Uma carreta carregada de combustíveis tombou, na madrugada de sábado, na zona rural de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito, o veículo parou às margens do Córrego Mucuri, mas o produto transportado não atingiu o curso d’água.Ainda segundo a Polícia, o motorista da carreta foi socorrido e levado para o hospital de Teófilo Otoni. A empresa responsável pela carga enviou funcionários de Teixeira de Freitas (BA) para as providências necessárias.
Condenads assassinos de Victor Jara
4 de Julho de 2018, por IELA
Victor Jara era um poeta do povo
A justiça chilena tardou, mas se cumpriu. Nove
ex-funcionarios do exército foram condenados pelo sequestro e assassinato do
cantor e compositor chileno Victor Jara, bem como do dirigentes comunista Littré Quiroga, em
setembro de 1973. Jara ainda teve suas mãos decepadas num ação de profunda
crueldade visto que o cantautor fazia política com seu violão.
A condenação foi proferida pelo ministro Miguel Vázquez e os
militares foram condenados a 15 anos e um dia de prisão pela responsabilidade e
autoria dos homicídios. Também foram condenados como autores do sequestro de
ambas as vítimas, somando assim 18 anos de reclusão. São eles:
Hugo Sánchez Marmonti
Raúl Jofré González
Edwin Dimter Bianchi
Nelson
Haase Mazzei
Ernesto
Bethke Wulf
Juan Jara Quintana
Hernán Chacón Soto
Patricio Vásquez Donoso
Já o oficial Rolando Meno foi condenado a cinco anos e um
dia por sua responsabilidade em encobrir os assassinatos e mais 61 dias por
encobrir os sequestros.
O músico, ator e diretor de teatro Victor Jara foi preso e
levado para o Estádio Chile (lugar que hoje leva seu nome) junto com outros
milhares de simpatizantes do governo de Salvador Allende, depois de uma batida
efetuada na Universidade Técnica do Estado onde exercia a profissão de
professor. Descoberto entre centenas de outros prisioneiros, Jara foi submetido
a intensas torturas. Mesmo machucado, Victor conseguiu escrever seu último poema,
no qual retratada aquele momento de profunda dor :
Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad.
Somos cinco mil
¿Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país?
Solo aquí diez mil manos siembran
y hacen andar las fábricas.
¡Cuánta humanidad
con hambre, frío, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura!
No dia 16 de setembro, cinco dias depois do golpe que matou
Allende e levou ao poder o ditador Augusto Pinochet, durante a última sessão de
tortura, os militares cortaram a língua de Victor e lhe destroçaram as mãos,
exigindo que ele tocasse e cantasse naquelas condições. Depois, o assassinaram
com 44 balaços.
O advogado, diretor geral do Serviço de Prisões e militante
comunista Littré Quiroga, também estava no Estádio Chile e sofreu uma
infinidade de torturas e violações sexuais por parte dos militares. Foi
assassinato no dia 15 de setembro de 1973, com 23 balaços.
Os corpos de Littré e Victor Jara foram encontrados no dia
16 de setembro de 1973 junto com outros quatro cadáveres no cemitério
metropolitano de Santiago.
A condenação dos militares que barbarizaram o músico mais
amado do Chile não o trará de volta, mas significa muito para os chilenos.
Responsabilizar os autores, conhecer seus nomes, ver suas caras e presenciar
sua condenação é ver triunfar a Justiça. Durante anos os chilenos realizaram as
famosas “funas”, que eram manifestações em frente as casas ou nos locais de
trabalho dos torturadores, expondo os criminosos mas sem vê-los punidos por
seus crimes. Hoje, ver a justiça reconhecendo os assassinatos, dá ainda mais
sentido a essa sistemática ação de repúdio e de lembrança.
Os militares que assassinaram Victor, que o torturaram
barbaramente e o crivaram de bala acreditavam que estavam fazendo desaparecer a
voz dos empobrecidos, dos trabalhadores, mas não. Victor já era eterno e viverá
para sempre.
trabalhadores, mas não. Victor já era eterno e viverá para sempre.
Com informações da Telesur
https://iela.ufsc.br/noticia/condenados-assassinos-de-victor-jara
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