Prédio de conjunto arquitetônico que deu origem a Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e se tornou local de prostituição e tráfico, será restaurado. Outros 10 terão fachadas recuperadas
Do completo abandono a cores e formas da revitalização. O Centro Histórico de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, vai ter um prédio recuperado e outros 10 com a fachada pintada. A decisão foi tomada esta semana, a partir de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público (MP) estadual e o dono de um posto de gasolina do município, distante 678 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo o promotor de Justiça da comarca, Randal Bianchini Marins, a área onde se encontra o conjunto arquitetônico se tornou, nos últimos anos, ponto de prostituição e tráfico de drogas, com risco para moradores e visitantes.
“O núcleo histórico virou um verdadeiro faroeste”, compara Marins, que atuou no acordo em parceria com o coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda. A região é tombada pelo município desde 2002.
Um dos destaques do conjunto histórico é a Casa Rage, que fica na Praça Waldomiro Silva e já tem outra unidade na parte alta de Araçuaí. Construído na metade do século 20, o imóvel está muito degradado e, nessa empreitada, vai ganhar uma cobertura e reconstituição da fachada. A pintura dos demais imóveis entra no TAC como medida compensatória, já que o empresário, conforme o promotor, derrubou vários imóveis na área protegida pelo município, para construção de postos de combustíveis.
“A cidade de Araçuaí começou nessa região. Em 1979, houve uma grande enchente no Rio Araçuaí, com inundação do Centro Histórico, e os moradores mudaram para o local conhecido hoje como parte alta. No lugar, ficou o abandono e a zona boêmia tomou conta”, conta Marins. Ele explica que já foram instaurados de 50 a 60 procedimentos a respeito da degradação da área. “Atualmente, há apenas cerca de 30% dos imóveis que existiam antes do processo de deterioração do núcleo”, explica, destacando que a Casa Rage, de peças, foi uma das primeiras do município.
O dono do posto de combustíveis tem 30 dias para apresentar um projeto, elaborado por arquiteto, ao Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico. Na sequência ele terá 120 dias para a restauração, estando sujeito a multa caso não cumpra o estabelecido. A expectativa é de que tudo esteja pronto para as comemorações do aniversário de 141anos da cidade, em 21 de setembro. O diretor de Cultura da prefeitura, Jackson do Espírito Santo, aplaude a iniciativa, certo de que falta de políticas específicas para o local acabaram levando-a ao descaso. “É um acordo importante para o nosso patrimônio”, disse Jackson, afirmando que o Centro Histórico já perdeu muitas construções de relevância.
No documento, o promotor de Justiça de Araçuaí relatou que o Centro Histórico de Araçuaí – o município tem 37 mil habitantes – começou a se desenvolver na Praça Waldomiro Silva, “que se desenha numa paisagem urbana com tendência eclética. A notabilidade do acervo arquitetônico se caracteriza pela singularidade e originalidade do patrimônio”. E mais: “A preservação desse conjunto deve ser vetor de desenvolvimento social, urbano e cultural, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população. A apresentação das características fundamentais somente serão garantidas se mantida a relação entre os lugares edificados e não edificados”.
Fonte: Estado de Minas
Estrada de Ferro - Minas _ Bahia
Estados de Minas Gerais e Bahia
HISTÓRICO DA LINHA: LINHA DE MANHUAÇU: A E. F. Bahia a Minas começou a ser aberta em 1881, ligando finalmente Caravelas, no litoral baiano, à serra de Aimorés, na divisa com Minas Gerais, um ano depois. Somente em 1898 a ferrovia chegaria a Teófilo Otoni, e em 1918, a Ladainha. Em 1930 atingiu Schnoor. Em 1941, chegou a Alfredo Graça, e, em 1942, chegou em Arassuaí, seu ponto final definitivo. A ferrovia originalmente pertencia à Provincia da Bahia; em 1897 passou a ser propriedade do Estado de Minas Gerais, para, em 1912, passar a ser administrada pelos franceses da Chemins de Fer Federaux de L'Est Brésilien (por algum tempo). Em 1965, foi encampada pela V. F. Centro-Oeste e finalmente extinta em 1966. Embora tenha havido planos para a união da ferrovia com a Vitória-Minas, tal nunca ocorreu e ela permaneceu isolada.
Leia mais em
http://www.estacoesferroviarias.com.br/baiminas/bahia-minas.htm
Projeto: Música sobre trilhos.
O resgate da memória ferroviária na cultura das diferentes regiões do Brasil, por meio da música popular brasileira.Veja o vídeo:
Caminhos de Ferro - Ferrovia Bahia-Minas
CAMINHOS DE FERRO: Estrada de Ferro - Minas _ Bahia
Presidente Pena -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais
Projeto da cidade foi o primeiro colocado na avaliação do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas
Foto: arquivo
Prédio deverá ser restaurado pela prefeitura municipal
Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha vai ganhar uma biblioteca na zona rural. Ela funcionará na antiga estação ferroviária do distrito de Engenheiro Schnoor e benefiará cerca de 2 mil pessoas.
O espaço será uma extensão da Biblioteca Pública Cristina Moreira Alves, que já funciona na cidade, e receberá mil itens entre livros em impressão comum e Braille, CD’s, DVD’s e audiolivros.
Segundo a secretaria estadual de Cultural a prefeitura municipal será responsável pela revitalização do local.
O projeto que vai viabilizar esta expansão, denominado “Estação de Leitura: Distrito Schnoor”, ficou em primeiro lugar na seleção realizada pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC/MG), por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais.
Foram avaliadas as propostas de cada localidade para a promoção da leitura na sede do município e em seus distritos, para a democratização do acesso ao livro e estímulo à leitura, entre outros critérios.
Além de Araçuaí, outros dez municípios tiveram suas iniciativas aprovadas: Brumadinho, Perdizes, Poços de Caldas, Paula Cândido, Poté, Senhora dos Remédios, Tiros e Uberaba. Ao todo, o Estado vai investir no total R$ 260 mil.
Para receber o acervo, cada prefeitura deverá formalizar a criação da biblioteca e, a partir de então, estará apta a assinar o termo de doação com o Estado.
Fonte Secretaria de Estado da Cultura
Nenhum comentário:
Postar um comentário