As restrições da onda roxa já duram quase 15 dias em Governador Valadares. Os efeitos na economia são piores do que em 2020. O decreto é valido para todo o estado até domingo, dia 4. Porém, se os números da doença não caírem, o Governo pode estender a onda roxa por mais uma semana. Em Valadares, empresários, lojistas e pequenos comerciantes temem a falência.
As medidas da onda roxa são as mais restritivas do Plano Minas Consciente, permitindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais, além de imporem toque de recolher das 20 horas às 5 horas em todas as cidades. Representantes da área da saúde acreditam que as medidas foram necessárias, já que houve um agravamento da pandemia de covid-19 em Minas Gerais.
Empresários discordam das medidas e acreditam que, com nova paralisação das atividades, haverá aumento no fechamento definitivo de empresas e alta no número de desempregados.
Bares e restaurantes
Um dos setores impactados com as restrições da onda roxa é o de restaurantes. De acordo com alguns proprietários desses estabelecimentos em Valadares, as modalidades delivery e entrega no balcão não suprem as necessidades no momento e o prejuízo é certo.
Para o representante dos proprietários de bares e restaurantes de Governador Valadares, Marcelo Schlaucher, a situação deverá ficar ainda pior se a cidade continuar na onda roxa. “Tem alguns setores que estão passando por muita dificuldade. Algumas empresas, infelizmente, deverão demitir seus funcionários. A gente tá vivendo um caos na saúde e na economia; tem pessoas morrendo e não tem mais vagas nos hospitais da cidade. E para nós também tá difícil. A gente não sabe o que pode acontecer nos próximos dias. O governo tá com a ideia de esticar essa onda roxa. O delivery, querendo ou não, é uma saída, mas para quem já tinha esse serviço. Como se faz um delivery para quem tem bar?”, questiona.
“Meu restaurante muito provavelmente não suporta mais 10 dias assim”, diz dono de estabelecimento na avenida Minas Gerais
Em 2020, Cristiano Ramos, proprietário de um restaurante e churrascaria localizado na avenida Minas Gerais, estava conseguindo manter as despesas, mesmos com as restrições do programa Minas Consciente. Em 2021, os efeitos da pandemia estão sendo piores, e com o decreto da onda roxa, o empresário conta que as vendas caíram 90%. Com isso, a única alternativa foi demitir funcionários.
“Fiquei com uma cozinheira apenas. Ainda assim não pago luz, aluguel e acerto dos que foram demitimos. Sou proprietário de outra loja no mergulhão que é essencial e não fechou. Mas está sendo altamente afetada, porque não tem carros na rua, ninguém está saindo ou viajando”, contou.
Situação semelhante à do comerciante Rui Maurício, dono de uma loja na rua Israel Pinheiro, no Centro. Rui conta que a loja tem mais de 50 anos e nunca passou por uma crise tão longa. “Tenho falado que promover uma interrupção do comércio, assim como foi em março do ano passado por 10 dias, para experimentar a efetividade de um lockdown, não ajuda em nada. Passou um ano, o lockdown no comércio não ajuda em nada. Para se ter uma ideia, São Paulo bateu o recorde de mil e duzentas mortes por dia mesmo com o lockdown. Tem famílias desesperadas, vendedores desesperados. Os governos públicos, estaduais e municipais querem impedir inconstitucionalmente as pessoas de trabalhar. Infelizmente, muitas empresas não têm como pagar salário”, afirmou.
Com a crise, Rui teve de demitir mais da metade dos funcionários de sua loja. Segundo ele, essa situação será ainda pior para os pequenos negócios. “Muitas irão fechar imediatamente no dia 05/04. Pequenas empresas não têm capital de giro para pagar sem vender. Vendem hoje para pagar as contas de ontem. Outras vendem o almoço para pagar o jantar. O lockdown é o verdadeiro genocídio de uma cidade”, afirmou.
Associação Comercial de Valadares cobra ações do governo
Desde o início da pandemia a Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV) tem buscado diálogo com o governo estadual para os comerciante não sofrerem mais prejuízos na pandemia. Segundo Jackson Lemos, presidente da ACEGV, as atividades empresariais seguem inúmeros protocolos e não deveriam sofrer com restrições pesadas.
“É com muita preocupação que analisamos o atual cenário e recebemos as determinações que impactam diretamente nas atividades econômicas. Esclarecemos para toda a comunidade que, desde o início da pandemia, nossos comerciantes têm trabalhado, em quase toda a sua totalidade, cumprindo as medidas sanitárias e os protocolos de segurança que têm como objetivo salvar vidas”, afirma.
Na tarde desta segunda-feira (29), Jackson participou de uma reunião online com governador Romeu Zema (Novo) e cobrou vacinação em massa e mais insumos hospitalares para as cidades em colapso na pandemia. “As Associações Comerciais colocaram a preocupação e pediram que o Estado busque soluções mais rápidas e assertivas para a diminuição do contágio. Precisamos de vacinação em massa, garantia de leitos e insumos hospitalares, além da fiscalização mais ostensiva para coibir encontros, eventos/reuniões em chácaras ou propriedades rurais, festas particulares e deslocamento em massa para áreas turísticas”, disse.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Governador Valadares (CDL-GV), Rogers de Marco, também se pronunciou sobre os impactos da pandemia no ramo lojista. “Os impactos econômicos são imensos, principalmente para as atividades consideradas não essenciais. Prezamos pela vida, mas precisamos de medidas mais eficazes que preservem também a economia local. Diante dos resultados dos boletins epidemiológicos, percebemos que não houve nenhuma redução da contaminação e óbitos, provando mais uma vez que o comércio não é o causador desses impactos, e sim a indisciplina da população, que insiste em se aglomerar em festas particulares, ônibus lotados e filas em bancos. O lojista tem cumprido seu papel com responsabilidade, e não pode mais pagar a conta”, concluiu.
Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) compreende a necessidade das medidas mais restritivas, mas ressalta que tão importantes como o controle da pandemia são as medidas para ajudar os empresários, que a cada dia acumulam mais prejuízos. “Os empresários não conseguem mais arcar com as obrigações financeiras sem o apoio governamental e união das esferas federal, estadual e municipais. Por isso é preciso adotar medidas financeiras, como prorrogação e revisão das taxas de empréstimos, além da votação da emenda constitucional que permite a volta do programa de suspensão de contratos e redução de salário e jornada”, informou em nota.
Montes Claros – PM apreende grande quantidade de entorpecentes e prende pessoas envolvidas com o tráfico de drogas
31/03/2021
Policiais militares receberam informações de que um homem de 21 anos, suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas, teria viajado até a cidade de Uberlândia, na última sexta-feira (26/03), para negociar grande quantidade de drogas e que estaria retornando à Montes Claros em um ônibus intermunicipal no sábado (27/03). Foi montada então uma operação de cerco-bloqueio que resultou na abordagem do suspeito na BR-365, no bairro São Geraldo II.
PF prende 3 suspeitos de levar cocaína em helicóptero de ...
Autor: Assessoria Comunicação Organizacional 11ª RPM
Time do Tocantins anuncia contratação do goleiro Bruno
Goleiro Bruno foi anunciado pelo Araguacema -
Divulgação/Araguacema
Goleiro Bruno foi anunciado pelo Araguacema
Imagem: Divulgação/Araguacema
Do UOL, em São Paulo
31/03/2021 09h52
O Araguacema, clube da 1ª divisão do Campeonato Tocantinense, anunciou a contratação do goleiro Bruno, ex-Flamengo.
"É meu povo. Está chegando reforço na altura. Seja bem-vindo", escreveu a equipe em publicação no Instagram.
Há duas semanas, Bruno chegou a ser anunciado como reforço
do Esporte Clube Atlético Carioca, de São Gonçalo, na Região Metropolitana do
Rio de Janeiro, para a disputa da Série C do Campeonato Carioca, equivalente à
quinta divisão. Porém, dias depois, a equipe divulgou que a negociação estava
encerrada.
O goleiro Bruno, que passou oito anos e dez meses preso pelo
assassinato de Eliza Samudio, está com 36 anos e, no ano passado, vestiu a
camisa do Rio Branco, do Acre, time pelo qual disputou a Série D do Campeonato
Brasileiro, a Copa Verde e o Estadual. Ele fez 18 jogos e marcou um gol.
Irmão do presidente de Honduras é condenado nos EUA à prisão
perpétua por narcotráfico
AFP
30/03/2021 21:41 - atualizado 30/03/2021 21:43
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O irmão do presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, foi
condenado nesta terça-feira (30) à prisão perpétua por um juiz de Nova York por
tráfico de drogas em larga escala.
Tony Hernández, de 42 anos, foi declarado culpado em outubro
de 2019 após um julgamento no qual os promotores americanos disseram que o
chefe de Estado hondurenho havia conspirado para o narcotráfico, uma acusação
que o presidente do país centro-americano nega.
Ele respondia a acusações de tráfico de cocaína aos Estados Unidos, falso testemunho e posse de armas de fogo.
O juiz Kevin Castel declarou que a sentença de prisão
perpétua para Tony Hernández, que foi detido em um aeroporto de Miami em
novembro de 2018, foi "bem merecida".
Os promotores do distrito sul de Nova York garantiram em seu
processo que o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, era um parceiro
fundamental de seu irmão Tony, embora ele não tenha sido acusado.
Os promotores exigiram prisão perpétua, ressaltando que
Hernández "não demonstrou nenhum remorso", enquanto a defesa pediu a
pena mínima obrigatória de 40 anos.
Em Honduras, a família do condenado clamou por sua
inocência.
"Juan Antonio Hernández é inocente e diante de uma
decisão absolutamente injusta e desumana, decidiu recorrer à apelação",
disseram seus familiares em um comunicado divulgado pela Presidência.
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- "Com total impunidade" -
"O acusado era um congressista hondurenho que, junto ao
seu irmão Juan Orlando Hernández, desempenhou um papel de liderança em uma
violenta conspiração de tráfico de drogas patrocinada pelo Estado",
escreveram os promotores ao juiz antes da sentença.
Tony Hernández atuou "com total impunidade" graças
à proteção de seu irmão e contribuiu para a "putrefação" das
instituições hondurenhas, afirmou também a promotoria durante o julgamento.
Uma testemunha da acusação, o ex-traficante de drogas e
ex-prefeito hondurenho Alexander Ardón, testemunhou durante o processo que
esteve presente em uma reunião na qual o agora preso Joaquín "Chapo"
Guzmán, então chefe do cartel mexicano de Sinaloa, entregou um milhão de
dólares em dinheiro para Tony Hernández pela campanha eleitoral de seu irmão,
em 2013.
O presidente de Honduras também foi acusado por promotores
americanos de ser parceiro de outro narcotraficante hondurenho, Geovanny
Fuentes Ramírez, considerado culpado de tráfico de drogas em 22 de março, após
um julgamento presidido pelo mesmo juiz Castel.
Juan Orlando Hernández, advogado que chegou ao poder em
janeiro de 2014, e que está em seu segundo mandato, nega ter sido sócio do seu
irmão ou de Fuentes no tráfico de cocaína para os Estados Unidos, e afirma que
traficantes de drogas que testemunharam contra seu irmão em ambos os processos
querem vingança contra ele por sua luta contra essa atividade ilícita.
- Todos desde 2006 -
Durante o julgamento de Geovanny Fuentes, os promotores
americanos afirmaram que, desde 2006, todos os presidentes hondurenhos
receberam propina de traficantes de drogas em troca de proteção e promessa de
não-extradição.
Fábio Lobo, filho do ex-presidente de Honduras Porfirio
"Pepe" Lobo (2010-2014) - do Partido Nacional, o mesmo de Hernández -
foi condenado a 24 anos de prisão em Nova York em 2017, por ajudar no tráfico
de 1,4 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
O ex-advogado de Tony Hernández, Melvin Bonilla, foi baleado
e morto no início deste mês quando dirigia por uma área central de Tegucigalpa.
Um suposto parceiro de Tony, Magdaleno Meza, foi baleado e
morto em uma prisão de segurança máxima de Honduras em outubro de 2019, dias
depois que o irmão do presidente foi considerado culpado.
Segundo seu advogado, Meza foi assassinado após receber
ameaças "de pessoas que se identificaram como sendo do governo".