Poté – Conjunto Residencial da Extinta Bahia-Minas – Distrito de Valão

 

O Conjunto Residencial da Extinta Bahia-Minas – Distrito de Valão foi tombado pela Prefeitura Municipal de Poté-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Poté-MG
Nome atribuído: Conjunto Residencial da Extinta Bahia-Minas – Distrito de Valão
Localização: MG 217, s/n – Valão – Poté-MG

Descrição: O conjunto residencial da estrada de ferro Bahia/Minas, no distrito de Valão pode ser encontrada a antigo conjunto residencial da extinta estrada de ferro, ferrovia que ligava o nordeste de minas a Bahia, hoje tombado pelo patrimônio histórico e artístico municipal.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Nos primeiros anos do século XIX, os empreendimentos do conhecido político mineiro, Teófilo Benedito Otoni, contribuíram para transformar a fisionomia daquela região. Ao idealizar o estabelecimento de uma via de comunicação entre o Norte Mineiro e o Litoral, para o escoamento de produtos, criou a Companhia do Comércio e Navegação do Rio Mucuri. Após a inauguração dos serviços de transporte pelo Rio Mucuri, Otoni, já estabelecido em um acampamento a que denominou Philadélphia, que mais tarde transformado no atual município de Teófilo Otoni, daria continuidade as suas atividades naquelas terras. Abriu estradas que facilitariam o intercâmbio entre as localidades, dentre elas Poté, dinamizando suas economias.
O povoamento de Poté teve suas origens nas vias de ligação entre Teófilo Otoni e Minas Novas. Assim, em 1856 (mil oitocentos e cinqüenta e seis) já se achavam estabelecidas diversas famílias, segundo informações do relatório de Teófilo Benadito Otoni, reproduzidas em 1922 (mil novecentos e vinte e dois) por Frei Samuel Tetteroo em obra intitulada “O município de Theóphilo Ottoni; notas históricas e cherographicas”. No local do primitivo aldeamento indígena, fixou-se “Militão Vieira Maia”, que no ano de 1889 (mil oitocentos e oitenta e nove) ergueu um cruzeiro, abençoado pelo Vigário de Teófilo Otoni, Virgulino Baptista Nogueira, que na ocasião afirmou: “Esse lugar talvez mais tarde será uma grande povoação, uma cidade”. Á Maia se juntaram a nomes ilustres na história de Poté, como Pedro Vieira Guimarães e Domiciano Ferreira Lages, dentre outros. (Frei Samuel Tetteroo… 1922. pág: 95-6, Álbum… 1942. pág: 271) A população cresceu com a chegada de novos desbravadores, atraídos pela fertilidade das terras daquele lugar. A maioria das famílias que ali se estabeleceram inicialmente, eram oriundas das localidades de Arassuaí e Minas Novas. Cinco anos mais tarde, em 1894 (mil oitocentos e noventa e quatro), foi construída em Poté uma pequena capela, substituída depois pela atual edificação da Igreja Matriz de Poté. A princípio, Poté fez parte do distrito de Concórdia, também conhecido como Sete Posses que era subordinado ao município de Teófilo Otoni. As paróquias de Poté e Concórdia recebiam os sacramentos religiosos por ocasião das visitas quinzenais de Frei Gaspar de Modica. (Anuário… 1909. pág: 1057)
A riqueza da região em metais preciosos foi também registrada em Poté, através de suas jazidas minerais de água-marinha, topázio, berilo, dentre outros. O relato que se segue, reproduzido do seminário de Teófilo Otoni, “O Mucury”, é ilustrado daquela riqueza: “Pedras miúdas não só águas-marinhas como turmalinas, berilos, chryso-berilos, topázio e outras, continuam a dar as zonas do Marambaia e Americanas e outros pontos do município de Teóphilo Otoni, bem como Poté, Itambacuri, Colônia de Urucú, etc.” (Senna… 1913. pág: 849) Em 1909 (mil novecentos e nove), o povoado já possuía uma agência dos Correios, com uma linha para Philadelphia. No “Anuário histórico-cherographico de Minas Gerais” foram transcritas informações de Poté colhidas do Jornal Estrela Polar do Seminário da cidade de Diamantina que ilustrava em linhas gerais o nível de desenvolvimento da povoação do início do século XX, a seguir trechos do jornal. “Poté é uma recente povoação de aproximadamente 120 (cento e vinte) casas, algumas bem confortáveis e solidamente edificadas”. “Poté ainda não tem as honras de distrito, mas brevemente se achará com elas. Essa pelo menos é a esperança dos habitantes”. “Eclesiasticamente, Poté não é freguesia, sim Capela filial da Matriz do Senhor Bom Jesus de Sete Posses (Concórdia). Mas tem a felicidade de ser a residência do atual vigário, que é o “Franciscano Reverendo Frei Gaspar Modica”. “Vive-se em Poté da lavoura, que é bem desenvolvida. Merece elogios o fazendeiro Senhor Vicente Gonçalves pela sua pequena Fábrica de Charutos, que são tidos em muita conta pelos apreciadores, pena que o Senhor Vicente não anime a dar maiores proporções a fábrica, assim aumentando a produção e logo exportando o seu produto”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

http://www.ipatrimonio.org/pote-conjunto-residencial-da-extinta-bahia-minas-distrito-de-valao/#!/map=38329&loc=-17.809433589428085,-41.6532039642334,15


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