Em live nas redes sociais, ex-presidente criticou as investigações da PF e teceu elogios a Alexandre Ramagem.
Bolsonaro nega criação de “Abin paralela” e diz que não recebia dados de inteligência | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória
O ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter criado uma
"Abin paralela" para espionar os adversários políticos durante a
época em que governava o país. Em uma live nas redes sociais ao lado dos filhos
Carlos, Flávio e Eduardo nesse domingo (28), o ex-chefe do Executivo afirmou
que informações dos serviços oficiais de inteligência não chegavam para ele,
segundo o site do R7.
"Eu não tenho inteligência da Abin, da Polícia Federal,
do Exército, da Marinha, da Aeronáutica. Eu não tenho inteligência. Uma vez fui
no centro de inteligência do Exército, o pessoal fez uma demonstração, eu
falei: 'E aí? Não chega nada para mim, só fica com vocês aqui'", disse.
No encontro virtual que durou mais de 2 horas, Bolsonaro
reforçou que, durante o governo, a inteligência dele era o contato que mantinha
com pessoas comuns. "Quando falei da Abin, da inteligência paralela, está
um problema, pegando fogo na Amazônia, liga para o coronel Menezes, 'Menezes,
como tá aí essa questão de fogo, porque a imprensa tá divulgando', o cara fala
para mim. Essa é minha inteligência. Ligo para um cabo do quartel, um militar
da reserva, um cidadão qualquer, ou a minha própria forma de agir.
No encontro virtual, Bolsonaro teceu elogios a Alexandre
Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência e alvo de uma
investigação da PF que apura a existência de uma estrutura paralela de
monitoramento ilegal na agência sob o comando dele.
Segundo ele, "Ramagem é um cara fantástico" e criticou as investigação, chamando-as de narrativa". "Essa nova narrativa agora, 'Abin paralela do Bolsonaro'. Essa acusação em cima do delegado Ramagem, um cara fantástico", disse o ex-capitão.
Nesta segunda-feira, um dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, é o principal alvo da Polícia Federal em uma nova operação sobre as irregularidades na Abin.
MICHELLE BOLSONARO É PROCESSADA POR USO INDEVIDO DE FOTO DA ATRIZ LEILA DINIZ
Ação judicial, movida pela filha da atriz, acusa Michelle Bolsonaro de usar indevidamente imagem de Leila Diniz em prol de campanha própria
ÉRIC MOREIRA PUBLICADO EM 03/02/2024,
Recentemente, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) vem tentado intimar a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a depor em um processo movido por Janaina Diniz Guerra, filha da atriz e modelo brasileira Leila Diniz (1945 - 1972).
Segundo ela, Michelle teria utilizado indevidamente uma imagem com sua mãe. A intimação foi feita no dia 15 de janeiro, e pretende-se que ambas as partes compareçam a uma audiência no Rio de Janeiro no próximo dia 21.
Conforme explica O Globo, o processo foi movido originalmente no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), e teria começado após o PL Mulher fazer uma publicação com uma imagem de Leila Diniz em um protesto em 1968, época da Ditadura Militar (1964 - 1985).
A publicação foi feita em fevereiro de 2023 e, além da própria Leila, na imagem também é possível ver as atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell de mãos dadas.
A publicação, no caso, tinha a intenção de celebrar a conquista do voto feminino. Para isso, foi feita uma montagem com o rosto de Michelle ao lado da fotografia histórica. Acreditando que a memória de sua mãe é oposta ao moralismo bolsonarista, Janaina pede não só a remoção do conteúdo, como também uma indenização no valor de R$ 52,8 mil.
O uso político, não autorizado, da imagem de minha mãe respaldando a pré-campanha de Michelle Bolsonaro é uma imensurável ofensa a tudo que minha mãe representou e ainda representa", afirma Janaina em auto da ação judicial.
Outra confusão
Essa não foi a primeira vez que a fotografia com Leila Diniz é razão de polêmica. Em dezembro de 2022, a atriz e ex-secretária da Cultura,
, Regina Duarte, compartilhou a imagem junto a um discurso de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil pelo PL.
Ao passo que Bolsonaro afirmava, no discurso, que o golpe militar foi uma "exigência da sociedade", a imagem de Leila Diniz era utilizada como se ela e seu grupo fosse de manifestantes a favor da ditadura, em 1964. Por conta disso, Regina Duarte também foi processada.
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