sábado, 25 de maio de 2019

Vereador bolsonarista é preso em BH por crime igual ao de Flávio


 Por Hora do Povo  Publicado em 2 de abril de 2019

Cláudio Duarte (PSL-MG) fez uso do mesmo esquema que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) - Fotos: Reprodução/Facebook e Mateus Bonomi/Agif/Folhapress

O vereador da Câmara de Belo Horizonte, Cláudio Duarte (PSL), foi preso e afastado de suas funções na manhã desta terça-feira (2) sob a acusação de cobrar “rachadinha” (recolhimento dos salários ou parte deles) dos próprios funcionários na Câmara Municipal e ameaçar servidores para que não revelassem o esquema.

 

A polícia também pediu – e a Justiça concedeu – a indisponibilidade de bens do vereador, que ficará afastado por 60 dias do mandato. Segundo a investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, o parlamentar embolsou R$ 1 milhão desde janeiro de 2017, quando iniciou o mandato no Legislativo da capital.

 

De acordo com a polícia, a prisão do vereador foi temporária, ou seja, por um prazo de cinco dias. “Tivemos que sobrestar as investigações porque apuramos que alguns dos funcionários vinham sendo constrangidos a não falar e até ameaçados para que mentissem”, afirmou o delegado Domiciano Monteiro, chefe da Divisão de Fraudes e Crimes contra o Patrimônio.

 

O chefe de gabinete Luiz Carlos Cordeiro também teve prisão temporária decretada. Caberia a ele o recolhimento dos salários dos funcionários.

 

O esquema de Cláudio Duarte é similar ao de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) identificados pela Operação Furna da Onça, dentre eles, Flávio Bolsonaro (PSL), acusados de extorquir funcionários de seus gabinetes, que deveriam repassar parte de seus salários para os deputados. No caso de Flávio Bolsonaro, era seu ex-motorista, Fabrício Queiroz, quem arrecadava o dinheiro dos servidores do gabinete. Muitos laranjas. Mas o próprio Flávio Bolsonaro, que ocupa hoje a vaga de senador pelo Rio de Janeiro, teve dinheiro depositado na sua conta.

 

O caso foi identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou 48 depósitos suspeitos – em um único mês – na conta de Flávio Bolsonaro, realizados na agência bancária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

Todos os 48 depósitos têm o mesmo valor: R$ 2 mil, num total, portanto, de R$ 96 mil. Segundo o Coaf, seu ex-motorista fez uma movimentação financeira suspeita de R$ 1,2 milhão em um ano. Em três anos, ele movimentou R$ 7 milhões.

 

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Leia mais: Quem fazia os depósitos na conta de Flávio Bolsonaro?



De acordo com o delegado Domiciano Monteiro, o vereador responde pelas acusações de crimes de peculato, concussão, formação de organização criminosa e obstrução da Justiça.  Além de Cláudio e do chefe de gabinete, outros quatro funcionários do vereador também foram afastados das funções. Segundo o delegado, a estimativa é de um desvio de R$ 1 milhão.

 

A polícia não tem ao certo o número de servidores que participaram da “rachadinha”, mas informou que, nestes pouco mais de dois anos de mandato, 35 contratados passaram pelo gabinete. O delegado afirmou que há fortes indícios do esquema constatado em provas testemunhais e documentais.

 

LARANJAS

 

Segundo Monteiro, os funcionários recebiam os salários e sacavam o dinheiro, devolvendo parte do vencimento ao vereador. De acordo com a investigação, somente um deles, que ganhava R$ 11 mil devolvia R$ 10 mil, ficando apenas com R$ 1 mil. “Tão logo o salário caía na conta, os funcionários tinham de providenciar o saque o repasse em espécie”, explicou o delegado.

 

Segundo a polícia, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão: nas casas do vereador e do assessor que também foi preso, nos gabinetes na câmara e no Bairro Céu Azul, e na União dos Moradores pelo Desenvolvimento Social do Bairro Céu Azul (UMCA), em Venda Nova.

 

DITADURA

 

O vereador Cláudio Duarte participou de ato em defesa da ditadura militar nesse domingo (31) no Viaduto Helena Greco, que até 2014 se chamava Castelo Branco.

 

Na ocasião, Cláudio Duarte (PSL) informou que nesta terça-feira (2) apresentaria um projeto de lei na Câmara para que a via volte a se chamar Elevado Castello Branco.

 

Cláudio Duarte é estreante na política e começou o mandato em 2017, com a nova safra de vereadores da Câmara de BH. Ele foi eleito com 4.513 votos pelo partido de Jair Bolsonaro.


https://horadopovo.com.br/vereador-bolsonarista-e-preso-em-bh-por-crime-igual-ao-de-flavio-bolsonaro/

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BRUMADINHO: BOMBEIROS SÃO HOMENAGEADOS DURANTE SESSÃO DE VINGADORES


Imagem: Divulgação/Youtube
Os 60 bombeiros convidados, com seus acompanhantes, para uma sessão de cinema, em Belo Horizonte, no último dia 16, tiveram uma surpresa. Antes do início do filme “Vingadores: Ultimato”, eles foram homenageados com um vídeo de quase quatro minutos com imagens da tragédia provocada pela Vale em Brumadinho, destacando o trabalho do Corpo de Bombeiros.
A ação aconteceu no Cineart Multiplex, na capital mineira. O vídeo tem imagens desde o rompimento da barragem até os primeiros dias de resgate, mostrando as dificuldades que os bombeiros enfrentaram e ainda enfrentam, já que os trabalhos continuam.
A barragem da Vale em Brumadinho se rompeu no dia 25 de janeiro, matando centenas de pessoas.
Veja abaixo o vídeo exibido durante sessão.
Homenagem bombeiros tragédia brumadinho

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