"Depende inteiramente do presidente Putin e da Rússia. Se eles mostrarem algum sinal, é claro que nos envolveremos", disse ele
Antony Blinken, secretário de Estado (Foto: Reuters)
WASHINGTON, TASS – Os Estados Unidos se envolverão em uma diplomacia significativa com a Rússia se Moscou mostrar vontade de fazer o mesmo, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista à BBC.
"Depende inteiramente do presidente Putin e da Rússia. Se eles mostrarem algum sinal de estarem dispostos a se envolver em uma diplomacia significativa, é claro que nos envolveremos", disse ele, quando questionado sobre as perspectivas de resolver diplomaticamente a situação em torno da Ucrânia.
"Nós olhamos para nossos parceiros ucranianos também. Eles estão conversando com os russos, mas isso não está produzindo nada", acrescentou Blinken.
Em 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma operação militar especial com base em um pedido dos chefes das repúblicas do Donbass. O líder russo ressaltou que Moscou não tem planos de ocupar territórios ucranianos e o objetivo é desmilitarizar e desnazificar o país. Em resposta, os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido e vários outros países anunciaram sanções a indivíduos e entidades russas.
A primeira rodada de conversações russo-ucranianas foi realizada na região de Gomel, na Bielorrússia, em 28 de fevereiro. A delegação da Rússia foi liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky. Ele disse que a delegação russa está preparada para manter conversas com a Ucrânia até que os acordos sejam alcançados. A segunda rodada de conversações ocorreu em Belovezhskaya Pushcha, na Bielorrússia, em 3 de março. Medinsky destacou que as partes conseguiram alcançar progressos significativos, particularmente fazendo acordos sobre corredores humanitários para civis. A terceira rodada de negociações deve ocorrer nos próximos dias.
Kennedy: Governo Bolsonaro entrega crescimento medíocre do PIB
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Kennedy: Governo Bolsonaro entrega
crescimento medíocre do PIB
Na
avaliação do colunista do UOL Kennedy
Alencar, o crescimento
de 4,6% no PIB do Brasil é positivo, mas deve ser enxergado com
cautela. O jornalista cita o governo Jair
Bolsonaro (PL) como um dos responsáveis pela queda no ano
anterior.
"Quando
se compara isso com o crescimento de 2020, a gente vê que, na verdade, como
houve uma queda de 3,9% em 2020, o Brasil só cresceu tanto em 2021 porque tinha
caído num abismo", observou, durante UOL News hoje (4).
Após desabar em 2020, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil
fechou 2021 em alta de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões, informou o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o melhor resultado
desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%. Analistas dizem que o bom
desempenho ocorre porque a comparação é com 2020, ano de forte queda por causa
da pandemia de covid-19.
"A
pandemia foi um problema maior por causa dos efeitos sanitários e econômicos
causados pela administração de Bolsonaro e do ministro Paulo
Guedes [Economia]", disse Kennedy.
No quarto trimestre do ano passado, o PIB, que é a soma dos bens
e serviços finais produzidos no país, cresceu 0,5% na comparação com o terceiro
trimestre. Com isso, o país saiu da chamada recessão técnica, verificada quando
há dois trimestres consecutivos de recuo do PIB. No segundo trimestre de 2021,
a economia havia apresentado queda de 0,3% e, no terceiro trimestre, retração
de 0,1%.
Conforme o IBGE, o PIB cresceu 1,6% no último trimestre de 2021,
em relação ao quarto trimestre de 2020. Este foi o quarto resultado positivo consecutivo,
após quatro taxas negativas nesta comparação.
Em
lista de 54 nações que já divulgaram seus resultados ano passado, país ficou na
metade de baixo do ranking dos dois anos, em 32º lugar
Por Álvaro Fagundes, Valor — São Paulo
04/03/2022 12h48 Atualizado há 3 meses
Com uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% no
acumulado de 2020 e 2021, o Brasil entrou no terreno
positivo no período, mas em ritmo bem distante do de outros países, tanto
emergentes como desenvolvidos. Em uma lista de 54 países que
já divulgaram seus resultados no ano passado, o Brasil ficou na metade de baixo
do ranking dos dois anos, em 32º
lugar.
Os dados mostram que a realidade
brasileira na pandemia é bem diferente da apresentada por
integrantes do governo Jair Bolsonaro que pregam
que o desempenho brasileiro é superior ao da média
global. No mês passado, o ministro Paulo Guedes disse que “o
Brasil e apenas mais oito países avançados estão com o PIB acima do que estavam
quando chegou a pandemia”. Na realidade, há
pelo menos 35 economias com o PIB positivo nesse período – 31 com resultado melhor
que o brasileiro.
Cálculos do Fundo Monetário Internacional
(FMI) apresentados em janeiro também comprovam que a recuperação brasileira no
período 2020-2021 é bastante modesta. Para o Fundo, a economia global somou uma alta de 2,6% nesses dois anos, com um
cenário mais positivo para os emergentes: crescimento de 4,4%.
A comparação mais benéfica para o Brasil usando os
números do FMI é em relação
aos países da América Latina e do Caribe. A entidade
projeta que a região encolheu 0,6% nos últimos dois anos. Em relação aos dados
já conhecidos, porém, o país ficou atrás dos PIBs de Colômbia
(2,9%) e Peru (0,8%) e superou o
do México (3,6%), que teve o
quinto pior desempenho entre os 54 países analisados.
O
melhor resultado para 2020-2021 ficou com a Irlanda, com uma alta acumulada de
20,2%, seguida por Turquia (13%), China (10,5%) e Taiwan
(10%). Na outra ponta estão Espanha
(-6,3%), Tailândia (-4,7%), Filipinas (-4,5%) e Portugal (-3,9%).
Na comparação apenas com o ano de 2021, o Brasil, com alta de 4,6%
do PIB, ficou em 35º lugar ao lado do Canadá, em uma lista também
de 54 países e que é liderada por Irlanda
(13,5%), Peru (13,3%), Turquia (11%) e Colômbia (10,6%).
Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a alta brasileira de 0,5%
ficou em 39º lugar na comparação com 52 economias. Os melhores resultados foram
de Nigéria (9,6%), Malásia (6,6%),
Eslovênia (5,4%) e Colômbia (4,3%).
Ministro Paulo Guedes:
dados mostram que realidade brasileira na pandemia é bem diferente da
apresentada por integrantes do governo — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

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