Luiz Renato Durski Junior foi contra a quarentena, dizendo que o Brasil não poderia parar por cinco ou sete mil mortes
Camile Brito - Especial para o Uai
Luiz Renato Durski Junior, dono do Grupo Madero, após adquirir uma dívida bilionária e declarar apoio a Bolsonaro na pandemia, em entrevista para o Jornal O Globo, afirmou estar arrependido.
Em 2020, o CEO foi contra à quarentena, dizendo que o Brasil não poderia parar por cinco ou sete mil mortes. Após a declaração, as vendas caíram e as dívidas subiram.
No segundo trimestre do último ano, a dívida estava em R$ 1 bilhão. Mas Luiz Renato afirma não acreditar em ‘sabotagem’ do público: “Se me perguntar: ‘Faria de novo?’. Não, eu iria seguir a recomendação do meu avô e tocar a vida. A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo. E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil.”
Além disso, o empresário revelou que não deveria ter declarado apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Segundo ele, se lembrou das palavras do avô: “Junior, quem abriu comércio não tem candidato, não tem político. Não pode tomar partido muito fácil, porque para o negócio não é bom”.
No entanto, mesmo com as dificuldades, Luiz Renato está confiante no futuro: “Não é que eu não entenda, mas o meu negócio no Madero, é fritar hambúrguer. O input dos bancos está bem mais devagar do que deveria, mas a perspectiva é que vai melhorar, que o mercado devagarinho vai retomando, como está retomando. O mercado de capitais deve abrir. Ninguém sabe quando, mas a gente tem de estar pronto. Vamos trabalhar como se não tivesse IPO (Initial Public Offering” ou “Oferta Pública Inicial). Ir pagando a dívida no fluxo”.
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