segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Na festa da posse, Michelle Bolsonaro recebeu o famoso casal Hernandes, da Renascer. Por Donato

Enquanto alguns convidados para a posse de Jair Bolsonaro travaram contato com a deselegância e grosseria do novo governo foram desrespeitados sem direito a um salgadinho; Enquanto outros foram desconvidados; Enquanto jornalistas eram castigados com privações de alimentação, água, banheiro e até de local para sentar, um casal recebeu convite diretamente da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
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Vindos dos Estados Unidos, estavam  Estevam Hernandes e a esposa Sônia. O casal, fundador da Igreja Renascer em Cristo (ele Apóstolo, ela Bispa) tem uma ficha interessante.

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Donos da Rede Gospel de TV e responsáveis por trazer para o país o evento Marcha para Jesus, Estevam e Sônia já foram presos nos Estados Unidos por evasão de divisas.Confessaram.
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Quando retornaram ao Brasil, foram detidos por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e criação de empresas de fachada para registrar os imóveis da igreja Renascer.
Pelo mesmo motivo, o filho do casal, Felipe, também foi condenado com base no artigo 171 (estelionato). Felipe e o cunhado eram sócios de quatro empresas e foram incluídos como réus no processo da 1ª Vara Criminal de São Paulo (que na época decretou prisão preventiva e bloqueio dos bens do casal Hernandes). Felipe faleceu em 2016.
O cunhado acima mencionado é Douglas Adriano Rasmussen, casado com a filha dos Hernandes. Fernanda Hernandes Rasmussen foi funcionária fantasma da ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) entre 2005 e 2006. Ela e o marido foram nomeados pelo deputado estadual Geraldo Tenuta. Mais conhecido como Bispo Gê (do então PFL), ele também era apresentador de programas na Rede Gospel.
Geraldo Tenuta nomeou o jovem casal com o cargo de Assistente Técnico Parlamentar para os dois. Em valores da época, os salários eram de R$ 5.754,78 para ela e R$ 7.412,93 para ele. Ambos nunca foram vistos cumprindo expediente no gabinete. Soa familiar, leitor?
Os Hernandes não descem bem nem entre os fiéis. Uma petição pública chegou a ser aberta por membros da igreja exigindo o afastamento do casal por suas “práticas anti-bíblicas e enriquecimento pessoal com dinheiro da Renascer.
Michelle Bolsonaro não é da Renascer, mas o pastor da igreja que ela e esposo frequentam, a Igreja Batista Atitude, também tem afinidades comportamentais com os Hernandes. Ele está sendo processado por um golpe de mais de R$ 700 mil em uma fiel. Na mesma ação processual foi incluído o presidente da organização, Josué Valandro Junior. Assim como o enigmático motorista/assessor Queiroz, Valandro também é amigo do casal Bolsonaro.
Para o pastor Oséias Oliveira de Abreu – que possui mais de 40 anotações criminais como estelionato e falsificação a coisa complica mais um pouco. No final do ano passado ele foi preso com uma esmeralda avaliada em R$ 8 milhões.
A Igreja Batista Atitude já é conhecida como “a igreja da Michelle”. Há menos de um mês, vereadores do Rio de Janeiro aprovaram uma lei que permite a construção de um templo de cinco andares para essa igreja evangélica. Um dos autores da lei é Marcello Siciliano, vereador acusado de mandar matar Marielle Franco (PSOL).
O novo templo gigante, o condomínio onde vivem os Bolsonaro e o condomínio onde o pastor Oséias foi preso situam-se na Barra da Tijuca.
Coincidências geográficas podem ser apenas isso mesmo,mas as amizades do casal Bolsonaro com pastores suspeitos, com vereadores atolados em suspeitas até o pescoço e com assessores fantasmas é fato curioso.
Enquanto parte da mídia faz espuma com o decote e qual o estilista desenhou os vestidos utilizados por Michelle Bolsonaro no dia de ontem, a explicação para o cheque de R$ 24 mil emitido por Fabrício Queiroz para a primeira-dama e outras relações dela vão ficando para trás.

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