postado em 07/03/2009 18:54
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil pode ter, em algum momento, uma mulher na Presidência da República. Questionado sobre a eventual candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto em 2010, o ex-presidente ponderou se ela será mesmo candidata, mas disse que em algum momento o Brasil poderá ter uma mulher no comando. "Não sei se votaria em uma candidata que não é do meu partido, mas isso não quer dizer que ela (Dilma) não tenha condições de ser presidente não podemos ter preconceito", frisou, argumentando que um presidenciável não deve ser escolhido em função de ser homem ou mulher, mas sim em função da competência, honestidade e capacidade de oferecer garantia de futuro para o Brasil. Em entrevista coletiva concedida hoje à imprensa, durante o IV Encontro Internacional Nova Agenda da Democracia para a América Latina, o ex-presidente foi questionado também sobre a informação divulgada com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o presidente Lula tem preferência pelo nome do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) para disputar as eleições ao governo do Estado de São Paulo em 2010 pela legenda. "Isso é problema do PT, o presidente Lula pode querer quem ele quiser", limitou-se a dizer FHC. Sobre a disputa interna no PSDB para a cabeça de chapa à Presidência da República em 2010 e sobre a informação do líder tucano na Câmara, José Aníbal (PSDB-SP), de que não haveria necessidade de realização de prévias para essa escolha, Fernando Henrique disse que Aníbal provavelmente estava dizendo que, se houver entendimento (entre os governadores tucanos de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio Neves), não haverá necessidade de prévias. Na sua avaliação, contudo, prévias não representam problemas, porque, se tiver mais de um candidato, é preciso um método de escolha. "Serra e Aécio são competentes, vamos ver quem vai se qualificar; o primeiro ponto para isso é ter popularidade, pois eleição depende muito disso, e o segundo ponto é capacidade de aglutinar apoios. O ex-presidente FHC lamentou, mais uma vez, que as eleições de 2010 estejam sendo antecipadas e que o presidente Lula tenha começado as discussões quase dois anos antes desse pleito. Segundo ele, isso "leva a uma situação esdrúxula", pois pressiona os partidos a se posicionarem antes da hora prevista em lei.
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