terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Justiça manda Governo do RJ pagar R$ 80 mil a Cacau Protásio por ataques em gravação em quartel dos bombeiros

 Em 2019, durante a produção do filme 'Juntos e Enrolados', ela foi vítima de ataques racistas, homofóbicos e gordofóbicos por parte de agentes; corporação diz que puniu dois bombeiros.

Por Cristina Boeckel, g1 Rio 

26/12/2023 

Cacau Protásio com a farda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro durante gravação do filme 'Juntos e Enrolados' — Foto: Reprodução/ Instagram

 

A Justiça do Rio de Janeiro determinou, em segunda instância, que a atriz Cacau Protásio seja indenizada em R$ 80 mil por ataques e ofensas racistas que sofreu durante a gravação de um filme em um quartel do Corpo de Bombeiros no Centro do Rio. 

A decisão foi antecipada pelo blog Ancelmo Gois, no jornal O Globo.

 

O caso aconteceu em novembro de 2019, durante a produção do filme “Juntos e Enrolados”. Após a gravação, começaram a circular áudios e vídeos em que bombeiros reclamam da gravação no lugar e faziam comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos em relação à Cacau e ao elenco. 

Na época, o Corpo de Bombeiros afirmou que não compactuava com qualquer ato discriminatório contra a atriz ou qualquer pessoa. O g1 entrou em contato nesta terça-feira (26) com a corporação e aguarda posicionamento. 

A atriz e o Governo do Estado do Rio de Janeiro recorreram da primeira decisão judicial do caso, que determinava o pagamento de uma indenização de R$ 30 mil. 

Cacau Protásio chora ao relembrar episódio de racismo: ‘É muito doloroso’

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A gravação do filme no quartel aconteceu com a autorização da corporação e contou com o acompanhamento de um bombeiro responsável. A atriz contou, na época do ocorrido, que não teve problemas e que foi bem tratada pelos profissionais. 

Após o trabalho, Cacau recebeu mensagens dizendo que imagens dos bastidores haviam se espalhado pela internet com os comentários preconceituosos. 

O Corpo de Bombeiros afirmou no processo que identificou os dois agentes responsáveis pelas filmagens e que eles foram punidos. Um deles, que gravou e compartilhou as imagens foi detido por 3 dias. O outro, que gravou e compartilhou um áudio com ofensas, foi detido por 10 dias. 

A relatora do caso, desembargadora Ana Cristina Nacif Dib Miguel, afirmou que o valor da ação leva em consideração que o Estado é responsável pelas ações de seus funcionários, a gravidade das ofensas e a repercussão do caso. 

O g1 entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e a atriz Cacau Protásio, mas nenhum dos dois se manifestou até a última atualização desta reportagem.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/12/26/justica-manda-governo-do-rj-pagar-r-80-mil-a-cacau-protasio-por-ataques-em-gravacao-em-quartel-dos-bombeiros.ghtml

                                                                   


           

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