Bolsonaro e um cartaz de sua campanha eleitoral (Fotomontagem HP)
Ele disse isso na campanha. Só que os dois produtos já estão praticamente o dobro deste valor no primeiro ano de governo. E vai piorar ainda mais porque Bolsonaro insiste em manter o preço da gasolina atrelado ao dólar
O cartaz que ilustra esta matéria é da campanha de Jair Messias Bolsonaro para a Presidência da República em 2018. Nele estão estampadas promessas eleitorais de campanha. Em seu governo a gasolina teria um preço máximo de R$ 2,50 e o gás de cozinha não passaria de R$ 35,00 o botijão.
Agora, em fevereiro de 2020, os dois, gasolina e gás de cozinha, estão custando praticamente o dobro do que Bolsonaro prometeu.
Nesta época, julho de 2018, a gasolina estava com um preço médio nas bombas de R$ 4,48, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP). A promessa de Bolsonaro era, então, reduzi-lo para um preço que não passaria de R$ 2,50. Já o botijão de gás custava em média, naquela altura, R$ 65,07, segundo a mesma ANP.
Agora, dá para entender porque a alta no preço da gasolina, que está atrelada ao dólar, por decisão de seu governo, fez Bolsonaro tentar tirar o corpo fora e fazer um jogo de cena para jogar a culpa nos governadores.
A culpa pela disparada dos preços do gás e da gasolina é sua. Foi ele que manteve o preço atrelado ao dólar.
Quando ele assumiu, o dólar estava a R$ 3,72. Hoje ele subiu para R$ 4,33 – aumentou 16% em um ano. Nos últimos dias, o dólar acelerou sua subida. Ele quer seguir com sua política de atrelar o preço da gasolina ao dólar para agradar as multinacionais. Por isso mente, dizendo que a causa dos aumentos é o ICMS dos governadores.
Sua promessa de campanha está desmoralizada e vai se desmoralizar ainda mais. “Gasolina no máximo a R$ 2,50!”. Hoje ela está a R$ 4,48 na média, segundo a ANP. Em alguns lugares, como Rio de Janeiro, o preço do litro chega a R$ 4,99, e, em Angra dos Reis, no litoral, por exemplo, o litro da gasolina é vendido a R$ 5,26. Tremendo estelionato eleitoral, muito parecido com o que Dilma Rousseff fez com seus eleitores.
No gás de cozinha é a mesma picaretagem. Bolsonaro prometeu na campanha que, se fosse eleito, o preço do botijão não passaria de R$ 35,00. Ele está custando (fevereiro de 2020) R$ 69,24 em média, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em alguns lugares, como na Paraíba, por exemplo, o preço do botijão chega a R$ 78,00. Ou seja, ele cometeu um estelionato eleitoral. A ira popular contra este estelionato eleitoral de Bolsonaro, certamente, será tão grande quanto o que ocorreu anteriormente.
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