terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Novo diretor da PRF era fã da Lava Jato, defendeu prisão de Lula e segue só Bolsonaro nas redes

 Publicado por Diario do Centro do Mundo 

 Atualizado em 20 de dezembro de 2022 às 21:55

Edmar Camata e Deltan Dallagnol em 2017

Flávio Dino, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, anunciou nesta terça-feira (20) que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal será Edmar Moreira Camata.

Ele assumirá o cargo em janeiro, substituindo o bolsonarista Silvinei Vasques, exonerado hoje.

Camata ingressou na PRF em 2006, no cargo de agente de polícia. Desde janeiro de 2019, está licenciado da função porque assumiu a Secretaria de Controle e Transparência do Espírito Santo.

É formado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

Próximo do governador Renato Casagrande, Camata comemorou. “Vamos para um novo desafio, sempre priorizando os valores da integridade, da transparencia e da ética”, publicou no Twitter.

Camata já foi um admirador da Lava Jato e da atuação de Moro à frente do Ministério da Justiça. No Twitter, ele segue Jair Bolsonaro e não Lula.

Camata em palestra de Sergio Moro de 2019

Em julho de 2017, compartilhou em suas redes fotos de um evento em que homenageou a força-tarefa e tietou Deltan Dallagnol.

“Tive cinco minutos que certamente milhões de brasileiros gostariam de ter, e espero ter honrado”, afirmou. “À frente, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Pude falar do orgulho e confiança que a ampla maioria dos brasileiros tem na atuação desses profissionais, que de maneira inovadora se impõem contra a corrupção”.

Apoiou a prisão de Lula em 2018. “O fato, hoje, é que Lula está preso. Também estão presos Cabral, Cunha, Geddel, Vaccari, André Vargas, Henrique Alves, Palocci, Gim Argelo… todos presos. Todos inocentes? Todos sem provas? Lula não foi o primeiro. Ao contrário, sua prisão foi cercada de precauções, para muitos, desnecessárias”, escreveu em 13 de abril daquele ano.

“Lula se difere por ser uma figura ainda com apoio popular. Ídolo, origem humilde e de representação social. Aí vem uma reflexão: a discussão sobre corrupção é menos importante quando o preso é alguém que gostamos? Ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada que condenou 220 empresários, servidores e políticos em várias instâncias. Tudo a troco de condenar Lula”.

Edmar Camata segue Bolsonaro no Twitter, mas não Lula
Postagem de Camata em apoio à Lava Jato

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