sábado, 25 de maio de 2019

Foi vingança pessoal, diz ex-fiscal do Ibama demitido por governo Bolsonaro

“Bolsonaro incorporou discurso antiambiente a fim de levar a cabo uma vingança pessoal, que se consumou agora com meu afastamento”, diz, em entrevista, fiscal que multou o presidente por pesca ilegal em 2012

29 de março de 2019

18:03

Rogério Daflon


José Olímpio Augusto Morelli, de 56 anos, do lado esquerdo: na Amazônia, a exploração econômica é uma cadeia interligada de três atividades, todas ilícitas: grilagem, garimpo ilegal e desmatamento.

Este texto foi publicado há mais de 2 anos.

Exonerado na quinta-feira da chefia do Centro de Operações Aéreas da Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), uma divisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o servidor público José Olímpio Augusto Morelli, de 56 anos, afirma, com todas as letras, que seu afastamento se trata de uma vingança pessoal do presidente da República, Jair Bolsonaro. Morelli era fiscal do próprio Ibama quando, em 2012, aplicou uma multa de R$ 10 mil a Bolsonaro quando o então deputado federal pescava irregularmente na Estação Ecológica de Tamoios, entre Angra dos Reis e Paraty, no Rio de Janeiro.

 

Agrônomo por formação e especialista em Direito Ambiental, ao longo de quase 17 anos passou por diferentes setores do Ibama, onde ingressou em 2002 por concurso público. Morelli foi o único dos nove servidores com o mesmo nível hierárquico a ser afastado do cargo, como noticiou o jornal Folha de S. Paulo.

 

Em entrevista por telefone à Agência Pública, Morelli não fala apenas do que considera “uma atitude que considero incompatível com a de um presidente da República”. Alerta para as consequências de um esvaziamento de órgãos ambientais como o Ibama no atual governo federal. Para ele, sem o Ibama forte, o desmatamento e a grilagem de terra vão disparar no Brasil.

 

Reprodução

José Olímpio Augusto Morelli, de 56 anos, do lado esquerdo: na Amazônia, a exploração econômica é uma cadeia interligada de três atividades, todas ilícitas: grilagem, garimpo ilegal e desmatamento.

O senhor considera sua exoneração uma atitude pessoal do presidente da República?

 

Sim. Bolsonaro nunca se preocupou com a questão ambiental até 2012. Quando foi autuado por prática ilícita, ainda que em caráter recreativo, passou a incorporar um discurso antiambiente, a fim de levar a cabo uma vingança pessoal, que se consumou agora com meu afastamento. Trata-se de uma atitude que considero incompatível com a de um presidente da República.

 

Na sua visão, o IBAMA está sendo esvaziado?

 

O fio condutor, o tema central entre ambientalistas e o meio acadêmico é o risco que o Ibama corre de se tornar uma agência de caráter cartorial, ou seja, que só chancela o que o governo quer. Nesse contexto, a questão primordial é como manter, nesse clima, o Ibama como um órgão regulador do uso e proteção de recursos naturais de caráter nacional. Há uma pressão para que o Ibama perca suas atribuições e se limite a fazer licenciamento de obras estatais, o que já é dito correntemente entre alguns grupos de interesse. Um dos interesses, por sinal, é jogar para estados e municípios algumas dessas atribuições do Ibama, para as quais eles não estão minimamente preparados. Se isso acontecer, como se vai estabelecer uma política nacional de proteção à diversidade? Ressalta-se que o Ibama é a única instituição nacional de proteção aos recursos naturais, incluindo florestas, oceanos, recursos hídricos e outros biomas espalhados pelo país. Há as unidades do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mas seu trabalho se restringe às unidades de conservação, nas quais o Ibama também atua sempre em parceria com o próprio ICMbio.

 

Pode dar um exemplo da atuação do Ibama?

 

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Só no ano passado realizamos mais de 200 horas de voo em unidades de conservação do estado do Pará em operações de combate de desmatamento e de combate a incêndios florestais. Neste exato momento, mais de 120 servidores e três aeronaves do IBAMA estão sendo utilizados para combater um incêndio de grandes proporções em Roraima, incluindo terras indígenas e unidades de conservação. As brigadas do Ibama neste estado têm tido um trabalho intenso, já que se trata da única unidade da federação onde não cai uma gota de chuva entre dezembro e abril. Nossas brigadas também combatem incêndio todo ano, entre outras, nas chapadas do Veadeiros [em Goiás] e Diamantina [na Bahia]. Se tivéssemos mais estrutura, seriam em bem menor número as matas devastadas pelas chamas. Os efeitos do fogo diminuiriam em muito. Por esse e outros motivos, é inconcebível que se queira a redução das atribuições do Ibama.

 

Como vê a gestão do Ministério do Meio Ambiente?

 

O ministro da pasta já disse que não crê em mudanças climáticas, afastando a ciência do debate. Transferiu para outras pastas a Agência Nacional de Águas e o Serviço Florestal Brasileiro. São pequenos passos para que órgãos desapareçam sem que ninguém note. Ocorre que a população pode perceber os danos causados pelo esvaziamento desses órgãos. Pode haver reação. Ouvi de fontes confiáveis que o Ministério do Meio Ambiente quer fundir o Ibama com o ICMbio. Não para fortalecê-los, mas, sim, para tirar sua força. Em outro contexto, até seria admissível e talvez recomendável que esses órgãos voltassem a ser um só. Porém, dentro do contexto atual de ataques permanentes a essas duas instituições, não consigo enxergar essa eventual fusão se não como mais uma tentativa de enfraquecê-las. Já ouvi que querem mudar o nome Ibama, que é uma marca nacional. Enfim, querem dar um fim ao nosso principal órgão ambiental, um órgão com capacidade técnica para diagnosticar os problemas ambientais de cada região do país e fornecer as políticas públicas para resolvê-los. Até o presente momento, não identificamos quaisquer ações, atitudes ou planos de caráter positivo às duas instituições, mas somente críticas vindas do Ministério do Meio Ambiente.

Morelli era fiscal do próprio Ibama quando, em 2012, aplicou uma multa de R$ 10 mil a Bolsonaro


Reprodução

Morelli era fiscal do próprio Ibama quando, em 2012, aplicou uma multa de R$ 10 mil a Bolsonaro

Qual é o diagnóstico do Ibama para a região amazônica?

 

Na Amazônia, a exploração econômica é uma cadeia interligada de três atividades, todas ilícitas: grilagem, garimpo ilegal e desmatamento. Quem já viu o garimpo ilegal na região ficou extremamente chocado com feridas abertas na floresta cuja recuperação será praticamente inviável nos próximos 50 anos. Sem falar na carga de poluentes que chegam aos recursos hídricos, já que esse tipo de extração utiliza métodos muito ultrapassados. Apenas o Ibama, em eventuais parcerias com a Polícia Federal e as forças de segurança dos governos locais, que luta permanentemente contra esse tipo de atividade predatória. No caso da região amazônica, com destaque para o estado do Pará, é sobretudo o ouro que move a atividade garimpeira clandestina.

 

Pelo conhecimento da questão, somente o Ibama, com parceria muito estruturada com outros órgãos federais, seria capaz de romper com o avanço indiscriminado do garimpo ilegal sobre a floresta. Trata-se de uma guerra em que a gente está sempre um passo atrás do inimigo.

 

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Mas existe ao menos um plano para conter isso?

 

O ministro do Meio Ambiente em suas falas tem priorizado questões eminentemente urbanas. Eu não vejo mal nisso. Porém não podemos perder de vista que os problemas relacionados à floresta amazônica e ao cerrado persistem e exigem cada vez mais uma atuação firme do Ibama.

 

Entretanto, no que concerne a esses biomas, o único plano até agora da nova gestão do Ibama é a parceria com as polícias militares dos estados da região. Eu, de imediato, reputo isso como uma tentativa inócua. Isso já foi feito no passado com resultados pífios. É triste, mas há casos de cidades em que o garimpo ilegal é a única atividade geradora de renda em localidades da Região Norte. Políticas públicas de emprego e geração de renda deveriam ser implementadas com urgência nesses casos. Mas o que ocorre na vida real é o vereador, o prefeito, o governador, o deputado e o senador locais não combaterem tais atividades como deveriam por questões políticas.

 

Qual é o papel do Ibama no combate à grilagem de terra?

 

Talvez o Ibama, embora não seja de sua alçada, seja o órgão com mais noção da situação fundiária na Amazônia Legal. Seria impossível de se elaborar políticas públicas para resolver as questões gravíssimas desse setor sem a participação do Ibama. Nesse ponto, posso dizer que está em curso a geração de uma guerra entre grileiros, num círculo vicioso de destruição da floresta. O presidente da República disse que o Ibama é uma indústria de multas. Eu digo que o Ibama é uma frente de combate à indústria da grilagem. Também é uma frente de combate ao desmatamento. Esses são só alguns dos motivos que reforçam a racionalidade de se manter um Ibama forte. O que não pode acontecer é que, a pretexto de se discutir o papel dos estados, municípios e União, se implementem medidas cujo único objetivo é enfraquecer o papel do Ibama.

 

Pode dar um exemplo?

 

Esse enfraquecimento já está em curso e é facilmente observável diante dos recentes acontecimento em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Ali, o licenciamento das barragens de rejeito da atividade minerária foi realizado exclusivamente pelo governo do estado. Entretanto, as consequências socioambientais dos desastres socioambientais ultrapassaram, no caso de Mariana, e ainda podem ultrapassar, no caso de Brumadinho, os limites locais e estaduais. É bom recordar que, em uma das audiências públicas em Minas que discutia a autorização para a ampliação das atividades minerais em Brumadinho, o representante do Ibama foi a única autoridade governamental a assumir um posicionamento contrário a essa ampliação.

https://apublica.org/2019/03/foi-vinganca-pessoal-diz-ex-fiscal-do-ibama-demitido-por-governo-bolsonaro/

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Polícia prende traficante armado e com quase 800 pinos de cocaína e mais de 300 pedras de crack



21:05 | 20 de maio 
Um rapaz de 19 anos foi preso  
na madrugada desta segunda-feira(20), em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha,acusado de tráfico de drogas. 
Segundo a Polícia Militar (PM), ele foi abordado durante patrulhamento no Bairro São Cristóvão, em área conhecida como ponto de tráfico de drogas.
Com o jovem os militares apreenderam 798 pinos de cocaína, 337 pedras de crack, uma bucha de maconha, diversos pinos utilizados para acondicionar cocaína, um revólver calibre 32 e munições do mesmo calibre.
Durante policiamento, uma guarnição avistou o suspeito com uma sacola nas mãos, percebendo que seria abordado, o rapaz tentou fugir, mas foi contido, preso e encaminhado para a delegacia.
(Fonte:15ª RPM/44º BPM )
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 Lu Gatuza: raízes em Teófilo Otôni....

Publicado em 9 de maio de 2019

Estão vendo esta gata na foto acima?

Pois é. Ela é a Lu Gatuza, a Luciana Cardoso Milard. E seus pais são teofilootonenses. Trata-se, portanto, de uma segunda geração da terra, que vem encantando o Brasil .

Gatuza é modelo, detendo quatro títulos: Musa do Galo no Brasileirão, Campeã do Brasileirão, Campeã Garota All Fihts e Gata do Mineiro 2019. E tem mais: é militar, fazendo parte do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. 

A jovem tem 26 anos de idade, e o nome artístico Lu Gatuza ela ganhou do pai  (em alusão à gata). Nas redes sociais, é sucesso, contando já com 59.000 seguidores no Instagram e milhares de amigos em duas contas no Facebook. 

A loira conta que tem o maior carinho pela cidade das pedras preciosas e pela região, já que seus pais são nascidos e criados em Teófilo Otôni. “Adoro a galera de Tchó Tchó, e já estou com saudades do pão de mel” – ela diz. 

A beldade é apaixonada pelo Clube Atlético Mineiro desde a infância, começando a frequentar os estádios aos 10 anos de idade. Já compareceu à arquibancada vestida de gata. 

No Corpo de Bombeiros, dirige viatura e caminhão, além de pilotar moto. E, para finalizar, é capoeirista. 

Para acompanhá-la no Instagram, é só acessar gatadomineiro.com.br (Fonte e fotos fornecidas por Jorge Arcanjo) 

“Gata” “gatíssima” 

Algo a questionar?

ITENS RELACIONADOS:BOMBEIROS, DESTAQUE, LU GATUZA, MODELO, NOTÍCIAS DE TEÓFILO OTÔNI, TÍTULOS

https://diariodomucuri.com.br/lu-gatuza-raizes-em-teofilo-otoni/

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Violência e impunidade preocupam moradores de Araçuaí

Município tem apenas um delegado seccional, que também atende em outra cidade, distante 170km. Faltam veículos e combustível para dar andamento a milhares de inquéritos


postado em 24/04/2019 12:07 / atualizado em 24/04/2019 12:28






(foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Lideranças da sociedade civil de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, reivindicam do governo do estado a instalação de uma delegacia regional. O município de 36,7 mil habitantes, no Vale do Jequitinhonha, tem cerca de 3.500 inquéritos aguardando apuração. 

De acordo com a vice-presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública de Araçuaí, Silvana Ferreira, são crescentes os índices de criminalidade. A cidade é atendida por apenas um delegado seccional. Mas, na prática, sustenta ela, o delegado fica a maior parte do tempo fora do município, pois também responde pela delegacia de plantão em Pedra Azul. Desta forma, os inquéritos instaurados para a investigação de crimes em Araçuaí não andam, favorecendo a impunidade. ''Está ocorrendo uma sensação de insegurança no município'', afirma.
Silvana salienta que, para piorar a situação, o presídio regional de Araçuaí, que tem capacidade para 60 presos, está superlotado com 240 detentos. Além disso, os presos albergados da unidade estão sem monitoramento.

A vice-presidente do Consep de Araçuai revela que a “sensação de insegurança” se repete nos municípios de Coronel Murta, Virgem da Lapa e Berilo, que também não têm delegados em caráter permanente.  “Nessas cidades, inclusive, postos bancários foram fechados por causa da falta de segurança”, observa Silvana Ferreira. Ela lembra ainda que o município já teve uma delegacia regional de policia civil, que foi desativada na gestão anterior do Governo do Estado.

O presidente do Consep de Araçuaí, Carlos Henrique dos Santos, salienta que a delegacia seccional da cidade também enfrenta a carência de investigadores e tem de poucos veículos.

Mais um problema enfrentado pela população local é que Araçuaí está distante de outras delegacias regionais – Pedra Azul (170 quilômetros), Almenara (190) e Teófilo Otoni (235 quilômetros) e isso gera gastos para parentes de vitimas de homicídios. "Os corpos das vítimas precisam ser enviados para a necropsia no IML (Instituto Médico Legal) de Almenara, Pedra Azul ou Teófilo Otoni e as famílias ainda precisam arcar com as despesas do traslado. Quando o corpo retorna a Araçuaí, já vai direto para o cemitério para o sepultamento, sem tempo para velório”, diz a vice-presidente do Consep de Araçuaí.

Os problemas estruturais da delegacia de polícia de Araçuaí provocam atraso na investigação de crimes, como o assassinato do fazendeiro Antonio Neiva de Oliveira, mais conhecido como “Antonio de Aristoteles”, em  26 de julho de 2018.

Segundo o advogado  Ruy Jardim Neiva, filho da vítima, mais de oito meses após o homicídio, pouco foi investigado e os autores estão impunes.

Ruy Neiva relata que o pai dele foi agredido e torturado durante uma tentativa de assalto à fazenda dele, distante 20 quilômetros da área urbana de Araçuaí, em 28 de janeiro de 2018. Ruy Neiva disse que procurou a Polícia Civil de Araçuai para pedir apuração. Mas recebeu a informação de que o caso não poderia ser investigado devido “à falta delegado e de viaturas e combustíveis”.

Seis meses depois, Antonio Neiva foi assassinado com tres tiros na mesma propriedade rural e os autores seriam os mesmos que tinham agredido o fazendeiro, acredita o filho da vítima,.

O que diz a Policia Civil


Procurada, a Policia Civil de Minas Gerais (PCMG), informou em nota que “está trabalhando diuturnamente para diminuição dos índices de criminalidade em todo estado, inclusive na região do Vale do Jequitinhonha (...)”. Mas, em relação à reivindicação da comunidade de Araçuaí, da instalação de uma delegacia regional de policia no município, alegou que o pleito depende de estudos técnicos.

“Antes da implantação de Unidade da Polícia Civil é necessário rigoroso e criterioso estudo técnico para avaliar diversos fatores e planejamento estratégico para subsidiar a viabilidade da proposta”, argumenta a PCMG.

O texto ainda que, “a PCMG reafirma seu compromisso de proporcionar atendimento ao público com presteza, probidade, interesse e objetividade, buscando sempre assegurar à sociedade investigação criminal qualificada e eficiente”.

Já a Secretaria de Estado de Administração Prisional informou que o Presídio Regional Doutor Carlos Vitoriano, em Araçuaí, tem capacidade para 89 presos e, atualmente, conta com 230. “A Seap está envidando esforços para reduzir o impacto da lotação por meio da gestão eficiente de vagas”, diz o órgão, e acrescenta que busca soluções, em diálogo permanente com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, por intermédio do Grupo de Monitoração e Fiscalização do Sistema  Carcerário (GMF).
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Administradores de grupo de WhatsApp que avisavam sobre blitz em Carangola são presos
Administradores de grupo de WhatsApp que avisavam sobre blitz em Carangola são presos
Postado em 04/04/2019
Os militares tiveram acesso ao grupo e identificou dois autores, sendo uma mulher e um rapaz, os quais estavam repassando informações sobre a operação policial.
Administradores de grupo de WhatsApp que avisavam sobre blitz em Carangola são presos

“Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública”. A Polícia Militar de Carangola ao realizar uma blitz de trânsito na Avenida Capitão Antônio Carlos de Souza, foi informada de que um grupo do aplicativo WhatsApp com a nomenclatura “Informações Carangola” estaria compartilhando informações sobre a referida operação policial, no intuito de alertar possíveis infratores de trânsito e/ou criminais da localização da blitz.

Os militares tiveram acesso ao grupo e identificou dois autores, sendo uma mulher de 28 anos e um rapaz de 23, os quais estavam repassando informações sobre a operação policial. Eles foram levados até a sede da 75ª Cia PM para esclarecimentos.

“Confessaram ter repassado informações da localização da blitz para alertar possíveis infratores. Os policiais identificaram e fizeram contato também com o administrador/criador do grupo de WhatsApp, o qual tem 27 anos, e confirmou ser o criador do grupo, afirmando que o mesmo possuía cerca de 222 participantes, tendo o registro do número de todos eles, inclusive o registro do número dos participantes que saíram do grupo quando ficarem sabendo da ação policial.

Os policiais fizeram vários prints para anexarem à ocorrência policial. Dianto dos fatos, os três autores foram presos em flagrante delito pelo crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, sendo seu celulares apreendidos e encaminhados ao delegado de polícia para as providências cabíveis.

Vale salientar que o ato de avisar sobre blitz ou outras operações policiais, pode ser considerado como crime, com base no art. 265 do Código Penal Brasileiro, que estabelece o crime de “Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública”, tendo como pena a prisão de 1 a 5 anos, além de multa.

A PM de Carangola informou à reportagem do Carangola Notícias que segue monitorando outros grupos de WhatsApp de Carangola e de cidades da região, que tem este intuito de avisar infratores sobre blitz de trânsito, sendo que todas as providências legais serão tomadas contra todos aqueles que cometerem atos que atentem contra a segurança de serviço de utilidade pública em grupos de WhatsApp”, ressalta a reportagem do Carangola Notícias.
   
Fonte: Silvan Alves

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EXCLUSIVO! Pastor acusado de pedofilia fala de dias de horror na cadeia | Fofocalizando (12/04/19)


12 de abr. de 2019 https://www.conjur.com.br/2019-abr-11/danilo-gentili-condenado-prisao-injuria-maria-rosario



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LIMITES ULTRAPASSADOS

Danilo Gentili é condenado à prisão por injúria contra deputada Maria do Rosário

11 de abril de 2019, 10h54

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Segundo juíza, Danilo Gentili ultrapassou os limites da ética e da liberdade de expressão, cometendo o crime de injúria

O humorista Danilo Gentili foi condenado a 6 meses e 28 dias de detenção, em regime semiaberto, pelo crime de injúria contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Segundo a juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, ao gravar um vídeo em resposta a uma notificação extrajudicial recebida, o humorista ofendeu a dignidade da deputada, chamando-a de "puta".

 

 

Segundo juíza, Danilo Gentili ultrapassou os limites da ética e da liberdade de expressão, cometendo o crime de injúria

No vídeo, Gentili abre a notificação extrajudicial recebida pedindo a retirada de conteúdos publicados por ele no Twitter. Ao identificar quem mandou e a profissão de Maria do Rosário, ele esconde com os dedos o início e o fim da palavra deputado, deixado visível apenas "puta". Além disso, ele rasga a notificação, coloca os papéis dentro das suas calças e o remete de volta à Câmara.

 

Para a juíza, o humorista ultrapassou os limites da ética e da liberdade de expressão, cometendo o crime de injúria. Na sentença, ela afastou os argumentos de Gentili de que não houve dolo em ofender a honra ou a dignidade por se tratar de uma peça humorística.

 

Segundo Maria Isabel, se não houve intenção de ofender, ele poderia simplesmente ter procurado auxílio jurídico ou discordado da notificação. "Ao revés, não contente com a injúria propalada, resolveu gravar um vídeo com conteúdo altamente ofensivo e reprovável, deixando muita clara a sua intenção de ofender", afirmou a juíza.

 

Solidariedade

Em mensagem no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro se solidarizou com o humorista "ao exercer seu direito de livre expressão e sua profissão, da qual, por vezes, eu mesmo sou alvo". "Mas compreendo que são piadas e faz parte do jogo, algo que infelizmente vale para uns e não para outros", acrescentou. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal de São Paulo.

 Clique aqui para ler a sentença.

Processo 0008725-44.2017.403.6181

*Texto alterado às 11h31 do dia 11/4/2019 para acréscimos


https://www.conjur.com.br/2019-abr-11/danilo-gentili-condenado-prisao-injuria-maria-rosario

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