Aécio chorou em seu patético “encontro” em Minas — não pelo que fez ao Brasil, mas a si mesmo.


Aécio em Teófilo Otoni (MG) em campanha para deputado

 
O famoso “encontro” de Aécio Neves numa quebrada de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, em frente ao motel Dallas, realmente existiu e não era um convite para uma rave clandestina.
A assessoria do candidato se encarregou de postar fotos e vídeos do convescote nas redes sociais.
É o retrato melancólico de um sujeito que não aceitou o resultado das urnas e foi engolido pelo golpe que ajudou a engendrar.
Hoje mal consegue andar sossegado em seu estado natal e vai se esgueirando por onde dá.
Abandonado na estrada — como gostava Paulo Preto —, sobram-lhe velhos correligionários, alguns de ocupação indefinida, em sua campanha para deputado federal, já que no Senado ele disputaria novamente com Dilma Rousseff.
“Este foi um momento de reencontro com minha história”, disse ele no Facebook.
“Estou muito feliz de, depois de mais de 30 anos de vida pública, ter amigos como tantos que estão aqui, que vieram, espontaneamente, apoiar não um candidato a presidente ou a governador, mas sim um candidato a deputado. Isso mostra a força dos vínculos que tenho com esta região e com a sua história”.

Aécio em MG

Ali ficavam as terras do pai e do avô de Aécio, os Ferreira da Cunha. A propriedade é de Téo Barbosa, ex-prefeito.
O momento mais patético foi a homenagem prestada por um sujeito tocando “Amigo”, de Roberto e Erasmo Carlos, ao saxofone.
Aécio abraça o músico, chorando, enquanto o outro sopra a melodia. 
“Compartilho com vocês um momento de emoção que vivi ontem”, descreve o tucano.
“Reencontrei Leopoldino, ex-prefeito de Caraí, um antigo e querido companheiro de muita luta pela região. Fiquei emocionado ao vê-lo, aos 81 anos, com tanta força e comovido pela forma com que me recebeu”.
Ninguém vai chorar por Aécio. É pedagógico ver o que restou de um sub Lacerda num churrascão. 
Por um instante ele parece merecedor de comiseração, até que você olha em volta e tropeça em sua obra. 

Aécio chorou em seu patético "encontro" em Minas -- não pelo que fez ao Brasil, mas a si mesmo. Por Kiko Nogueira

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