sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Rodovias do país registram acidentes durante o feriado prolongado de Carnaval

Rodovias do país registram acidentes durante o feriado prolongado de Carnaval

As rodovias do país registraram vários acidentes durante o feriado prolongado de Carnaval. Na BR 364, em Goiás, pai, mãe e filha morreram após o carro da família ser atingido por parte de um caminhão. Em outros estados, o consumo de bebida alcoólica está por trás de grande parte dos acidentes nas rodovias.
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Caso Alice: suspeito de envolvimento na morte de menina é preso

Crime em Vila Velha

A ação, que aconteceu no mesmo município do crime e tinha objetivo de desarticular o tráfico de drogas no bairro Dom João Batista, contou com o apoio da Guarda Municipal e prendeu três pessoas no total

  Elis Carvalhoycarvalho@redegazeta.com.br

 

·         Glacieri Carrarettogcarraretto@redagazeta.com.br

Publicado em 20/02/2020 às 17h27

Atualizado em 20/02/2020 às 20h58

Alice da Silva Almeida. Crédito: Arquivo pessoal

Polícia Civil prendeu, durante uma operação na manhã desta quinta-feira (20), um dos suspeitos de envolvimento na morte da menina Alice da Silva Almeida, de 3 anos, morta a tiros no bairro Dom João Batista, em Vila Velha, no dia 9 de fevereiro.  A ação, que aconteceu no mesmo município do crime e tinha objetivo de desarticular o tráfico de drogas no bairro Dom João Batista, contou com o apoio da Guarda Municipal e prendeu três pessoas no total. 

A operação começou por volta das 7 horas desta quinta-feira (20) em vários bairros de Vila Velha. De acordo com Guarda Municipal do município, a ação aconteceu por meio da Delegacia Especializada de Homicídios (DHPP), em conjunto com  a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), com apoio da Guarda. 

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"Na data de hoje (as delegacias) cumpriram três mandados de prisão referentes as investigações da guerra do tráfico da região de Dom João Batista,  bem como, diversos mandados de busca e apreensão, onde foram apreendidos drogas e arma. Um dos presos é referente ao recente homicídio de uma criança de 3 anos de idade. As investigações seguem sob segredo de Justiça", informou a Guarda Municipal, por nota. 

Alice era neta de um sargento da Polícia Militar e morreu após ser atingida por tiros no bairro Dom João Batista, em Vila Velha, na noite do último dia 9. O crime aconteceu por volta das 20 horas. A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. 

"Encontramos uma pessoa que é investigado de envolvimento na morte da pequena Alice. Não é possível precisar se ele atirou, mas estava na cena do crime. Este indivíduo foi interrogado. Isso não vai ficar impune, as polícias estão trabalhando muito e contamos com a contribuição da sociedade com denúncias pelo 181.  Não vamos descansar enquanto não conseguirmos prender os autores e demais envolvidos naquele episódio tão delicado",  afirmou o secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá.  

Durante a operação, uma arma também foi apreendida com o suspeito e será encaminhada para exames de micro-comparação balística. O secretário não soube precisar quantos mandados de busca e apreensão foram expedidos contra os envolvidos na morte da criança.

 Além do suspeito de envolvimento na morte de Alice, também foram detidas outras três pessoas, dois por envolvimento com o tráfico de drogas rival ao do suspeito - que eram investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha - e também um terceiro por tráfico de drogas.

https://www.agazeta.com.br/es/policia/caso-alice-suspeito-de-envolvimento-na-morte-de-menina-e-preso-0220



Coronavírus: Alfenas e Viçosa registram casos suspeitos da doença

Duas mulheres estão internadas nas duas cidades após voltarem de viagens ao exterior e apresentarem sintomas semelhantes aos do coronavírus.

Hospital São Sebastião

Paciente de Viçosa está internada no Hospital São Sebastião; o quadro de saúde dela é estável
Foto: Reprodução/Google StreetView


Por LARA ALVES | SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO
Os municípios de Alfenas, na região Sul de Minas Gerais, e Viçosa, na Zona da Mata, abrigam duas pacientes internadas em hospitais, após retornarem de viagens ao exterior, com sintomas semelhantes aos do novo coronavírus (covid-19). As notificações sobre esses dois casos foram emitidas pelas duas cidades entre a noite dessa quinta-feira (27) e a manhã desta sexta-feira (28). 
Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) declara investigar apenas cinco casos suspeitos da doença em toda a região – três em Belo Horizonte, um em Juiz de Fora e o último em Montes Claros. Contudo, o aparecimento de novos pacientes com sintomas suspeitos em cidades do interior pode elevar consideravelmente este número. O próximo boletim da secretaria deverá ser publicado ainda nesta sexta-feira. 
Viagem à Itália
Através de suas redes sociais, a Prefeitura de Alfenas declarou que a paciente com quadro sintomático semelhante ao do novo coronavírus está internada na Santa Casa de Misericórdia. A mulher, que tem 28 anos, estava em viagem pela Itália – um dos países com maior número de casos da doença no mundo – no mês de fevereiro e retornou ao Brasil no dia 19 deste mesmo mês. 
Seu quadro de saúde é estável, mas ela permanecerá em observação no hospital por, pelo menos, 14 dias. O município já solicitou que ela seja transferida para o Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre, também na região Sul. A unidade de saúde é referência no tratamento a esse tipo de enfermidade. 
Passagem pela Tailândia
A paciente internada em Viçosa, na Zona da Mata, retornou há poucos dias de uma viagem pela Tailândia e apresentou sintomas leves e semelhantes aos do novo coronavírus. A mulher, cuja idade não foi informada, está em isolamento no Hospital São Sebastião desde quarta-feira (26) e seu quadro de saúde é estável.
Boletim publicado pela prefeitura da cidade na manhã desta sexta-feira (28) garante que ela permanecerá em observação pelas próximas 24 horas – até domingo (1°). Caso não haja piora em seu quadro de saúde, a mulher receberá alta e permanecerá isolada em sua própria residência. Os exames feitos na paciente já foram encaminhados ao estado de Minas Gerais e à Fiocruz. A previsão é que o resultado deles saia na próxima terça-feira (3). 

Homem é morto na praça Sete após jogar cachaça em outro e atingi-lo com tchaco

Vídeo de câmera de segurança mostra momento em que a briga acontece e a vítima é atingida por uma paulada e golpes de faca; assista.

Por LARA ALVES | SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO

Briga Praça Sete
Crime aconteceu na noite de terça-feira (18), na praça Sete
Foto: Reprodução/Youtube
Um homem de 41 anos morreu após ser atingido com uma facada no pescoço na noite dessa terça-feira (18), no quarteirão fechado da praça Sete, na região central de Belo Horizonte. O crime aconteceu após uma briga com outro homem, este de 27 anos, e a companheira do suspeito, uma mulher de 39 anos que possui uma barraca para comércio de artesanato no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro. 
Apesar do sangue jorrar por seu pescoço, Jeferson Campos da Silva conseguiu correr até a base comunitária móvel da Polícia Militar instalada na praça Sete para pedir ajuda, ainda com um instrumento de artes marciais, 'tchaco', em mãos – a presença do equipamento foi explicada apenas depois.
Alguns segundos depois de chegar ao posto, caiu no chão em estado grave. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância até o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde passou por uma cirurgia. Contudo, ele não resistiu aos ferimentos e morreu. 
Motivo fútil 
Registros das câmeras do Olho Vivo ajudaram os militares a descobrir a identidade dos dois suspeitos de cometer o crime. Além delas, uma pessoa que tentou separar a briga entre os dois homens, relatou toda a história à polícia.
Os agentes seguiram o rastro de sangue deixado pelo homem até a porta do edifício Júlia Nunes Guerra, onde esta testemunha permanecia. As imagens das câmeras mostram apenas parte da briga, nelas o homem aparece jogando algo sobre o rosto do suspeito. 
A testemunha declarou aos militares ter visto os dois homens discutindo após Jeferson jogar cachaça no rosto do suspeito, que ainda teve seu nunchaku retirado das mãos pelo outro. O mais velho, então, com o instrumento de artes marciais sob sua posse ainda teria tentado atacar o outro.
Contudo, a mulher de 39 anos, companheira do suspeito do crime, atingiu Jeferson na cabeça para tentar defender seu namorado. Quando ele caiu ao chão, o homem de 27 anos o golpeou quatro vezes com uma faca que tinha em mãos. 
Após o crime, suspeito e namorada recolheram seus pertences às pressas e escaparam. Com uma investigação iniciada na região da praça Sete, os militares descobriram o nome da companheira do suspeito e descobriu que ela expunha seus produtos artesanais na internet através das redes sociais e, com isso, encontraram todo o nome completo e o endereço de sua residência, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A mulher e seu companheiro estavam escondidos na casa e acabaram presos em flagrante pela Polícia Militar, por homicídio cometido por motivo fútil e participação em homicídio.
O autor do crime declarou apenas que Jeferson jogou cachaça em seu rosto e tentou retirar de suas mãos o tchaco. O caso seguiu para a Delegacia de Polícia Civil de Contagem, onde pôde ser encerrado.

Explodiu a Previdência em Minas

Você paga mais para aposentados do que para servidores ativos
Pela primeira vez em sua história, o governo de Minas está gastando mais dinheiro com aposentados e pensionistas do que com servidores ativos. Para piorar, tudo indica que esse marco (ou rombo), atingido ainda em outubro deste ano, deverá se deteriorar muito até o final de dezembro, tornando-se um recorde negativo na Previdência mineira e colocando nosso Estado na pior situação previdenciária do país.
Em menos de dez anos, o gasto com folha salarial do Poder Executivo mais que dobrou, indo de R$ 7 bilhões, em 2009, para R$ 14,89 bilhões. Durante o mesmo período, o gasto com aposentados e pensionistas explodiu, saindo de R$ 4,5 bilhões, em 2009, para  incríveis R$ 15 bilhões na atualidade – um aumento de 233%.
Isso significa que, desde o início de outubro, você, cidadão, está pagando mais impostos para sustentar aposentadorias do que para receber qualquer outro serviço do Estado. O caso que mais chama a atenção é o da Polícia Militar, em que o contribuinte pagou R$ 3 bilhões para os policiais que estão nas ruas nos protegendo, enquanto pagou R$ 4,3 bilhões para os policiais reformados, em suas casas.
Em resumo, em todos os serviços do Estado, nós poderíamos ter o dobro de pessoas trabalhando do que temos hoje. No futuro, teremos menos ainda. Afinal, sem a reforma previdenciária específica, Minas terá cada vez mais aposentados e cada vez menos servidores ativos.
A verdade é que apenas 47% dos nossos aposentados recebem aposentadorias que obedecem ao teto de R$ 5.839,45 do INSS. Esses aposentados não são o problema. Parte do entrave são os 30% que recebem o dobro ou mais desse valor e os mais de 8 mil ex-servidores que recebem pelo menos quatro vezes o teto.
A questão principal que temos hoje, na verdade, é que todo esse dinheiro sai hoje do caixa único do Estado, quando deveria ser retirado de um fundo de pensão estadual – que Minas já chegou a ter, foi saqueado em 2012, e que terá que ser refeito por força da reforma previdenciária federal.
O principal problema que enfrentaremos amanhã é que, para que esse fundo tenha recursos para  conseguir pagar tantos aposentados, será necessário um aporte de aproximadamente R$ 77 bilhões – algo próximo do valor da Cemig e da Copasa juntas, por exemplo.
Ainda que o governo de Minas consiga capitalizar o fundo, a outra parte do problema é que não há mais como permitir que quase 30% dos funcionários públicos do Poder Executivo se aposentem com remunerações superiores a R$ 20 mil – a grande maioria com pouquíssimo tempo de contribuição.
Ao contrário da crença popular, a situação em Minas Gerais só não é muito pior porque o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Ministério Público (sempre acusados de sustentar privilégios e aposentadorias graúdas) foram mais competentes na contenção desses gastos. Em 2009, a folha de aposentados e pensionistas era 38% do tamanho da folha de ativos no Judiciário, subindo para 42% em dez anos. No Legislativo o crescimento foi maior: de 37% para 57% da folha. Apenas o Ministério Público conseguiu manter sua folha de inativos do mesmo tamanho desde 2009 – era 33% em relação aos ativos e assim continua até hoje.
Em resumo, ou Minas acaba com a demagogia, ou a demagogia continuará acabando com o Estado. Um Estado onde 78% dos servidores recebem salários maiores que o rendimento domiciliar médio do mineiro, mas, mesmo assim, continuam fazendo inúmeras greves, querendo aumento em época de recessão econômica. 

Seis meses de governo Zema: um balanço de erros e acertos

O perfil empresarial do novo governo tem sido fundamental para a estabilidade econômica do Estado e a atração de confiança do investidor
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Ao final deste mês, Romeu Zema completará seis meses no comando do nosso Estado. Em meio a um país estagnado economicamente e em clara divisão político-ideológica, chegará aos 180 dias com críticas e elogios em diversas áreas e setores, motivo pelo qual decidi fazer um balanço dos principais erros e acertos do Executivo estadual até aqui.
Comecemos pelos erros. Eleito de forma avassaladora em 2018, Zema (e o Novo à sua volta) falhou em entender o espírito do eleitorado que o alçou ao posto atual, num ato muito mais motivado por aversão a PT e PSDB do que por qualquer programa ou proposta de sua campanha.
Sem perceber que a grande maioria dos políticos de Minas estava fora da estrutura PT/Aécio, se sentiu obrigado a aproximar-se do segundo grupo para obter governabilidade, o que até agora não conseguiu com sucesso.
Também surpreendeu ao não conseguir substituir os quadros petistas em grande parte das estatais mineiras. Afinal, escolher profissionais capacitados para o comando de empresas deveria ser o grande forte do Novo.
O resultado dessas falhas é a crença de que o Novo ganhou as eleições, mas foi o PSDB que ficou com o poder e o PT com os cargos.
Há também a questão das promessas de campanha. Disse que não iria viajar de jatinho – viajou. Disse que não ia receber salário – recebeu. Disse que não pagaria os secretários – pagou. Disse que colocar comissionado nas estatais para receber jetons era um absurdo – mudou de ideia.
A absoluta falta de priorização dos gastos em saúde também é um problema do novo governo (o mais grave). Coisas básicas, como material de consumo, não estão sendo adquiridas pela rede estadual.
A história mostra que esse comportamento traz danos exponenciais ao governo. Afinal, um diabético que não consegue acesso à insulina acaba por ter sua saúde deteriorada – causando ainda mais gastos no sistema com internações e tratamentos mais caros.
Por outro lado, Zema acertou também em várias áreas.
A criminalidade em Minas Gerais caiu até 33% no início de 2019. Nenhum mérito pode ser tirado do atual governador, que soube manter e privilegiar uma estrutura bem-organizada da PMMG.
Também são de se comemorar os mais de 26 mil empregos criados no Estado neste ano (segundo maior gerador do Brasil). Nesse sentido, o perfil empresarial do novo governo tem sido fundamental para a estabilidade econômica do Estado e a atração de confiança do investidor. Os empresários identificam alguém de diálogo fácil.
Outro ponto positivo do governo tem sido a gestão da crise da mineração. Agradou-me muito o perfil conservador e duro com que o meio ambiente estadual vem tratando a catástrofe, apertando a fiscalização em cima da Vale. É preciso dar destaque ao trabalho da Semad – um dos melhores das últimas décadas.
Por último, o grande acerto da gestão Zema vai para o programa de concessão de rodovias estaduais, que atrairá cerca de R$ 7 bilhões em investimentos para o Estado. Espero que mais iniciativas do tipo venham nessa direção nos próximos meses, pois, além de alavancar a economia estadual, aliviam o caixa estatal.
Em uma análise conclusiva, diria que o novo governador tem surpreendido as expectativas de início de ano, nas quais muitos apostavam contra seu governo. Há que se dizer, no entanto, que ainda há muito espaço para melhorar, principalmente para com aqueles que mais precisam do governo para, literalmente, sobreviver.

Deputados do Novo contrariam Zema e votam contra aumento de 42% a policiais..

O governador Romeu Zema aprovou em primeiro turno reajuste para policiais militares e civis do Estado - Pedro Gontijo/Imprensa MG

O governador Romeu Zema aprovou em primeiro turno reajuste para policiais militares e civis do EstadoImagem: Pedro Gontijo/Imprensa MG

Carlos Eduardo Cherem
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
18/02/2020 17h12Atualizada em 19/02/2020 10h02

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Deputados Guilherme da Cunha e Bartô votaram contra projeto de lei
  • Há cinco anos Minas Gerais convive com déficits no orçamento
  • Para este ano, estimativa é de R$ 13 bilhões
  • Impacto do aumento é superior a R$ 5 bilhões por ano
  • Emenda de deputada petista estende aumento a outras categorias
Com o voto contrário e críticas de dois dos três deputados estaduais que compõem a bancada de seu partido, o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) conseguiu aprovar em primeiro turno, nesta terça-feira (18), projeto de lei que reajusta em 41,7%, escalonado até dezembro de 2022, o salário de policiais militares e civis do Estado.
Com o voto favorável de 60 deputados estaduais, somente o líder do governo na Assembléia Legislativa, Guilherme da Cunha (Novo), e seu colega de legenda, Bartô (Novo), registraram voto contrário a Zema. A terceira deputada do Novo, Laura Serrano, votou a favor do projeto. A Casa tem 77 membros.
Há cinco anos, desde a gestão do petista Fernando Pimentel, Minas Gerais convive com déficits no orçamento. Em 14 meses de governo, Zema não conseguiu equilibrar o rombo do estado.
Este ano, com uma receita de R$ 103 bilhões e despesas de R$ 116 bilhões, a estimativa de déficit é de R$ 13 bilhões. Desde fevereiro de 2016, os salários dos cerca de 460 mil funcionários públicos do estado são pagos com atraso. Os funcionários com remuneração superior a R$ 2.500 não receberam ainda o 13º do ano passado.
"O projeto é inadequado para a recuperação fiscal do Estado. É inadequado para o equilíbrio das contas de Minas Gerais", afirmou nesta terça-feira (18), o deputado Guilherme da Cunha (Novo).
Para o vice-líder do governo, "das dez carreiras com maior remuneração média no Executivo em Minas Gerais, sete são da área de segurança".
"O salário (dos policiais) é bom. É adequado. Os 21 milhões de mineiros é que vão pagar essa conta. Serão mais R$ 9 bilhões de gastos com o reajuste, somente no governo Romeu Zema, sem que se coloque um único policial a mais nas ruas", disse o parlamentar do Novo.
"O projeto representa um passo atrás. Com ameaças de paralisações e greves de policiais, o governador (Romeu Zema) teve de escolher entre o péssimo e o menos pior, e negociou o reajuste com as forças de segurança", afirmou Cunha.

Valor do reajuste equivale à arrecadação com ICMS da gasolina

O deputado estadual Bartô, por sua vez, disse que a "o momento que o Estado atravessa não é oportuno para uma recomposição salarial".
"O Estado não tem como arcar com mais essa despesa. Estamos com déficit de R$ 13 bilhões nas contas, e o impacto desse aumento [dos policiais] é superior a R$ 5 bilhões por ano, o mesmo valor que é arrecadado com o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina", afirmou Bartô.
"O Estado poderia tirar o ICMS da gasolina, beneficiando 21 milhões de mineiros, direta e indiretamente, em vez de privilegiar apenas uma classe [a da segurança pública]", disse o deputado estadual do Novo.
A deputada estadual Laura Serrano (Novo), única da legenda que defendeu o projeto, disse que o reajuste dos servidores da segurança faz a correção monetária das perdas inflacionárias (de abril de 2015 a dezembro de 2022) da categoria.
"Os cofres públicos infelizmente não comportam dar a mesma recomposição para todos os outros servidores", disse a parlamentar do Novo.

Comissão aprova estender aumento para outras categorias

Cerca de cinco horas após a aprovação do reajuste de 41,7% na remuneração de policiais civis e militares, a Comissão de Fiscalização Financeira da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou emenda ao projeto, apresentada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que amplia o aumento de salários para outras categorias do funcionalismo público.
Aprovada por 4 a 3, a emenda prevê reajustes escalonados para servidores da educação, saúde, universidades estaduais e administração direta. Para a área da educação o reajuste é de 30% até 2022. Para a maioria dos outros cargos, o aumento é de 28,84%.
O texto original do projeto de Zema, em segundo turno, e a emenda da petista serão votados nesta quarta-feira (19).
 Errata: o texto foi atualizado
Diferentemente do que informou o título desta reportagem e a chamada na home-page do UOL, Zema não aumentou o salário dos policiais em Minas Gerais. Ele propôs o reajuste e obteve vitória na votação em primeiro turno na assembleia. CADASTRAR