"Se o conteúdo das imagens incomodasse Bolsonaro e ao seu grupo político, cuidados já teriam sido tomados para que novas imagens dessas não fossem produzidas ou circulassem", diz o jornalista Renato Rovai. "O vídeo foi divulgado nas redes de Bolsonaro sem nenhum constrangimento", afirma. "A saudação nazista é a marca de uma submissão a líderes sanguinários"
Em roupas militares, o grupo que esteve ontem no Palácio não é o primeiro a produzir esse conteúdo imagético do braço direito levantado em direção ao “líder supremo” da Nação.
Bolsonaro e seus comunicadores vêm estimulando este conteúdo já há algum tempo. A maioria dessas imagens divulgadas pelas redes são de líderes religiosos que ao orar ao “líder supremo” estendem a mão direita em sua direção. Por este motivo, até a tarde de ontem alguns consideravam exagero afirmar que havia uma intenção clara de reprodução da saudação nazista nesses encontros na frente Palácio.
Mas o fato concreto é que se o conteúdo das imagens incomodasse Bolsonaro e ao seu grupo político, cuidados já teriam sido tomados para que novas imagens dessas não fossem produzidas ou circulassem.
Ao contrário, o grupo de paraquedistas veteranos fardados que esteve ontem na frente do palácio ensaiou a saudação e usou uma variação de Heil Hitler, o “Bolsonaro Somos Nós”. Todos em torno do líder reafirmando o compromisso em torno dos seus ideais.
O vídeo foi divulgado nas redes de Bolsonaro sem nenhum constrangimento. A saudação nazista é a marca da violência. É a marca de uma submissão a líderes sanguinários. A pessoas que levaram suas nações a desastres humanitários. Que será o destino do Brasil se continuarmos a fazer de conta que atos como este de ontem são normais. Se continuarmos a naturalizar a barbárie e o fascismo.
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