terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

CNJ abre investigação e decide afastar o juiz Marcelo Bretas por desvio de conduta

 Decisão foi tomada durante análise de três procedimentos que questionavam o trabalho de Bretas à frente de processos. Em nota, juiz disse que sempre atuou dentro da lei para garantir justiça.

Por Márcio Falcão e Kevin Lima, TV Globo e g1 — Brasília

 28/02/2023 16h28  Atualizado há um mês

 

O juiz federal Marcelo Bretas, em entrevista ao programa Em Foco, da GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta terça-feira (28), afastar do cargo o juiz federal Marcelo Bretas, por suposto desvio de conduta na análise de processos. O CNJ também instaurou procedimento para investigar o juiz.

Bretas atuou na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Em nota divulgada após a decisão do CNJ, ele afirmou que "sempre atuou na forma da lei para a realização da Justiça. E que não pode comentar a decisão do CNJ pois a ela não teve acesso, uma vez que foi tomada em sessão sigilosa".

 

A decisão do CNJ, por 12 votos a 3, levou em conta a conduta de Bretas como juiz criminal, segundo integrantes do CNJ. No conselho, havia três procedimentos abertos sobre o juiz.

 

O primeiro item era uma reclamação disciplinar ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questionou acordo de colaboração premiada celebrado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a OAB, o juiz e o Ministério Público negociaram penas, orientaram advogados e combinaram estratégias.

 

O segundo é uma reclamação feita pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O prefeito alega que o juiz atuou para prejudicá-lo na disputa eleitoral para o governo do estado em 2018.

 

À época, Bretas chamou para uma audiência Alexandre Pinto, ex-secretário municipal de Obras do Rio. Pinto acusou o prefeito do Rio de participar em um esquema de propinas no plano de infraestrutura das Olimpíadas de 2016.

 

O terceiro processo é uma reclamação disciplinar instaurada pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. O CNJ encontrou dados em computadores corporativos do magistrado que dão indícios de supostas “deficiências graves dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais e de registros”.

 

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    Próximos passos

    Agora que o processo administrativo foi aberto para investigar a conduta de Bretas, o CNJ vai designar um conselheiro para ser o relator.

     

    Ele vai ser responsável por ouvir o investigado e as testemunhas. Por fim, o relator apresenta um voto no plenário do CNJ.

     

    Dependendo do voto do relator, e se ele foi acompanhado pelos demais conselheiros, Bretas pode até ser punido com a aposentadoria compulsória (quando ele sai do cargo, mas mantém o salário).

      

    https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/02/28/cnj-decide-afastar-o-juiz-marcelo-bretas.ghtml

                                                                             

    Filho condenado como mandante da morte do pai, em Ipatinga, perde direito à herança

     

     Vítima, na época com 48 anos, foi executada com sete tiros. O crime foi em julho de 2018. A condenação do filho veio pouco mais de dois anos após o crime, em setembro de 2020.

    Por g1 Vales de Minas Gerais

     

    28/02/2023 19h10  Atualizado há 2 horas

     Um homem, de 30 anos, condenado como mandante da morte do pai, em julho de 2018, teve excluído o direito à herança deixada pela vítima. A decisão foi publicada nesta terça-feira (28), no site do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

     

    A vítima Evenilson Gonçalves na época com 48 anos, foi executada com sete tiros próximo a casa onde morava no bairro Bom Retiro em Ipatinga. Já o suspeito, na época do crime tinha 25 anos.

     

    A sentença da justiça em primeira instância rescindindo partilha homologada em inventário, foi obtida pelo MPMG, por meio da 11ª Promotoria de Justiça da comarca de Ipatinga.

     

    O filho, declarado como indigno de receber parte da herança do pai, já havia sido condenado pelo Tribunal do Júri da cidade como mandante do crime de homicídio doloso, em setembro de 2020.

    https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2023/02/28/filho-condenado-como-mandante-da-morte-do-pai-em-ipatinga-perde-direito-a-heranca.ghtml

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