sexta-feira, 20 de agosto de 2021

"Vai pro inferno", diz juiz a advogado em audiência

 "Vai pro inferno", diz juiz a advogado em audiência

Discussão se deu em debate sobre possível acordo em processo trabalhista. Ação foi arquivada.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Uma audiência da 12ª vara do Trabalho de Vitória/ES terminou com discussão entre juiz e advogado. Ambos tratavam de possível acordo trabalhista, mas, ante a ausência da requerente, o juiz José Roberto Ferreira de Almada acabou determinando o arquivamento do processo, o que causou indignação no advogado, gerando o bate boca. "Vai pro inferno!", diz o juiz.


Assista:

O advogado contou que, no último dia 16, após advogada propor acordo de pouco mais de R$ 5 mil reais, o juiz, notando que a autora teria trabalhado por apenas um mês, insinuou que o valor era muito alto. "Eu não estou entendendo de onde vocês estão tirando R$ 5 mil de acordo. O que está acontecendo nesse processo? Eu estou estranhando, hein."

O valor do acordo gerou discussão e o magistrado questionou se a reclamada estava presente, ao que o advogado informou que ainda estava entrando. Em seguida, o magistrado afirma que vai arquivar o feito.

O advogado se mostra indignado. "Está certo, então a gente anula o processo", diz ironicamente. Ao que o juiz responde: "Ah, vai anular onde o doutor quiser, vai pro inferno."

Denúncia à corregedoria

O advogado apresentou denúncia ao juiz corregedor do TRT da 17ª região afirmando que teve suas prerrogativas violadas na audiência, que o juiz fere o decoro injuriando-o. Requereu, assim, abertura de processo administrativo disciplinar.

  • Processo: 0000345-96.2021.5.17.0012

Por: Redação do Migalhas

Atualizado em: 19/8/2021 16:14

"Vai pro inferno", diz juiz a advogado em audiência


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Deputado Otoni de Paula teve celular e notebook apreendidos pela PF

Deputado é alvo de operação da Polícia Federal. Mandados fora expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Rebeca Borges

20/08/2021 9:10,atualizado 20/08/2021 9:10

Reprodução/Facebook

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) teve o celular pessoal e um notebook apreendidos pela Polícia Federal (PF). A corporação realiza, nesta sexta-feira (20/8), uma operação contra o parlamentar e o cantor Sérgio Reis, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 A PF apura “eventual cometimento do crime de incitar a população, por meio das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

 

Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os agentes da Polícia Federal também foram ao gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados. Horas após as buscas em sua residência, Otoni de Paula iniciou uma transmissão ao vivo no Facebook.

 




“Levaram só o meu celular, não acharam joias na minha casa, porque não tenho joias. Não acharam dinheiro, porque não tenho dinheiro. O único dinheiro que eu tenho é aquele que está no banco, que todo trabalhador tem. Levaram também um laptop. Enfim, foi isso que eles levaram aqui”, disse o deputado.

  

Otoni também afirmou que foi intimado a comparecer à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira. Na transmissão, o deputado avaliou como “vergonhosa” a ação de Alexandre de Moraes, e disse que “não vai recuar”.

  

“Vamos em frente, com muita coragem, mostrando que nós não temos medo de tirania, seja ela de quem for, inclusive do senhor tirano ministro Alexandre de Moraes. Que vergonha, ministro”, disse.

 
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de MoraesDaniel Ferreira/Metrópoles

 Deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ)Reprodução/ Câmara dos Deputados

O deputado fez uma transmissão ao vivo no Facebook horas após as buscas da Polícia Federal em sua residênciaReprodução/Facebook

 

O deputado fez uma transmissão ao vivo no Facebook horas após as buscas da Polícia Federal em sua residênciaReprodução/Facebook

 

No vídeo, que tem cerca de 9 minutos de duração, Otoni de Paula afirma que o magistrado do STF tem uma “postura antidemocrática” e diz que, “um dia, todos darão conta a Deus”.

“Que postura antidemocrática que vossa excelência tem tido. Mas é assim mesmo. Um dia nós todos, ministro, vamos dar conta a Deus. Eu vou dar conta a Deus e o senhor também vai dar conta a Deus. Se a justiça aqui na terra falhar, a justiça divina, essa não falha nunca”, assinalou.

 

  Veja o vídeo:

Otoni de Paula também disse que o Brasil vive em estado de exceção e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes tem um comportamento “déspota”. O conceito diz respeito a governos com características autoritárias.

 

“Claro que estamos vivendo de exceção no Brasil. Claro que em estado de exceção você pode ser preso. O ministro Alexandre de Moraes tem tido um comportamento autoritário, e por isso que eu já adjetivei o comportamento dele como déspota”, afirmou.

 

Denúncias

Em julho de 2020, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal (STF) pelos crimes de difamação, injúria e coação.

 

 De acordo com a denúncia, o deputado federal fez, em 16 de junho e 5 de julho deste ano, duas transmissões ao vivo pela internet nas quais imputou, por cinco vezes, fatos afrontosos à reputação do ministro Alexandre de Moraes e, por 19 vezes, ofendeu a dignidade e o decoro do magistrado.

  

“O parlamentar também é acusado de, nessas duas ocasiões, empregar violência moral e grave ameaça para coagir Moraes e, com isso, beneficiar a si mesmo e ao jornalista Oswaldo Eustáquio Filho”, diz a PGR.

 

Em janeiro deste ano, o juiz Guilherme Madeira Dezem, da 44ª Vara Cível de São Paulo, condenou Otoni de Paula (PSC-RJ) a pagar R$ 70 mil de indenização ao ministro Alexandre de Moraes, devido aos ataques feitos pelo parlamentar nas redes sociais.

  

POLÍCIA FEDERALSTFALEXANDRE DE MORAESOTONI DE PAULA

https://www.metropoles.com/brasil/deputado-otoni-de-paula-teve-celular-e-notebook-apreendidos-pela-pf

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