sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Estatísticas sobre HIV e AIDS, disponíveis nos relatórios do UNAIDS

 

Esta página reúne um resumo das estatísticas sobre HIV e AIDS, disponíveis nos relatórios do UNAIDS bem como nos informativos mais recentes do Ministério da Saúde (para dados nacionais). Este conteúdo é atualizado de seis em seis meses. Para os dados completos mais recentes disponíveis, visite a página de publicações do UNAIDS Brasil e consulte também a página aids.gov.br para os dados oficiais do Ministério da Saúde.

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2020

  • *25,4 milhões [24,5 milhões—25,6 milhões] de pessoas com acesso à terapia antirretroviral (*até o final de junho de 2019).
  • 38 milhões [31,6 milhões—44,5 milhões] de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV (até o fim de 2019).
  • 1,7 milhão [1,2 milhão—2,2 milhões] de novas infecções por HIV (até o fim de 2019).
  • 690 000 [500 000—97 000] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (até o fim de 2019).
  • 75,7 milhões [55,9 milhões—100 milhões] de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia (até o fim de 2019).
  • 32,7 milhões [24,8 milhões—42,2 milhões] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia (até o fim de 2019).

Pessoas vivendo com HIV

  • Em 2019, havia 38 milhões [31,6 milhões—44,5 milhões] de pessoas vivendo com HIV.
    • 36,2 milhões [30,2 milhões– 42,5 milhões] de adultos.
    • 1, milhão [1,3 milhão–2,2 milhões] de crianças (menos de 15 anos).
  • 81% [68–95%] de todas as pessoas vivendo com HIV conheciam seu estado sorológico positivo para HIV.
  • Cerca de 7,1 milhões de pessoas não sabiam que estavam vivendo com HIV.

Pessoas vivendo com HIV com acesso à terapia antirretroviral

  • Até o fim de 2019, 25,4 milhões [24,5 milhões—25,6 milhões] de pessoas vivendo com HIV tinham acesso à terapia antirretroviral, aumento de 6,4 milhões [5.9 milhões–6.4 milhões] em 2009.
  • Em 2019, 67% [54–79%] de todas as pessoas vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento.
    • 68% [54–80%] dos adultos com 15 ou mais anos vivendo com HIV tinham acesso ao tratamento, assim como 53% [36–64%] das crianças de 0 a 14 anos.
    • 73% [60-86%] das mulheres com 15 ou mais anos tinham acesso ao tratamento. Entretanto, apenas 61% [48-74%] dos homens com 15 ou mais anos tinham acesso.
  • 82% [63–>100%] das mulheres grávidas vivendo com HIV tinham acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV para seus bebês em 2019.

Novas infecções por HIV

  • Novas infecções por HIV foram reduzidas em 40% desde o pico em 1998.
    • Em 2019, cerca de 1,7 milhão [1,2 milhão—2,2 milhões] de novas infecções por HIV, em comparação com 2,8 milhões [2,0 milhões—3,7 milhões] em 1998.
  • Desde 2010, as novas infecções por HIV diminuíram cerca de 23%, de 2,1 milhões [1,6 milhão—2,9 milhões] para 1,7 milhão [1,2 milhão—2,2 milhões] em 2019.
    • Desde 2010, novas infecções por HIV entre crianças diminuíram em 52%, de 310.000 [200.000—500.000] em 2010 para 150.000 [94.000—240.000] em 2019.

Mortes relacionadas à AIDS

  • As mortes relacionadas à AIDS foram reduzidas em mais de 60% desde o pico em 2004.
    • Em 2019, cerca de 690.000 [500.000—970.000] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS em todo o mundo, em comparação com 1,7 milhão [1,2 milhão—2,4 milhões] em 2004 e 1,1 milhão [830.000—1,6 milhão] em 2010.
  • A mortalidade relacionada à AIDS diminuiu 39% desde 2010.

HIV e COVID-19

  • Uma nova análise do UNAIDS revelou os impactos potenciais que a pandemia DE COVID-19 poderia ter em países de baixa e média renda em todo o mundo sobre o fornecimento de medicamentos antirretrovirais genéricos usados para tratar o HIV.
  • Os lockdowns e fechamentos de fronteira impostos para impedir a COVID-19 estão impactando tanto a produção de medicamentos quanto sua distribuição, potencialmente levando a aumentos em seus custos e a problemas de abastecimento. Estima-se que o custo final dos medicamentos antirretrovirais exportados da Índia pode ser entre 10% e 25% mais alto que os preços normais.
  • Modelagens estatísticas recentes estimam que uma interrupção completa de seis meses no tratamento do HIV pode levar a mais de 500.000 [471.000–673.000] mortes adicionais por doenças relacionadas à AIDS.
  • Se os serviços de prevenção da transmissão vertical do HIV fossem interrompidos por seis meses, o aumento estimado de novas infecções infantis pelo HIV seria de 162% no Malaui, 139% no Uganda, 106% no Zimbábue e 83% em Moçambique.

Mulheres

  • Todas as semanas, cerca de 5.500 jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV.
    • Na África Subsaariana, cinco em cada seis novas infecções entre adolescentes de 15 a 19 anos acontecem em meninas. Mulheres jovens com idade entre 15 e 24 anos têm duas vezes mais chances de viver com o HIV do que os homens.
  • Mais de um terço (35%) das mulheres em todo o mundo sofreram violência física e/ou sexual em algum momento de suas vidas.
    • Em algumas regiões, as mulheres que sofreram violência física ou sexual por parceiro íntimo têm 1,5 vez mais probabilidade de contrair o HIV do que as mulheres que não tiveram essa violência.
  • Mulheres e meninas representaram cerca de 48% de todas as novas infecções por HIV em 2019. Na África Subsaariana, mulheres e meninas representaram 59% de todas as novas infecções por HIV.

90–90–90

  • Em 2019, 91% [68-95%] das pessoas vivendo com HIV estavam diagnosticadas e conheciam seu estado sorológico positivo para HIV.
  • Entre as pessoas diagnosticadas com HIV, 82% [66—97%] tinham acesso ao tratamento.
  • Entre as pessoas com acesso ao tratamento, 88% [71—100%] tinham carga viral suprimida ou indetectável.
  • De todas as pessoas que vivem com HIV, 81% [68—95%] conheciam seu diagnóstico positivo, 67% [54—79%] tinham acesso ao tratamento e 59% [49—69%] estavam com carga viral suprimida ou indetectável em 2019.

Populações-chave

  • As populações-chave e seus parceiros sexuais representam:
    • 62% das novas infecções por HIV em todo o mundo.
    • 99% das novas infecções por HIV na Europa do Leste e na Ásia Central.
    • 97% das novas infecções por HIV no Oriente Médio e Norte da África.
    • 96% das novas infecções por HIV na Europa Ocidental e Central e na América do Norte.
    • 98% das novas infecções por HIV na Ásia e no Pacífico.
    • 77% das novas infecções por HIV na América Latina.
    • 69% das novas infecções por HIV na África Ocidental e Central.
    • 60% das novas infecções por HIV no Caribe.
    • 28% das novas infecções por HIV na África Oriental e Austral.
  • O risco de infecção por HIV é:
    • 26 vezes maior entre homens que fazem sexo com homens.
    • 29 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis.
    • 30 vezes maior para trabalhadoras do sexo.
    • 13 vezes maior para pessoas transexuais.

HIV/Tuberculose (TB)

  • A TB continua a ser a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com o HIV, sendo responsável por cerca de uma em cada três mortes relacionadas à AIDS.
  • Em 2018, cerca de 10 milhões [9.0 milhões—11.1 milhões] de pessoas desenvolveram a doença da tuberculose, aproximadamente 9% estavam vivendo com o HIV.
    • Pessoas vivendo com HIV sem sintomas de TB precisam de terapia preventiva de TB, o que diminui o risco de desenvolver TB e reduz as taxas de mortalidade de TB/HIV em cerca de 40%.
    • 1,8 milhão de pessoas vivendo com HIV em 65 países começaram o tratamento preventivo para TB em 2018.
  • Estima-se que 44% das pessoas que vivem com HIV e tuberculose desconhecem sua coinfecção e, portanto, não estão recebendo cuidados.

Investimentos

  • No final de 2019, US$ 18,6 bilhões (dólares constantes de 2016) estavam disponíveis para a resposta à AIDS em países de baixa e média renda, quase 1,3 bilhão a menos que em 2017.
    • Cerca de 57% do total de recursos para o HIV em países de baixa e média renda, em 2019, eram de fontes domésticas.
  • O UNAIDS estima que serão necessários US$ 26,2 bilhões (dólares constantes de 2016) para a resposta à AIDS em 2020.

Veja aqui o resumo informativo completo mais recente do UNAIDS (julho 2020)

Relatórios e publicações

2020

O relatório Agarrar a oportunidade: enfrentando as desigualdades enraizadas para acabar com epidemias (na tradução livre de Seizing the Moment: taclkling entrenched inequalities to end epidemics), alerta para o fato de que os ganhos obtidos até agora na resposta ao HIV podem ser perdidos e o progresso interrompido se não agirmos. O relatório destaca o os países precisam redobrar seus esforços e agir com maior urgência para alcançar as milhões de pessoas ainda deixadas para trás. O documento mostra um progresso significativo, mas altamente desigual, principalmente na expansão do acesso à terapia antirretroviral. Como as conquistas não foram compartilhadas igualmente dentro dos países e entre eles, as metas globais de HIV estabelecidas para 2020 não serão alcançadas.

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