sábado, 9 de novembro de 2019

Ministro do Meio Ambiente mente sobre óleo no litoral e recebe críticas na Câmara dos Deputados, afirma Leonardo Monteiro

DA REDAÇÃO – Durante a audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, que ouviu nesta quarta-feira (6) o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre o derramamento de óleo na costa litorânea do Nordeste, parlamentares acusaram o ministro de mentir sobre as ações governamentais, ideologizar o debate, culpar governos anteriores e abandonar a audiência intempestivamente.
O debate foi proposto pelo deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) e subscrito pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). De acordo com Leonardo Monteiro, ao fazer as justificativas diante do Congresso Nacional e de redes de televisão, o ministro não foi honesto em suas declarações.
“O ministro mentiu quando disse que havia acionado o Plano Nacional de Contingência (PNC) para Incidentes de Poluição por Óleo em Água. Não foi acionado. O ministro omitiu quando não tomou as devidas atitudes que deveria ter tomado como Ministro do Meio Ambiente, e Iludiu tentando usar a desculpa de origem desconhecida do fenômeno para encobrir o imobilismo e a baixa capacidade de coordenação do governo para enfrentar um problema tão grave como está sendo esse derramamento de óleo”, acusou Monteiro.
Para Leonardo Monteiro, essa foi uma oportunidade que o ministro Ricardo Salles teve para explicar os três grandes desastres ambientais que ocorreram nos 300 dias do governo Bolsonaro. O deputado se referiu ao desastre de Brumadinho no início do ano, que deixou 270 mortos e 18 desaparecidos. Citou ainda as queimadas na Amazônia que ocorreram graças ao incentivo do próprio governo com o anúncio do ‘dia do fogo’ (ação promovida por empresários e fazendeiros locais) e, por último, o derramamento de óleo no litoral nordestino que, de acordo com o parlamentar, já atinge nove estados, 71 municípios e 130 praias.
Rogério Correia aconselhou o ministro de Bolsonaro a não transformar os graves problemas ambientais de seu governo em debate ideológico. “Não adianta fazer guerra ideológica com um problema ambiental sério para o povo brasileiro, especialmente para o povo nordestino. Não adianta essa guerra ideológica se o óleo é bolivariano, se ele é comunista, se ele é socialista ou se é fascista. Tem um problema sério que precisa ser resolvido”, alertou.

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