sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tragédia que matou uma família de Vermelho

Novo completa seis anos

2011-08-18
Família de uma das vítimas não esquece a tragédia e pede justiça

Um trágico acidente na BR-116, trecho rural que liga Manhuaçu a Santa Bárbara do Leste já completou seis anos. Matéria publicada no DIÁRIO do dia 7 de agosto de 2005 relata um grave acidente ocorrido no dia anterior, no KM 555 envolvendo o Corsa placa LBQ 4155 e uma caminhonete F-1000 placa BGY 9260, ambos de Vermelho Novo. O carro seguia sentido Caratinga e colidiu de frente com a caminhonete.
Das vítimas do automóvel, quatro morreram na hora: o motorista e proprietário do veículo Vander Lúcio Silva, 22 anos, Jucirene Alves Dutra, 27, Maria Francisca Rocha, 41 e Irvane Araújo, 25. Gisleine de Araújo Teixeira, 30, que estava grávida de três meses chegou a ser encaminhada para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Na caminhonete, o motorista e outros quatro passageiros que viajavam com ele foram removidos para o HNSA e para a Casa de Saúde: João Vianei Campos, 42, Messias Manoel Vieira, 27, Flavinei de Souza Mendes, 17 e Josimar da Silva, 17, o motorista não havia sido identificado.
Em outra matéria publicada no dia 9 de agosto de 2005, surgiram mais revelações sobre o caso. A Polícia Militar esclareceu que Geraldo Magela Perázio Moreira, na época com 45 anos, era o motorista da caminhonete; saiu da pista e era apontado como o causador do acidente, além de estar armado.
A PM recebeu informações que ele e um menor estariam portando armas de fogo, porém ao revistar o interior da caminhonete nada foi encontrado. Uma testemunha, não identificada por motivos de segurança, informou que “o motorista e o menor estavam armados e passaram a noite em uma boate consumindo bebidas alcoólicas”; outra testemunha revelou que o menor deixou em casa um revólver calibre 38, pertencente a Geraldo, que foi encontrado e apreendido.
Em Caratinga, ao receber atendimento médico, Geraldo afirmou que portava um revólver calibre 32, mas a arma não foi encontrada. Segundo informações, o motorista era proibido de dirigir por problemas de saúde, o que seria apurado e tinha-se um período de 30 dias para emitir laudo do acidente.
Levado a julgamento na comarca de Manhuaçu, Geraldo foi condenado, mas entrou com recurso no TJMG no dia 22 de junho; o processo está correndo na Primeira Vara Criminal daquela comarca.
A família de Irvane Araújo, uma das vítimas, não esquece a tragédia e pede justiça; um parente reclama da morosidade da justiça na tramitação do processo, e não entende como o réu, já sentenciado, continua fora da prisão. No entanto, o DIÁRIO ouviu especialistas em direito criminal que atestam a tramitação normal do caso na esfera da justiça. “O processo não está parado, e prova disso é a impetração de recurso ao tribunal. Não há como acelerar esta tramitação em vista de prazos estabelecidos por lei e que devem ser cumpridos”, atesta um advogado. 



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