Pedra da Lajinha – conheça o ponto mais alto de Afonso Cláudio

Afonso Cláudio é um município da região das Montanhas Capixabas com muitas atrações de ecoturismo, englobando o agroturismo e o turismo de aventura.

Uma das atrações para você praticar o turismo de aventura por lá é o ponto mais alto de Afonso Cláudio, a Pedra da Lajinha, cujo pico está a aproximadamente 1.300 m acima do nível do mar.

Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio, vista do Açougue
Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio, vista do Açougue

(Talvez os Três Pontões, que também atingem uns 1.300 m de altitude, seja um pouco mais alto, não tenho certeza, mas o que você pode ter certeza é que esse é o ponto mais alto de Afonso Cláudio onde você pode chegar caminhando.)

A Pedra da Lajinha fica localizada no Vale do Empoçado, uma rota turística que está a apenas 2 minutos de direção da zona urbana de Afonso Cláudio e a 2:30 h a 3 h de Vitória, a depender do trânsito da BR-262.

Vale do Empoçado, em Afonso Cláudio
Vale do Empoçado, em Afonso Cláudio

A Rota Vale do Empoçado ainda é pouco conhecida, e os empreendedores do local estão se movimentando para transformar o vale em um grande polo turístico, mas desde já vale ir conhecê-la. Por lá tem hospedagens, produções como queijo, leite, arroz, chocolate, frutas, cabrito no balde e artesanato e muita, muita aventura em trilhas e cachoeiras.

Quer saber mais? Confira este post onde detalhamos os empreendimentos e outras belezas naturais que você encontra no Vale do Empoçado.

Além da Pedra da Lajinha, outras grandes formações rochosas compõem o visual. E são todas graníticas, no estilo da Pedra Azul, em Domingos Martins. As pedras que se destacam são: Empoçadinho, Broa, Gato, Monstro, Elefante, Cruzeiro e Cabrito. Todas estão lá esperando para serem exploradas pelos aventureiros e apreciadores de lindas paisagens, algumas de fácil acesso, outras de acesso mais complicado.

Vale do Empoçado e as diversas pedras que o cercam, vistos do Mirante
Vale do Empoçado e as diversas pedras que o cercam, vistos do Mirante

Nós também fomos até o topo da Pedra do Gato e assistimos um belo pôr do sol. Dê uma olhada neste post aqui e saiba como subir a Pedra do Gato.

Quem pode ajudar você a conhecer cada uma delas é justamente quem nos guiou até o topo da Pedra da Lajinha: Roberto Bragatto. A família do Roberto é uma das famílias empreendedoras do local que estão disponibilizando suas terras e produções para atrair os turistas que vão conhecer a região.

Uma das faces da Pedra da Lajinha, vista do Sítio Lajinha de Baixo, com o enorme lago artificial que construíram por lá
Uma das faces da Pedra da Lajinha, vista do Sítio Lajinha de Baixo, com o enorme lago artificial que construíram por lá

Neste texto, iremos apresentar para você como subir a Pedra da Lajinha. O Roberto está providenciando placas de sinalização para orientar os aventureiros pelas várias bifurcações que existem pelo caminho. Por enquanto, não aconselho ir sem alguém que já conhece a região, pois dá para se perder com facilidade. Caso você tenha algum aplicativo de GPS no celular para seguir rotas (recomendo o Wikiloc), deixo aqui a gravação que fizemos para que possa acompanhar e ver mais detalhes do percurso:

Caso queira bater um papo com o Roberto Bragatto antes de subir a Pedra da Lajinha (recomendo), ou até mesmo para chamá-lo para guiar você, entre em contato com ele. Os dados para contato estão no final do post.

Subindo a Pedra da Lajinha

O início da subida da Pedra da Lajinha é ao lado do Bar do Chico, no Vale do Empoçado. À esquerda do bar há um portal e uma estrada por onde passamos.

A estrada após o portal é de terra e vem a calhar um carro com motor 1.4 para cima para subir as ladeiras que se seguem. Ainda assim, subimos em um Prisma 1.0, com três pessoas dentro, e tivemos que descer uma vez para aliviar o peso em um determinado trecho.

Subindo de carro até o estacionamento, para começar a caminhada até o topo da Pedra da Lajinha
Subindo de carro até o estacionamento, para começar a caminhada até o topo da Pedra da Lajinha

Do portal, a 335 m acima do nível do mar, foram 3,8 km e 20 minutos de algumas ladeiras até o estacionarmos na altitude de 700 m. Há quem prefira seguir esse trecho a pé, fica a critério de cada um. Se não tiver um carro adequado para subir, quem sabe o Roberto não indica alguém que possa fazer esse serviço?

O caminho até o estacionamento é praticamente direto, mas tem uns dois desvios, primeiro pegando a esquerda no Km 2 e depois a direita no Km 3. Melhor ir perguntando pelo caminho, ir com alguém que conheça a região ou seguir o trajeto que estou compartilhando usando um app de GPS.

Estacionamos, passamos pela porteira à esquerda e começamos nossa caminhada. Passamos por estrada de terra, uma mata, um riachinho e mantivemos a esquerda passando ao lado de um pequeno cafezal.

O caminho até o topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio
O caminho até o topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio

Começamos então a caminhar pelas rochas, ainda num percurso pouco inclinado. Pelo caminho, avistamos algumas mensagens simples e bonitas, outras inspiradoras, outras que cutucam a gente, escritas em um pedaço de cerâmica, mas já quebradas.

"Se fala mal pelas costas é sinal que estou na frente" 8)
“Se fala mal pelas costas é sinal que estou na frente” 8)

Identificar o caminho passando pelas rochas começa a ficar mais complicado devido às clareiras, e já fica difícil para mim orientar por texto como seguir. Novamente, enquanto as trilhas não são sinalizadas, um app ou uma pessoa que saiba o caminho cai bem nesses momentos.

Até ali, a caminhada foi sem muitos desafios, bem leve de fazer.

E então chegamos em uma área de pasto e a linda paisagem da região começa a se revelar! Ainda teríamos vistas mais bonitas do alto, mas as rochas do Vale do Empoçado já estavam ali, coladas na gente.

O pasto e a encosta da Pedra da Lajinha que iremos subir
O pasto e a encosta da Pedra da Lajinha que iremos subir

Começamos também a vislumbrar o que enfrentaríamos ainda pela frente! A Pedra da Lajinha surge imponente na nossa frente, com um enorme paredão por onde iríamos caminhar.

Com orientação do Roberto, passamos pelo pasto, cruzamos um riacho, beiramos uma cerca e começamos a caminhada por uma das encostas da Lajinha.

Caminhando pela encosta, rumo ao topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio
Caminhando pela encosta, rumo ao topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio

A pedra é bem inclinada e puxada. Muitas pessoas se sairiam melhor se tivesse uma corda ali para auxiliar, mas dá para subir só na tração das pernas também. Pelo que o Roberto contou, muita gente sem preparo físico faz esse trajeto, então, se você conseguiu chegar até ali, não se preocupe que devagar você chega. 😉

Caminhamos uns 700 m nesse plano inclinado até chegarmos finalmente… em um platô, que ainda não era o topo. Até aqui, foram coisa de 1:10 h de caminhada.

Mas desse platô já dava para avistar muitas rochas da região, o Vale do Empoçado por inteiro, os Três Pontões e até as grandes rochas de outros municípios: os Cinco Pontões, a Pedra Azul, o Forno Grande e a Pedra do Garrafão.

Pedra da Broa e do Gato em primeiro plano, Três Pontões no meio e Pedra do Garrafão lá no fundo
Pedra da Broa e do Gato em primeiro plano, Três Pontões no meio e Pedra do Garrafão lá no fundo

Continuamos entrando em uma mata fechada, chegando a outro platô, com mais uma bela vista, inclusive do caminho que percorremos subindo até ali, e entrando novamente em outra mata fechada, para finalmente, agora sim, chegarmos no topo da Pedra da Lajinha!

Saindo da mata fechada e chegando no topo da Pedra da Lajinha
Saindo da mata fechada e chegando no topo da Pedra da Lajinha

Foram aproximadamente 1:50 h de caminhada para nós, mas o Roberto disse que o comum é fazer esse percurso em 2:30 h, pois depende do ritmo de cada um e do grupo em que você está.

A bela vista do topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio
A bela vista do topo da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio

No topo, um dos destaques são as duas casinhas que outrora fizeram parte das instalações de antenas de retransmissão de sinal de TV da região. Elas estão bem destruídas, e achei até perigoso ficar dentro delas, mas de qualquer jeito compõem o visual lá do alto.

Uma das casinhas presentes no pico da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio
Uma das casinhas presentes no pico da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio

A visão de 360º é impressionante! Avistamos todas aqueles monumentos rochosos que citei anteriormente, e atrás das nuvens dá para ver uns pedaços do Parque do Caparaó, onde fica o Pico da Bandeira, e várias montanhas de Minas Gerais.

Vista das demais pedras da região, no topo da Pedra da Lajinha
Vista das demais pedras da região, no topo da Pedra da Lajinha

Caminhamos por todo topo, avistando o belo lago do sítio Lajinha de Cima, que faz parte da Rota Vale do Empoçado.

Sítio Lajinha de Cima e seu lago, no Vale do Empoçado, Afonso Cláudio
Sítio Lajinha de Cima e seu lago, no Vale do Empoçado, Afonso Cláudio

E, claro, vimos por inteiro o Vale do Empoçado. Dá para imaginar claramente o porquê desse nome, já que o vale tem a aparência de uma grande cratera de vulcão, dando a impressão de que a água que cai ali e as que escorrem das pedras para dentro do vale ficam paradas por lá, sem ter para onde escoar (só escoa hoje em dia por causa de uma obra de engenharia feita décadas atrás).

Repare ainda como a cidade de Afonso Cláudio é pertinha do Empoçado, aparecendo na foto abaixo no canto direito superior.

Vale do Empoçado visto do alto da Pedra da Lajinha, com a zona urbana de Afonso Cláudio aparecendo na direita
Vale do Empoçado visto do alto da Pedra da Lajinha, com a zona urbana de Afonso Cláudio aparecendo na direita

Vimos também uns grampos fixos na rocha, instalados por escaladores para subir até o topo da Pedra da Lajinha pela face opostas a que subimos, saindo de uma região conhecida por lá como Açougue. O trabalho deles produziu mais uma via de escalada no Espírito Santo, essa com mais de 1.000 m de comprimento.

Iniciamos a descida, e haja joelho para descer aquela rocha inclinada! O meu ficou latejando no final, mas depois passou depois e deu tudo certo. Se você tem problema no joelho, recomendo ir devagar, porque são muitos minutos de descida inclinada.

Descendo a encosta da Pedra da Lajinha
Descendo a encosta da Pedra da Lajinha

Chegamos de volta no carro em 1:15 h, totalizando 6,2 Km de caminhada de ida mais volta. Começamos a subir umas 7 h e pouco, finalizando o passeio por volta das 11:30 h. E claro que esse ritmo depende da disposição e do preparo de cada um, ou do grupo em que você está.

Mais informações sobre a Pedra da Lajinha

A Pedra da Lajinha é mais uma daqueles monumentos rochosos que muda totalmente de aparência dependendo de onde você olha.

Vale pegar o carro e ir rodeando ela, pelas propriedades dos Bragatto, pelo Açougue e até o outro lado, com vista para os Cinco Pontões. A cada ângulo, uma bela e diferente visão da pedra.

Se precisar de uma ajuda para subir até o topo da Pedra da Lajinha, entre em contato com o Roberto Braggato pelo celular (WhatsApp) (27) 99843-8299, ou pelo Instagram dele, que ele irá te auxiliar de alguma forma.

Mais uma vista, de um ângulo diferente, da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio
Mais uma vista, de um ângulo diferente, da Pedra da Lajinha, em Afonso Cláudio

No mais, não deixe de conhecer os demais empreendimentos da Rota Vale do Empoçado.

Se busca vivenciar um ambiente de roça, nadar no lago, comer comida boua, acordar ouvindo os patos… mas com estrutura, esse é o lugar.

Quando menos perceber, você estará subindo em alguma árvore para catar uma fruta direto do pé.

Pedra da Lajinha - saiba tudo sobre como é a caminhada até o top

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