Prefeitura de SP começa a pedir retirada de barracas de pessoas em situação de rua no Centro
Coronel Álvaro Batista Camilo, novo subprefeito da região,
disse que as barracas não devem ser montadas durante o dia. Deputado Guilherme
Boulos (PSOL) entrou com representação no MP na quarta (8) contra medida.
Por g1 SP e TV Globo — São Paulo
Moradores de rua dormem dentro de barracas na Praça da Sé, no Centro de SP — Foto: Paula Paiva Paulo/g1
A prefeitura de São Paulo começou a pedir para pessoas em
situação de rua desmontarem as barracas colocadas em locais públicos na área
central, como calçadas e praças.
A medida foi anunciada na última segunda-feira (6) pelo
subprefeito da região da Sé, Coronel Álvaro Batista Camilo (PSD), em entrevista
ao SP2.
Segundo ele, a ideia é começar a regrar o uso das barracas
de acordo com legislação municipal, que diz que grupos que vivem na rua não
podem ocupar permanentemente o espaço público. Durante o período da manhã as
barracas devem ser recolhidas, mas poderão ser remontadas à noite.
Na manhã desta quinta-feira (9), funcionários da limpeza do
Executivo passaram por ruas do Centro e a equipe da TV Globo acompanhou.
Um dos locais que a equipe pediu a retirada das tendas foi
na Praça do Patriarca. As famílias atenderam ao pedido, as desmontaram e
nenhuma foi levada. Contudo, por volta do meio-dia era possível ver barracas
novamente no local.
Barraca na Praça do Patriarca, Centro de SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Bruno Renan da Silva e Carlos contaram que fizeram da Praça
do Patriarca a casa deles. Pouco antes de chegar os funcionários, Carlos disse
que o "rapa", como eles chamam as equipes da prefeitura, levou a
barraca dele há duas semanas. Esse é o medo do Bruno.
Pessoas em situação de rua devem desmontar barracas durante o dia, diz prefeitura — Foto: Reprodução/TV Globo
Nesta quarta-feira (8), o deputado Guilherme Boulos
(PSOL-SP) entrou com uma representação no Ministério Público para impedir que a
prefeitura da capital paulista retire as barracas dos moradores que vivem nas
ruas.
O prefeito Ricardo Nunes disse ao SP1 também que vai prestar
todos os esclarecimentos ao MP sobre o pedido para remoção das barracas.
Leia também:
Número de pessoas em situação de rua na cidade de SP
ultrapassa 48 mil e bate recorde
Grande SP tem mais de 56 mil pessoas em situação de rua, segundo
dados do CadÚnico
Para Bianca Tavolari, professora de direito do Insper, é
necessário enxergar a barraca como um direito da pessoa em situação de rua.
"Essa pessoa tem direitos, inclusive, à propriedade.
Essa barraca ou esses pertences não são qualquer coisa. Uma barraca para uma
pessoa em situação de rua é equivalente à casa, é a possibilidade de
sobrevivência. Ela tendo a barraca retirada é como se ela fosse despejada ou
retirada da própria rua", afirmou.
Equipe da prefeitura pedindo a retirada das barracas na Praça do Patriarca, Centro de SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Abrigos
Robson Mendonça é presidente do Movimento Estadual da População
em Situação de Rua. Para ele, abrigos como o Hotel Central Plaza, da
prefeitura, não estão em condições de receber essa população
Abrigo no Hotel Central Plaza, em SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Priscila Cristiane Francisco mora há um ano no Central Plaza
e reclama da qualidade da comida.
"A comida vem estragada, feijão com larva, o arroz
estragado. A comida mesmo, a ceia do natal, veio a ceia estragada, a ceia podre
que eles tiveram que refazer a ceia, trazer de novo. Então, a gente está
pedindo socorro, a gente está pedindo uma ajuda".
Outra reclamação é com o tratamento que as famílias que
moram nos abrigos recebem. Uma mulher, que prefere não se identificar, contou
uma situação pela qual passou no mesmo abrigo.
"Foi por volta das 3h30. Aqui tem uma regra que os
moradores não podem sair depois das 22h. Um funcionário me autorizou sair à
noite com meu esposo. Aí quando foi às 4h, outro morador entrou e eu comecei a
pedir pra eles deixarem eu entrar. Aí eles não me deixaram entrar. Aí eles
chamaram os GCM", diz.
"Os GCM chegaram e me agrediram. Me deram choque, muito
choque. Estou toda marcada de choque. Me levaram para uma rua que eu não sei
onde que é essa rua. Me deram choque nas minhas partes íntimas".
O prefeito Ricardo Nunes disse que o comportamento abusivo
de qualquer agente público não será tolerado.
Em nota, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento
Social disse que o secretário já se reuniu com moradores do hotel central plaza
pra discutir os problemas da comida e já está tomando providências.
Gestão Dória usa jatos de água contra pessoas em ... - YouTube
Jovem é preso com arma durante operação na cidade de Coluna
Policias Civis e Militares chegaram até o suspeito após denúncia de posse ilegal de arma e disparos em via pública.
Por g1 Vales de Minas Gerais
Carros das Polícias Civil e Militar durante diligências — Foto: Polícia Civil/Divulgação
As polícias Civil e Militar de São João Evangelista
deflagraram operação nesta quinta-feira (9), com o objetivo de cumprir mandados
de busca e apreensão em três casas, no Córrego dos Piaus, zona rural do
município de Coluna.
De acordo com a polícia, o local alvo dos mandados vinha
sendo denunciado sobre pessoas armadas que faziam disparos causando pânico na
população, além disso, o imóvel seria um ponto de receptação de produtos
furtados.
Ainda conforme a polícia, ao chegar em uma das residências,
um dos investigados, de 19 anos, antes de abrir a porta, arremessou para o lado
de fora da casa, um revólver. A arma e seis munições foram apreendidas.
O rapaz foi preso e levado para a delegacia, onde foi ouvido
e autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições. Após o
pagamento de fiança, ele foi liberado.











Nenhum comentário:
Postar um comentário