Guerra em Vila Velha
Segundo
delegado, os criminosos decidiram assassinar qualquer um que estivesse na rua
naquele momento. Jhordyuri de Almeida Benincá, de 19 anos, que morreu no ataque,
não possuía passagens pela polícia
Tempo
de leitura:4min
·
Daniel Pasti Repórterdrocha@redegazeta.com.br
O coronel Alexandre Ramalho, secretário de Segurança Pública do
Estado, declarou que nem Jhordyuri nem o tio, que sobreviveu ao ataque,
possuíam passagens pela polícia ou ligação com o tráfico de drogas da região.
Ele contou que a morte do jovem foi realmente uma espécie de vingança pela
execução no Ibes.
Alexandre
Ramalho
Secretário de Segurança Pública do
Estado
"A gente não
conseguiu ainda fazer nenhuma ligação do porquê, a não ser dar a resposta da
mesma forma que aconteceu no Ibes. Já que chegaram atirando covardemente no Ibes,
nós vamos chegar atirando covardemente em Santa Mônica"
"Aquela cena pesada, da moto atirando no Ibes, que vem a vitimar uma moça, nós tivemos agora cena semelhante em Santa Mônica. O tio, que foi quem sobreviveu, alega para a gente que estava indo buscar um amigo em Guaranhuns, que eles foram a pé de Santa Mônica até Guaranhuns. Quando eles estão próximos a um veículo na esquina, surgem dois indivíduos, um deles começa a atirar na direção do tio", disse o secretário.
Alexandre Ramalho explicou que os dois criminosos estavam armados e que os
disparos, que teriam o tio da vítima como alvo, falharam. Ele conseguiu fugir
e, então, os atiradores começaram a disparar contra Jhordyuri.
"Essa arma, na hora, masca, ele não consegue realizar os disparos, o outro vem por trás. Nisso o tio corre, o sobrinho estava de cabeça baixa, não sabia o que estava acontecendo. Esse indivíduo vem e executa o sobrinho com vários disparos", detalhou.
AS PRISÕES
O delegado Tarik Halabi Souki, titular da Delegacia de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, confirmou que a execução
do jovem foi um ataque aleatório. Segundo o delegado, os criminosos decidiram
assassinar qualquer um que estivesse na rua naquele momento.
"As investigações indicaram que esse jovem não tinha relação com o narcotráfico nem do Ibes, nem de Santa Mônica. Ele era um trabalhador mecânico. De maneira covarde, esses indivíduos resolveram executar quem estivesse passando pela rua, escolheram esses dois jovens, sendo que um sobreviveu", narrou.
Tarik Souki argumentou que, já no dia seguinte à execução, a equipe apurou que
quatro pessoas participaram da execução, sendo que duas foram identificadas. Em
seguida, os policiais conseguiram localizar o esconderijo onde estavam os dois
criminosos, que fica em Santa Mônica, próximo ao local do crime.
"De imediato, nós conseguimos localizar o esconderijo.
Fomos até o local, conseguimos prendê-los em flagrante, com relação ao
homicídio. Também na ocasião, apreendemos um revólver calibre 38, possivelmente
utilizado na execução do jovem e um simulacro de pistola, além de várias
munições calibre 38", disse.
GUERRA DO TRÁFICO DA REGIÃO
O secretário Alexandre Ramalho ressaltou que ambas as execuções
- no Ibes e em Santa Mônica - foram motivadas por uma guerra entre traficantes
rivais. Essa guerra começou, de acordo com Ramalho, quando Luan Resende
Buarque, conhecido como "Luanzinho", uma das lideranças do tráfico de
drogas do bairro Ibes, foi solto da prisão, em dezembro de 2021.
"A partir de janeiro, fevereiro e março, estoura essa guerra que nós estamos vendo. O resultado é o cara tentando retomar seu ponto de venda de entorpecentes que ele havia perdido no período em que fica preso. E aí vem uma guerra, em que esses vagabundos tinham seus alvos definidos. A gente lamenta a morte de todos, agora, o lamento maior é quando um inocente é atingido", afirmou.
Luan Resende Buarque foi preso no Rio de Janeiro em junho de 2021. Crédito: Reprodução
Luan foi preso no dia 9 de junho de 2021, no bairro Méier, no Rio de
Janeiro. De acordo com o secretário, ele apresentava sintomas de
Covid-19 e, então, procurou um hospital. Assim, ele foi identificado, preso e
transferido para o Espírito Santo.
Segundo Tarik Souki, contra Luan havia um mandado de prisão em
aberto pelo homicídio de Luiz Fernando Albino Nascimento, de 12 anos, que
aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2019, no bairro Glória, em Vila
Velha. Ele, que era membro do grupo de traficantes do qual Luan era líder,
foi morto a mando do criminoso.
"Esse indivíduo foi preso no Rio de Janeiro em razão do
mandado de prisão com relação ao homicídio contra o jovem Luiz Fernando, garoto
de 12 anos que foi cooptado pelo tráfico, por esse grupo do qual ele faz parte.
Ele vendia drogas na pracinha do Ibes e foi executado porque, em um plantão de
venda de drogas, ele se apropriou do dinheiro", detalhou o delegado.
MANDADOS DE PRISÃO EM ABERTO NO IBES
Tarik Souki revelou que outros cinco criminosos, envolvidos no tráfico
de drogas do bairro Ibes, estão com mandado de prisão em aberto. São eles:
Rodrigo de Almeida Santiago, vulgo "RDG"; Gabriel de Andrade Senna,
vulgo "Bolacha" ou "BL"; Pablo Domingos Carreiro, vulgo
"Bandidinho"; e Vitor Caldeira Santos, vulgo "VK", além do
próprio Luan.
Traficantes do bairro Ibes com mandado de prisão em aberto
Dallagnol ataca Lewandowski e diz que STF "virou casa da mãe Joana"
O ex-procurador também afirmou que o ministro "faz o que quer em favor do ex-presidente Lula".
sábado, 5 de março de 2022
Em postagem feita nas redes sociais, o ex-procurador Deltan Dallagnol atacou o ministro Ricardo Lewandowski e disse que o STF "virou casa da mãe Joana".
"O STF virou a casa da mãe Joana: o min. Lewandowski faz o que quer em favor do ex-presidente Lula (que o indicou ao STF e sempre o elogia), primeiro no Mensalão, depois autorizando entrevistas, depois no triplex, depois na leniência da Odebrecht e agora na Greenfield."

(Imagem: Reprodução)
Na sequência, Dallagnol afirmou que o ministro suspendeu monocraticamente a última ação penal contra Lula que corria na operação Greenfield em Brasília, alegando que supostas mensagens da Vaza Jato mostrariam que os procuradores de Brasília teriam sido influenciados pelos de Curitiba.
"Além disso, Lewandowski adota a narrativa da defesa como verdade sem qualquer apuração devida, contraditório adequado ou análise crítica dos fatos. Ou seja: faz o que quer monocraticamente e o resultado é a impunidade da grande corrupção política", completou.
Leia a íntegra das postagens de Dallagnol clicando aqui.
Por: Redação do Migalhas
Atualizado em: 5/3/2022 17:00
Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link:
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https://theintercept.com/series/mensagens-lava-jato/





































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