quarta-feira, 28 de julho de 2021

Povo vai reagir se eleições em 2022 não forem democráticas, diz Bolsonaro

Povo vai reagir se eleições em 2022 não forem democráticas, diz Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro


Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira a um grupo de apoiadores que o povo vai reagir se eleições no próximo ano não forem democráticas, e ao defender novamente a adoção do voto impresso para as urnas eletrônicas, insinuou que o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, está contra a democracia por se opor à mudança no sistema de votação.

“O povo vai reagir em 22 se não tivermos eleições democráticas, todos nós queremos eleições”, disse.


“Me acusavam de ser ditador, estou demonstrando exatamente o contrário. Vai ganhar eleições quem tem voto. Se não for desta maneira, poderemos ter problemas em 22 e eu não quero ter problema”, reforçou ele, em vídeo veiculado pelas redes sociais.

O presidente voltou a dizer que vai apresentar na quinta-feira a toda a imprensa o que seriam “todas as inconsistências” nas eleições de 2014 e 2018, ressaltando que será uma “bomba”.

Até o momento sem apresentar provas, mesmo instado pelo instado pela Justiça Eleitoral, ele tem dito que a eleição presidencial de 2014 teria sido vencida pelo tucano Aécio Neves e não pela petista Dilma Rousseff e que, quatro anos depois, ele teria sido eleito no primeiro turno e não na etapa final contra o candidato do PT, Fernando Haddad.

Apesar dos ataques de Bolsonaro ao atual sistema, ele tem sido eleito sucessivamente para vários mandatos de deputado federal e por último presidente pelo voto em urna eletrônica.

Ainda assim, o presidente afirmou a apoiadores que não há como as eleições no Brasil serem limpas. Segundo ele, Barroso parece estar “contra a democracia” por contestar a alteração da proposta.

“Quem está contra isso, está contra a democracia”, destacou.

Procurada, a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral não respondeu de imediato a pedido de comentário.

O presidente do TSE tem contestado a mudança do sistema de votação ao considerar que, ao contrário da defesa feita por Bolsonaro, a alteração poderia causar um risco desnecessário de fraude porque haveria dois sistemas de cômputo de votação, o eletrônico e o manual, por exemplo.

A proposta do voto impresso também sofre resistências para avançar na Câmara dos Deputados.

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