sábado, 5 de março de 2022

Vila Velha: execução em Santa Mônica foi revide a ataque no Ibes, diz Polícia

 Guerra em Vila Velha

Segundo delegado, os criminosos decidiram assassinar qualquer um que estivesse na rua naquele momento. Jhordyuri de Almeida Benincá, de 19 anos, que morreu no ataque, não possuía passagens pela polícia

Tempo de leitura:4min

·         Daniel Pasti Repórterdrocha@redegazeta.com.br

Vitória

Publicado em 04/03/2022 às 13h29




















Jhordyuri Almeida foi morto no meio da rua, por volta das 22h, em Vila Velha. Crédito: Reprodução A Polícia Civil acredita que a execução de Jhordyuri de Almeida Benincá, de 19 anos, que aconteceu no bairro Santa Mônica, em Vila Velha, na noite desta quinta-feira (3), foi uma forma de revide a um ataque no bairro Ibes, também em Vila Velha, que deixou uma estudante de Direito morta no dia 19 de fevereiro. De acordo com a polícia, os assassinatos ocorreram por conta da guerra do tráfico de drogas, que atinge os dois bairros.

O coronel Alexandre Ramalho, secretário de Segurança Pública do Estado, declarou que nem Jhordyuri nem o tio, que sobreviveu ao ataque, possuíam passagens pela polícia ou ligação com o tráfico de drogas da região. Ele contou que a morte do jovem foi realmente uma espécie de vingança pela execução no Ibes.

Alexandre Ramalho

Secretário de Segurança Pública do Estado

"A gente não conseguiu ainda fazer nenhuma ligação do porquê, a não ser dar a resposta da mesma forma que aconteceu no Ibes. Já que chegaram atirando covardemente no Ibes, nós vamos chegar atirando covardemente em Santa Mônica"

"Aquela cena pesada, da moto atirando no Ibes, que vem a vitimar uma moça, nós tivemos agora cena semelhante em Santa Mônica. O tio, que foi quem sobreviveu, alega para a gente que estava indo buscar um amigo em Guaranhuns, que eles foram a pé de Santa Mônica até Guaranhuns. Quando eles estão próximos a um veículo na esquina, surgem dois indivíduos, um deles começa a atirar na direção do tio", disse o secretário.


Alexandre Ramalho explicou que os dois criminosos estavam armados e que os disparos, que teriam o tio da vítima como alvo, falharam. Ele conseguiu fugir e, então, os atiradores começaram a disparar contra Jhordyuri.

"Essa arma, na hora, masca, ele não consegue realizar os disparos, o outro vem por trás. Nisso o tio corre, o sobrinho estava de cabeça baixa, não sabia o que estava acontecendo. Esse indivíduo vem e executa o sobrinho com vários disparos", detalhou.

 AS PRISÕES

O delegado Tarik Halabi Souki, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, confirmou que a execução do jovem foi um ataque aleatório. Segundo o delegado, os criminosos decidiram assassinar qualquer um que estivesse na rua naquele momento.

"As investigações indicaram que esse jovem não tinha relação com o narcotráfico nem do Ibes, nem de Santa Mônica. Ele era um trabalhador mecânico. De maneira covarde, esses indivíduos resolveram executar quem estivesse passando pela rua, escolheram esses dois jovens, sendo que um sobreviveu", narrou.


Tarik Souki argumentou que, já no dia seguinte à execução, a equipe apurou que quatro pessoas participaram da execução, sendo que duas foram identificadas. Em seguida, os policiais conseguiram localizar o esconderijo onde estavam os dois criminosos, que fica em Santa Mônica, próximo ao local do crime.

"De imediato, nós conseguimos localizar o esconderijo. Fomos até o local, conseguimos prendê-los em flagrante, com relação ao homicídio. Também na ocasião, apreendemos um revólver calibre 38, possivelmente utilizado na execução do jovem e um simulacro de pistola, além de várias munições calibre 38", disse.

GUERRA DO TRÁFICO DA REGIÃO


O secretário Alexandre Ramalho ressaltou que ambas as execuções - no Ibes e em Santa Mônica - foram motivadas por uma guerra entre traficantes rivais. Essa guerra começou, de acordo com Ramalho, quando Luan Resende Buarque, conhecido como "Luanzinho", uma das lideranças do tráfico de drogas do bairro Ibes, foi solto da prisão, em dezembro de 2021.

"A partir de janeiro, fevereiro e março, estoura essa guerra que nós estamos vendo. O resultado é o cara tentando retomar seu ponto de venda de entorpecentes que ele havia perdido no período em que fica preso. E aí vem uma guerra, em que esses vagabundos tinham seus alvos definidos. A gente lamenta a morte de todos, agora, o lamento maior é quando um inocente é atingido", afirmou.


Luan Resende Buarque foi preso no Rio de Janeiro em junho de 2021. Crédito: Reprodução

Luan foi preso no dia 9 de junho de 2021, no bairro Méier, no Rio de Janeiro. De acordo com o secretário, ele apresentava sintomas de Covid-19 e, então, procurou um hospital. Assim, ele foi identificado, preso e transferido para o Espírito Santo.

Segundo Tarik Souki, contra Luan havia um mandado de prisão em aberto pelo homicídio de Luiz Fernando Albino Nascimento, de 12 anos, que aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2019, no bairro Glória, em Vila Velha. Ele, que era membro do grupo de traficantes do qual Luan era líder, foi morto a mando do criminoso.

"Esse indivíduo foi preso no Rio de Janeiro em razão do mandado de prisão com relação ao homicídio contra o jovem Luiz Fernando, garoto de 12 anos que foi cooptado pelo tráfico, por esse grupo do qual ele faz parte. Ele vendia drogas na pracinha do Ibes e foi executado porque, em um plantão de venda de drogas, ele se apropriou do dinheiro", detalhou o delegado.

MANDADOS DE PRISÃO EM ABERTO NO IBES

Tarik Souki revelou que outros cinco criminosos, envolvidos no tráfico de drogas do bairro Ibes, estão com mandado de prisão em aberto. São eles: Rodrigo de Almeida Santiago, vulgo "RDG"; Gabriel de Andrade Senna, vulgo "Bolacha" ou "BL"; Pablo Domingos Carreiro, vulgo "Bandidinho"; e Vitor Caldeira Santos, vulgo "VK", além do próprio Luan.

Traficantes do bairro Ibes com mandado de prisão em aberto










https://www.agazeta.com.br/es/policia/vila-velha-execucao-em-santa-monica-foi-revide-a-ataque-no-ibes-diz-policia-0322

                                                                        


Dallagnol ataca Lewandowski e diz que STF "virou casa da mãe Joana"

O ex-procurador também afirmou que o ministro "faz o que quer em favor do ex-presidente Lula".

sábado, 5 de março de 2022


Em postagem feita nas redes sociais, o ex-procurador Deltan Dallagnol atacou o ministro Ricardo Lewandowski e disse que o STF "virou casa da mãe Joana".


"O STF virou a casa da mãe Joana: o min. Lewandowski faz o que quer em favor do ex-presidente Lula (que o indicou ao STF e sempre o elogia), primeiro no Mensalão, depois autorizando entrevistas, depois no triplex, depois na leniência da Odebrecht e agora na Greenfield."


(Imagem: Reprodução)

(Imagem: Reprodução

(Imagem: Reprodução)

Na sequência, Dallagnol afirmou que o ministro suspendeu monocraticamente a última ação penal contra Lula que corria na operação Greenfield em Brasília, alegando que supostas mensagens da Vaza Jato mostrariam que os procuradores de Brasília teriam sido influenciados pelos de Curitiba.


"Além disso, Lewandowski adota a narrativa da defesa como verdade sem qualquer apuração devida, contraditório adequado ou análise crítica dos fatos. Ou seja: faz o que quer monocraticamente e o resultado é a impunidade da grande corrupção política", completou.


Leia a íntegra das postagens de Dallagnol clicando aqui.


Por: Redação do Migalhas


Atualizado em: 5/3/2022 17:00


Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: 

https://www.migalhas.com.br/quentes/360818/dallagnol-ataca-lewandowski-e-diz-que-stf-virou-casa-da-mae-joana                                                                           

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  4. PART 4

    Exclusivo: chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol na Lava Jato

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    Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’

  8. PART 8

    Chats da Lava Jato revelam que procuradores reclamavam de violações éticas de Moro e temiam que operação perdesse toda credibilidade com sua ida ao governo Bolsonaro

  9. PART 9

    Lava Jato tramou vazamento de delação para interferir na política da Venezuela após sugestão de Sergio Moro

  10. PART 10

    Deltan Dallagnol usou fama da Lava Jato para lucrar com palestras e livros

  11. PART 11

    Deltan Dallagnol, em chats secretos, sugeriu que Sergio Moro protegeria Flávio Bolsonaro para não desagradar ao presidente e não perder indicação ao STF

  12. PART 12

    Deltan Dallagnol deu palestra remunerada para empresa investigada na Lava Jato

  13. PART 13

    Deltan foi estrela de encontro com bancos e investidores organizado pela XP ‘com compromisso de confidencialidade’

  14. PART 14

    Deltan Dallagnol incentivou cerco da Lava Jato ao ministro do STF Dias Toffoli

  15. PART 15

    Deltan e Lava Jato usaram Vem Pra Rua e instituto Mude como lobistas para pressionar STF e governo

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    Lava Jato usava chats para pedir dados fiscais sigilosos sem autorização judicial ao atual chefe do Coaf

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    Áudios: Corregedor-geral do MPF acobertou confissão de procurador da Lava Jato que pagou por outdoor ilegal

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    Dallagnol mentiu: Lava Jato vazou sim informações das investigações para a imprensa — às vezes para intimidar suspeitos e manipular delações

  19. PART 19

    Deltan avaliou concorrer ao Senado, deixou em aberto tentar em 2022 e via necessidade de o MPF ‘lançar um candidato por Estado’

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    Moro autorizou devassa na vida de filha de investigado da Lava Jato para tentar prendê-lo

  21. PART 21

    Lava Jato usou denúncia do sítio contra Lula para distrair público de crise com Temer e Janot e proteger colegas

  22. PART 22

    Sergio Moro também direcionava ações da Polícia Federal na Lava Jato – delegados, sabendo que era errado, esconderam orientação do juiz

  23. PART 23

    Lava Jato usou site O Antagonista para interferir na escolha do presidente do Banco do Brasil – e a parceria entre os dois não começou aí

  24. PART 24

    Lava Jato fez de tudo para ajudar justiça americana – inclusive driblar o governo brasileiro

  25. PART 25

    Lava Jato suspeitava que Alexandre Ramagem era corrupto e ligado ao PT

  26. PART 26

    Um ano de Vaza Jato

  27. PART 27

    Fachin não viu problema em Moro divulgar delação de Antonio Palocci a seis dias da eleição de 2018. A Lava Jato viu.

  28. PART 28

    Descontrole no MPF: Brasília vazou investigação sigilosa contra Lula à Lava Jato

  29. PART 29

    Áudios: Deltan Dallagnol interferiu para colocar juiz aliado no lugar de Sergio Moro na Lava Jato

  30. PART 30

    O namoro entre a Lava Jato e a Rede Globo

  31. PART 31

    ‘Doleiro dos doleiros’ mudou delação para inocentar procurador da Lava Jato a quem dizia pagar propina

  32. PART 32

    Como a Lava Jato caiu numa mentira de internet e esperava prender em flagrante o ex-presidente Lula por roubar um objeto que era dele mesmo

  33. PART 33

    Lava Jato pagou R$ 374 mil para procurador que morava em Curitiba viajar para Curitiba

  34. PART 34

    Delação da Odebrecht livrou corruptores e entrega só uma condenação a cada 40 processos

  35. PART 35

    Dallagnol expôs soberba e desumanidade ao prestar solidariedade a delegada após morte de reitor da UFSC


https://theintercept.com/series/mensagens-lava-jato/

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