VÍDEO: O enquadro de Cármen Lúcia no ministro que votou contra inelegibilidade de Bolsonaro no TSE

 Ministra deu pito em Raul Araújo e foi endossada pelo relator Benedito Gonçalves e pelo ministro Alexandre de Moraes; placar está em 3x1 contra Bolsonaro


Escrito en POLÍTICA el 

A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), interrompeu o voto de Raul Araújo no julgamento que deve sentenciar a inelegibilidade por 8 anos de Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (29), e deu um enquadro no ministro.

Araújo, até o momento, foi o único ministro que votou contra a cassação dos direitos políticos de Bolsonaro, enquanto o relator Benedito Gonçalves e os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares votaram a favor, deixando o placar parcial em 3x1 pela inelegibilidade do ex-presidente.

Ao sair em defesa de Bolsonaro na leitura de seu voto, Raul Araújo deu ênfase ao fato de que o ex-presidente, supostamente, não seria responsável pela minuta de um golpe de Estado encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. O ministro disse, ainda, que seria "impossível" condenar Bolsonaro com base na suposição de que ele seria responsável pela minuta. 

Acontece que, apesar do documento fazer parte do processo, ele não foi utilizado pelo relator para embasar seu voto, motivando a ministra Cármen Lúcia a dar um pito em seu colega de Corte. 

“Não me pareceu que no voto do ministro relator houvesse nenhuma referência a que este documento, nem de autoria nem de responsabilidade do primeiro investigado (Bolsonaro). Eu quero só entender se Vossa Excelência está excluindo alguma coisa, mas sem pertinência com o que o relator teria dito (...) Eu, no meu voto, nem uso este dado”, disparou Cármen Lúcia. 


Isso porque o objeto principal da ação, que baseou o voto do ministro relator, é a reunião que Bolsonaro realizou com embaixadores estrangeiros em julho de 2022 atacando o sistema eleitoral brasileiro e colocando em xeque a segurança e credibilidade das urnas eletrônicas. 

Presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, então, interviu, endossando Cármen Lúcia em seu enquadro no ministro Raul Araújo.

“Acho importante, realmente, porque o longo voto do eminente relator se baseou na reunião. O fato de ter juntado essa minuta golpista em nada afetou, e também, ainda, não se apurou a responsabilidade disso”, declarou Moraes. 


O relator Benedito Gonçalves, por sua vez, completou a invertida contra o único ministro que votou favoravelmente a Bolsonaro. 

“Meu voto foi claro, explicando, primeiro: não está se apurando minuta. Foi um reflexo, que poderia ser minuta ou outra questão, da conclusão que eu tive do meu voto, dos efeitos do discurso feito do evento de 18, na reunião que se apura, no tocante à inverdade das urnas eletrônicas", pontuou o ministro. 

O julgamento foi suspenso e será retomado nesta sexta-feira (30), às 12h, com o voto de Cármen Lúcia. Se a ministra votar contra Bolsonaro, estará formada a maioria e o ex-presidente será automaticamente declarado inelegível. 

Veja o momento em que Raul Araújo é enquadrado pelos ministros

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">🚨GRANDE DIA: Veja o exato momento em que Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Benedito Gonçalves questionaram os argumentos utilizados por Raul Araújo em seu voto no julgamento da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) <a href="https://t.co/bcpNzG4WuO">pic.twitter.com/bcpNzG4WuO</a></p>&mdash; PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES 2022 (@pesquisas_2022) <a href="https://twitter.com/pesquisas_2022/status/1674413989282078724?ref_src=twsrc%5Etfw">June 29, 2023</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>