quinta-feira, 3 de abril de 2014

“Compramos a briga e vamos lutar para manter

Ação de despejo do prédio da Escola Municipal Irmã Maria 


Amália ..

Prefeito Getúlio Neiva fala sobre a ação de despejo do prédio da Escola Municipal Irmã Maria Amália (EMIMA) pela Casa de Santo Antônio, entidade católica da ordem franciscana sediada em Belo Horizonte

TEÓFILO OTONI – Os proprietários do prédio, hoje ocupado pela Escola Municipal Irmã Maria Amália (EMIMA), moveram uma ação de despejo por falta de pagamento pelo município. De imediato, o prefeito Getúlio Neiva (PMDB) posicionou-se sobre a situação. O chefe do executivo municipal alega que a situação é no mínimo “estranha”, já que desde o início dos anos 1990 o imbróglio sobre o pagamento e parcelamento se arrasta, e só agora os proprietários moveram a ação.
“Foi movida uma Ação de Despejo pela Casa de Santo Antônio por falta de pagamento. Esse pagamento é uma coisa estranha. Na verdade, o prédio foi adquirido no primeiro governo de Edson Soares, que nada pagou. Foi assumido pelo prefeito Samir, que fez acordo, reparcelou, e não fez o pagamento. Mas, o que acho estranho éque a Casa de Santo Antônio, uma entidade religiosa de padres franciscanos, usaram o dinheiro do povo de Teófilo Otoni para construir aquele prédio. Não é justo que este imóvel deixe de ser utilizado pelo povo”, informou.

Padre pediu a igreja desocupada em dezembro
Na última semana, um padre da congregação Santo Agostinho esteve na E.M. Irmã Maria Amália, na companhia de um advogado, para conversar com a direção da escola. Segundo informado por uma docente, o pároco disse que em dezembro o prédio deverá estar totalmente desocupado, para que a entidade religiosa possa tomar a devida posse do imóvel.
Getúlio Neiva revelou que não vai abrir mão das instalações facilmente. “Acho estranho que isso tenha sido feito, no entanto, num momento oportuno a nossa administração vai ter a solução, como tivemos no governo anterior quando eles tentaram a mesma coisa.

 Vamos recorrer a todas as instâncias da justiça, mas, sobretudo, estamos nos prevenindo e preparando prédios escolares para abrigarem os alunos se a justiça lamentavelmente mantiver essa estrutura de desapropriação”, afirmou o prefeito.
Por fim, Getulio Neiva afirmou que já ‘comprou a briga’.
“Já compramos a briga há muito tempo. Vamos lutar como leões. Neste momento existem dois valores apresentados. Um de R$ 7 milhões e outro de R$ 16 milhões. Na verdade o prédio em si não vale R$ 16 milhões, talvez valha R$ 7 milhões. Porém, este não é o caso. Não vamos discutir o valor de prédio, temos que analisar o valor social, que é uma área destinada a educação dos nossos filhos. Quem fez o prédio? O povo de Teófilo Otoni.

 Então por quê uma entidade de Belo Horizonte que não tem nenhum interesse na cidade pode vir tomar um local que dizem que é de sua propriedade, mas que foi construído pelo povo? Essa é a pergunta que a gente deixa no ar”, finalizou.

Prédio da Emima sofre ação de despejo devido ao não pagamento, por parte da Prefeitura, a Casa de Santo Antônio de Belo Horizonte, proprietária do imóvel. Prefeito contesta a posse do estabelecimento por parte do órgão belo-horizontino

















“Vamos recorrer a todas as instâncias da justiça, mas, sobretudo, estamos nos prevenindo e preparando prédios escolares para abrigarem os alunos se a justiça lamentavelmente mantiver essa estrutura de desapropriação”, afirmou o prefeito Getúlio Neiva

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