E. F. Central do Brasil (1892-1970)

E. F. Central do Brasil (1892-1970)
SANATÓRIO
Município de Barbacena, MG
Linha do Centro - km 379,914 (1928)MG-0533
Altitude: 1.115 mInauguração: 01.12.1892
Uso atual: demolidacom trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.
A ESTAÇÃO: A estação de Sanatório foi inaugurada em 1892. Em princípio, existia para atender o sanatório da cidade.

Em 1950 é inaugurada a variante entre as estações de Barbacenae Carandaí, via Simão Tamm, já que o traçado original via Ressaquinha era muito sinuoso e de rampas fortes. Do traçado original, entre Barbacena e Carandaí, existem hoje somente 2 km, entre a estação de Barbacena e o terminal da Cimento Holcim.

Vale lembrar que, onde hoje se encontram as instalações desse terminal, existia a estação ferroviária do Sanatório, que foi demolida em 26/06/1989, sem deixar vestígios. Até os paralelepípedos da ladeira de acesso à estação foram retirados.

O hoje chamado Ramal do Sanatório é o que resta da linha original, conforme dito, atinge o terminal da Cimento Barroso (da Holcim) para carregamento de cimento. Ele ainda passa por sobre o famoso "pontilhão", ou seja, uma ponte de pedras do tempo da E. F. D. Pedro II que ainda está lá conservada como um belo monumento sobre uma das avenidas principais da cidade.
ACIMA: O sanatório de Barbacena em artigo de 1889, citando o "estribo" que lhe dava acesso por ferrovia. Ficava por trem a 8 horas da Capital do Imperio (A Provincia de S. Paulo, 5/10/1889).ACIMA: A estação de Sanatorio em 1906 (Revista da Semana, 27/5/1906). ABAIXO: O famoso "Pontilhão", como é chamada a ponte de pedras ainda do tempo da E. F. D. Pedro II em Barbacena. Hoje é parte do ramal do Sanatório e não mais da linha principal. Ainda está ativa em 2008, como mostra a foto (Foto Michael Roberto da Silva).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Michael Roberto da Silva; Cláudio Luiz Nascimento Bomfim; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928)

A estação em foto de cartão postal enviado em 1907. Autor desconhecido

Estação de Sanatório, em 1928. Foto do livro de Max Vasconcellos
Atualização: 17.01.2017

Sanatório -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais

Nenhum comentário:

Postar um comentário