quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Aulas serão retomadas só na segunda-feira em escola que foi alvo de ataque a tiros em distrito de Caraí

O retorno das aulas estava previsto para sexta-feira (8), mas suspensão foi mantida pela Secretaria de Estado de Educação. Trabalhos serão feitos para desenvolvimento de ações pedagógicas na instituição, segundo secretaria.


Escola Estadual Orlando Tavares fica em distrito de Caraí. — Foto:  Haldene Francisco / Arquivo Pessoal

Escola Estadual Orlando Tavares fica em distrito de Caraí. — Foto: Haldene Francisco / Arquivo Pessoal




As aulas da Escola Estadual Orlando Tavares, alvo de um ataque a tiros de um aluno da instituição na manhã desta quinta-feira (7), serão retomadas só na segunda-feira (11). O retorno estava previsto para sexta-feira (8). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Educação. A unidade de ensino fica no Distrito de Ponto de Marambaia, no município de Caraí, no Vale do Jequitinhonha (MG). Dois alunos foram atingidos. O jovem que efetuou os disparos foi apreendido pela Polícia Militar.


As aulas foram suspensas logo depois da ação do criminoso. Segundo nota divulgada pela secretaria, uma equipe da Superintendência Regional de Ensino de Teófilo Otoni foi enviada ao local e acompanha a situação dos jovens hospitalizados e presta todo o apoio e auxílio à direção da escola, aos pais, aos funcionários e à comunidade escolar




“Uma equipe do órgão central da Secretaria de Estado de Educação trabalhará em conjunto com a equipe da SER de Teófilo Otoni para o desenvolvimento de ações pedagógicas, de maneira que o ambiente de tranquilidade e paz que a escola tanto necessita e merece seja restabelecido”, informou a nota.

O ataque




Dois alunos de 17 anos ficaram feridos após um ataque a tiros na Escola Estadual Orlando Tavares. O criminoso, também de 17 anos, pulou o muro lateral da instituição armado com um facão, uma garrucha e uma réplica de arma. Segundo a Polícia Militar, a tentativa de homicídio teve motivação passional.





A arma usada no crime pertencia ao padrasto do criminoso, que também foi preso. Os dois foram encaminhados à Delegacia de Novo Cruzeiro (MG). Outros dois adolescentes chegaram a ser apreendidos pela PM, mas ficou confirmado que eles não tinham participação no crime.




Mapa: ataque em escola de Caraí (MG) — Foto: Rodrigo Sanches/G1



Mapa: ataque em escola de Caraí (MG) — Foto: Rodrigo Sanches/G1


                                                                


Ruralistas tentam agredir Juma Xipaya e Raoni Kaiapó em Altamira-Pará

Grupo de ruralistas invade o Seminário “Amazônia: Centro do Mundo”, na cidade de Altamira/PA, e ameaça lideranças indígenas.

 

HELOISE ROCHA

19 NOV 2019, 19:46

 

Na manhã do dia 18 de novembro, teve início o Seminário “Amazônia: Centro do Mundo”, na cidade de Altamira/PA, tendo como objetivo discutir e buscar formas de proteção da floresta e pensar coletivamente formas de desenvolvimento sustentável para os povos da Amazônia.

 

Na plenária estavam presentes ativistas de movimentos sociais em defesa da floresta, pesquisadores, ambientalistas e indígenas de diversas etnias (kaiapo, juruna, xikrins, xipayas, yanomamis, entre outros). As mulheres eram maioria no evento.

 

De maneira lamentável, o evento foi invadido por ruralistas e representantes do agronegócio, alguns deles armados, acompanhados do “antropólogo dos ruralistas” Edward Luz, figura já conhecida e bastante repudiada por suas teses racistas que negam, com argumentos pseudocientíficos, os direitos originários dos povos indígenas, a exemplo do que ele tem feito na região do Baixo Tapajós, no Pará.

 

O grupo de ruralistas invadiu de forma truculenta o evento a fim de tumultuar e tentaram agredir de forma covarde uma mulher indígena, grande liderança do Povo Xipaya, JUMA XIPAYA, e nosso grande líder dos povos indígenas do Brasil RAONI METUKTIRE KAIAPO.

 

Esse grave atentado deve ser denunciado amplamente e repudiado pois fere a liberdade de organização democrática dos indígenas e movimentos sociais em defesa da floresta.

 

Infelizmente os casos de agressões aos povos da floresta está virando algo recorrente, pois os assassinos da floresta se sentem respaldados pelo governo racista e fascista de Bolsonaro que faz discurso de ódio contra os povos originários. Mas não nos calaremos diante as ameaças do ruralistas e defensores do agronegócio. Vamos denunciar e seguir lutando em defesa da vida.

 

Heloise Rocha é militante do Movimento Indígena na Região do Baixo Tapajós, coordenadora de Gênero e Sexualidade do Sintepp Regional Oeste - Pará, militante do MES e presidenta do PSOL- Santarém/Pará.

https://movimentorevista.com.br/2019/11/ruralistas-tentam-agredir-juma-xipaya-e-raoni-kaiapo-em-altamira-para/

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