Ainda que pareça improvável, existem territórios em que nós, como turistas, não podemos colocar os pés. Veja quais são eles.
Por g1, Daniela Scalabrini
É difícil imaginar que ainda existam lugares do planeta completamente preservados e que não podem ser visitados por turistas. Mas, sim, ainda que pareça improvável, existem territórios em que quase ninguém pode colocar os pés. Nesta reportagem, você conhece 10 destes locais misteriosos e ricos em história.
Veja na lista abaixo:
1. Ilha das Cobras
Ilha da Queimada Grande — Foto: National Geographic Wild / Reprodução
🐍A Ilha da Queimada Grande, localizada a 35 quilômetros do litoral de São Paulo, é um dos lugares mais perigosos e restritos do planeta. Ela foi descoberta em 1532 pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza e está coberta de cobras.
Estima-se que possa haver entre uma e cinco serpentes para cada metro quadrado da ilha. É a segunda maior concentração de cobras por área no mundo — cerca de 45 por hectare, equivalente aproximadamente ao tamanho de um campo de futebol —, sendo superada apenas pela Ilha de Shedao, na China.
Por questões de segurança, o governo brasileiro proibiu qualquer pessoa de pisar na ilha. A única exceção a esta regra são pesquisadores, que para visitá-la devem estar sempre acompanhados por um médico e seguir protocolos rígidos.
2. A caverna francesa de Lascaux
Lascaux: a caverna francesa que contém obra de arte valiosa — Foto: Creative Commons Attribution
Com cerca de 17 mil anos, esta caverna localizada no sul da França é um dos exemplos mais bem preservados de arte pré-histórica no planeta. São cerca de 600 pinturas e mil gravuras estampadas nas paredes rochosas do local.
Oito anos depois de sua descoberta, em 1940, a caverna de Lascaux foi aberta ao público. Em 1963 as visitas foram suspensas, pois a entrada de turistas afetou a caverna, provocando o crescimento de fungos e micróbios.
Quase 60 anos depois, visitas à caverna continuam altamente restritas para evitar a destruição permanente da arte rupestre. Por isso, réplicas foram construídas nas proximidades para que os turistas possam conhecer as pinturas históricas.
3. Uluru: o 'umbigo do mundo'
Uluru, o 'umbigo do mundo' — Foto: MARK KOLBE/GETTY IMAGES
Uluru, também chamado de "umbigo do mundo", fica na Austrália. O local é considerado sagrado para os aborígenes Anangu, que são os guardiões da formação rochosa.
Os Anangu solicitaram ao governo australiano que os turistas parassem de escalar o local, que é um dos maiores monólitos do planeta, por respeito às suas tradições. A demanda foi respaldada por unanimidade por uma petição do conselho do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, que, em 2017, decidiu impedir a subida de pessoas ao monte. Só no dia 25 de outubro de 2019 a proibição entrou em vigor.
Hoje em dia os turistas ainda podem visitar o parque nacional, mas a rocha sagrada só pode ser observada, nunca pisada ou escalada.
4. Museu de Educação de Segurança Nacional de Jiangsu
Museu de Educação de Segurança Nacional de Jiangsu — Foto: Reprodução
O Museu Nacional da Educação de Segurança de Jiangsu, na China, possui um acervo que guarda documentos ultrassecretos sobre a história da espionagem do país. Pessoas estrangeiras não têm permissão para entrar lá. Fotografias também não são permitidas dentro do local, mesmo para chineses autorizados a visitar o local.
A Área 51 é uma região onde fica uma das mais importantes bases da Força Aérea dos Estados Unidos. Ela fica no deserto de Nevada, 135 quilômetros ao norte de Las Vegas.
👽O que se passa lá dentro é extremamente secreto, e esse sigilo ajudou a alimentar muitas teorias da conspiração, principalmente ligadas a extraterrestres. O acesso é terminantemente proibido, apesar de dezenas de pessoas tentarem a cada ano
6. Ilha Sentinela do Norte
Ilha Sentinela do Norte — Foto: Divulgação/Trilokhnat Padit
O mistério que ronda a tribo que vive na Ilha Sentinela do Norte é tão grande que não se sabe sequer que língua seus habitantes falam, nem quantos são. O que se sabe é que este é um dos últimos agrupamentos no mundo que não mantém contato com a civilização externa.
A ilha, parte do arquipélago de Andaman e Nicobar, na Baía de Bengala, no Oceano Índico, fica a mais de mil quilômetros de qualquer porto, o mais próximo deles na Índia continental. A visita de pessoas no é proibida, principalmente por conta do risco de contaminar os nativos com doenças de fora. Além disso, os sentinelas, como são chamados os moradores da ilha, são conhecidos por protegerem seu território e atacar intrusos.
O arco de arenito em Pravcicka Brana, na República Tcheca, tem 27 metros de extensão e 21 metros de altura. O local atrai visitantes de todos os lugares do mundo. Apesar disso, devido à erosão do arco, os turistas estão proibidos de subir ao topo e têm permissão apenas para olhar de longe.
A Base Aérea de Menwith Hill, fica localizada na Grã-Bretanha e pertence à Força Aérea britânica no norte do condado de Yorkshire. A base ultraconfidencial foi construída em 1954 para monitorar as comunicações da União Soviética durante a Guerra Fria. Ninguém sabe exatamente como o local é usado hoje em dia.
Não há maneira de conhecer o local por dentro. As únicas pessoas que têm acesso permitido são os membros da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) e do Echelon (programa de vigilância operado pelos cinco estados signatários do Acordo de Segurança UKUSA - Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, também conhecidos como 'Cinco Olhos').
9. Os arquivos secretos do Vaticano
Os Arquivos Secretos do Vaticano estão guardados na sede do Papado, na Cidade do Vaticano, na Itália. Em seu interior estão armazenados documentos pessoais de todos os papas que já comandaram a Igreja Católica desde o século 8.
Fechados para todas as pessoas que não estivessem ligadas ao Vaticano desde 1881, os arquivos mantêm os documentos mais confidenciais fechados à chave. Para se chegar até eles, é preciso enfrentar um longo e complexo processo. Apenas acadêmicos qualificados podem se candidatar a um cartão de entrada.
O Grande Templo de Ise é um dos mais importantes santuários xintoístas do Japão. O templo é reformado a cada 20 anos em uma cerimônia que simboliza a morte e a renovação, mas ninguém pode visitar por ser um lugar muito sagrado. Apenas os líderes religiosos de mais alto status e membros da família imperial do Japão têm acesso ao local.
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