Publicado em: 16/03/2022 Atualizado: 16/03/2022 18:39
Publicações em redes sociais em bases militares contribuem para bombardeios das tropas russas, dizem internautas
Da Redação / Foto: Reprodução/Internet
Internautas de várias nacionalidades culpam brasileiros que se voluntariam para lutar na Ucrânia contra os russos por facilitar ataques das tropas inimigas. Publicações em redes sociais exibindo as bases militares ucranianas teriam contribuído para o lançamento de mísseis pelas tropas russas, causando dezenas de mortes.
Segundo os internautas, os brasileiros teriam mais interesse na autopromoção, se exibindo nas redes sociais, do que lutar pela liberdade da Ucrânia.
“É incrível como são descuidados e estúpidos os ‘voluntários’ brasileiros na legião estrangeira. Outro mercenário, capturado anteriormente perto de Lviv, mantém um perfil aberto no Instagram, encantando regularmente os assinantes com novas histórias”, escreveu, em inglês, o internauta identificado como Spriter.
Outro internauta crítico à atuação dos brasileiros disse que autoridades norte-americanos culpam os voluntários brasileiros na Ucrânia pelo ataque ao acampamento militar na fronteira com a Polônia que deixou ao menos 35 mortos, no domingo (13).
“(…) eles (os brasileiros) só gastaram carregando fotos no Instagram para ganhar curtidas e, por causa disso, os russos atacaram o acampamento.”
Não há comprovação de que as publicações de brasileiros nas redes sociais contribuíram para as mortes. Porém, é fato que as forças russas lançaram vários ataques aéreos contra um centro de treinamento militar nos arredores da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polônia.
Brasileiro fez vídeo após fugir de ataque russo
A base perto de Lviv contava com voluntários e mercenários estrangeiros que se uniram às forças ucranianas na luta contra as tropas russas. O grupo é denominado Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia. Pelas redes sociais, brasileiros informaram que deixaram a área militar na região de Lviv horas antes do bombardeio.
Tiago Rossi, que fazia parte do grupo e é instrutor, que é de Maringá, no Paraná, disse em vídeo que teve de fugir depois que aviões russos atacaram integrantes da Legião Internacional. “Não imaginava o que era uma guerra”, afirmou, assustado, o brasileiro na publicação.
“Lá (na base) tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. As informações que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, completou.
Até então, Rossi se vangloriava de ter ido para a Ucrânia para a luta armada. Ele virou notícia em sua cidade e em seu estado. Chegou a ser tratado como herói por seguidores nas redes sociais, a maioria defensores de armamento da população civil e eleitor de Bolsonaro. Na hora que o bicho pegou, Rossi, fugiu.
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