A Justiça julgou procedente o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e condenou delegado de Polícia que atuava em Águas Formosas, no Vale do Jequitinhonha, a 11 anos e dez meses de prisão e ao pagamento de multa, além da perda do cargo. O ex-servidor público foi condenado por peculato (art. 312 do Código Penal), posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) e armazenamento de substância perigosa em desacordo com as exigências legais (art. 56 da Lei nº 9.605/98).
De acordo com a denúncia oferecida pelo MPMG, em junho de 2021, em cumprimento de mandado de busca e apreensão, constatou-se que o então delegado guardava em sua casa munições e um revólver sem registro. Na mesma ocasião, foram encontrados quatro galões próprios para armazenamento de combustível, dois cheios de gasolina e dois vazios, demonstrando pelo cheiro terem sido utilizados para o mesmo fim. Durante a operação, o delegado foi preso em flagrante.
Segundo apurado, existem convênios entre a Polícia Civil e as prefeituras de Machacalis, Santa Helena de Minas e Umburatiba para fornecimento de combustível para abastecimento das viaturas da Delegacia de Águas Formosas. Sob o argumento de que essas cidades ficavam distantes, o denunciado, por pelo menos três anos, determinava que se buscasse a gasolina acondicionada em galões de 50 litros e guardava parte em casa (quatro galões) e parte na Delegacia (quatro galões). No entanto, dos galões guardados na residência, apenas um era utilizado no abastecimento das viaturas, sendo os outros três utilizados em proveito próprio (peculato).
A Justiça fixou regime inicial fechado para o cumprimento da pena de reclusão, sem direito de recorrer em liberdade. MPMG
Suspeito de matar policial penal na região Oeste de BH é
encontrado morto em Nova Lima
Clara Mariz
@clara_mariz
31/03/2022 às 19:24.
Atualizado em 31/03/2022 às 19:33
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O suspeito de ter matado o policial penal Bruno Washington
Tameirão, na última terça-feira (29), foi encontrado morto nesta quinta-feira
(31), em Nova Lima, na Grande BH, às margens da BR-040, logo após o posto da
Polícia Rodoviária Federal. Conforme a Polícia Civil (PC), o mandado de prisão
do homem seria expedido na tarde desta quinta.
A vítima foi baleada com 17 tiros. De acordo com a PC, como
os disparos se concentraram na cabeça, tudo indica crime de execução.
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O jovem de 34 anos era o principal suspeito de matar o
agente penitenciário no Conjunto Filadélfia, região Noroeste de Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Civil, no dia do assassinato, uma testemunha confirmou
a identidade do suspeito.
"Nós conseguimos identificar uma pessoa que viu o suspeito confessar o delito após o ocorrido. Apuramos que o agente penitenciário estava em sua moto e, ao estacionar, um rapaz chegou para conversar, quando sacou um canivete ou uma faca e o atingiu duas vezes no tronco e uma no pescoço", disse o delegado Lucas Daniel Alves Nunes.
A execução do suspeito será investigada pela delegacia da PC
de Nova Lima. O jovem estava em liberdade condicional após ser condenado por um
outro homicídio. Ele também tinha passagem por interceptação e tráfico de
drogas e porte de arma de fogo.
Motivação
Até o momento, os investigadores não sabem o que motivou o
assassinato do policial penas, porém tudo indica que o homicídio ocorreu de
forma circunstancial e sem relação com a profissão de Bruno Tameirão.
"Eles moravam na mesma região, cresceram juntos e
tinham idade próxima. O suspeito do assassinato tinha passagem pela polícia e
já foi preso, mas não há vínculo com as unidades prisionais que o policial
trabalhou", afirmou o delegado.