sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Policial civil é morto por sargento da PM no interior de Minas



O caso aconteceu em Malacacheta. Os policiais militares foram atender a uma ocorrência de perturbação de sossego em que o investigador era o denunciado. Houve briga e confusão




Um policial civil foi morto a tiros por um sargento da Polícia Militar (PM) no fim da noite de quarta-feira no Bairro Tancredo Neves, em Malacacheta, no Vale do Jequitinhonha. A PM foi acionada para atender a uma ocorrência de perturbação de sossego em que o investigador V.R.F. foi denunciado por colocar o som alto e incomodar a vizinhança. Na abordagem ao investigador, houve tumulto e tiros. 

De acordo com o boletim de ocorrência, o sargento da PM C.S.J., que estava de folga em casa, ligou para o 190 denunciando o som alto do vizinho em um carro. Uma equipe - com dois militares em serviço - foi até o local indicado pelo denunciante, imóvel que pertence à mãe do investigador. Segundo a PM, o policial civil se apresentou na porta da casa com fortes sintomas de embriaguez. Conforme o relato, o investigador questionou a presença da PM na porta da residência em tom agressivo dizendo que não gostou da denúncia feita pelo vizinho. 

Os dois militares que participaram da ocorrência são os sargentos S.M.V. e A .C.S.. Acompanhados do sargento denunciante, eles tentaram conversar com V.para acalmá-lo, mas o investigador insistiu em ofender o vizinho. Os dois PMs em serviço começaram a gravar tudo que era dito por V., com uma câmera digital, pois o investigador insistiu nas ofensas ao vizinho. 

O sargento A .C.S telefonou para o delegado regional da Comarca de Malacacheta para relatar a situação e tentar uma ajuda na negociação. O PM foi orientado a fazer um boletim de ocorrência para que posteriormente fossem tomadas as providências por parte da Polícia Civil. Ao perceber que os militares estavam filmando, V. ofendeu os policiais dizendo que queriam prejudicá-lo com a filmagem. 

Uma confusão se formou e segundo o boletim de ocorrência, V. pediu ao irmão R.R.F. que buscasse sua arma de fogo na casa. O investigador foi para cima do sargento S.M.V, que estava filmando a ação, e jogou a câmera no chão. Os dois se atracaram e o sargento A .C.S interferiu tentando conter o investigador. Os três envolvidos ficaram no chão em luta corporal até que o sargento C.S.J, que denunciou o som alto, gritou: “cuidado, o cara vai atirar”, se referindo ao irmão do policial civil que já estava com arma em punho. 

De acordo com o boletim de ocorrência, V. incentivou o irmão R. atirar contra os militares, se levantou e segurou a arma junto com o irmão. O sargento S.M.V, ainda caído ao solo e diante da ameaça, sacou sua pistola calibre .40 e atirou quatro vezes contra V.. A arma do investigador foi recolhida e ele encaminhado para o hospital municipal pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), onde foi constado o óbito. 

O irmão de V. ameaçou os militares envolvidos na ocorrência dizendo que o assassinato não ficaria daquele jeito. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido para o quartel da PM. Todas as filmagens feitas no local da ocorrência ficaram à disposição do comando da PM local e da Polícia Civil. Um representanteda Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais acompanhou o registro da ocorrência. 

A Polícia Civil informou que o caso está sendo registrado na 15º Departamento de Teófilo Otoni e ainda não foram ouvidas todas as testemunhas. O sargento que atirou contra o policial civil se apresentou na delegacia para a autuação em flagrante pelo homicídio. A corporação informou que o investigador foi morto com seis tiros.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/09/25/interna_gerais,572735/policial-civil-e-morto-por-sargento-da-pm-no-interior-de-minas.shtml
POSICIONAMENTO DA POLICIA CIVIL SOBRE O CASO DO INVESTIGADOR MORTO EM MALACACHETA NOTA A IMPRENSA ENVIADA PELO COMANDO DA 15°REGIÃO DE POLICIA MILITAR SOBRE O HOMICÍDIO DO POLICIAL CIVIL EM MALACACHETA SÍNTESE:

 Em data de 24/09/2014, policiais militares foram acionados, via telefone 190, pelo 3º SGT PM CLAUDINEI SOUZA DE JESUS, que encontrava-se de folga em sua residência, solicitando providências policiais referente a um som muito alto, oriundo da residência de um vizinho, que estava importunando-lhe o sossego. Após tomar conhecimento do fato, a guarnição policial composta pelo Sgt SANTANA e Sgt SANDRO compareceu à Rua Dr. Américo Abrantes Nr. 138, bairro Tancredo Neves – Malacacheta/MG, onde, de imediato, se apresentou bastante exaltado, o detetive de Polícia Civil VANDIR RODRIGUES FERREIRA, lotado na Delegacia em T. Otoni, questionando a presença policial em frente a sua casa e dizendo em tom de voz agressivo: " Não gostei da atitude do Sgt CLAUDINEI, ele é um vagabundo e está prestes a ser excluído, porque ele não me chamou pra conversar?". Que durante o primeiro diálogo os policiais militares tentaram acalmar o detetive e com a persistência dele em ofender o SGT CLAUDINEI, os militares, com uma câmera, iniciaram a gravação da conversação, informando ao detetive que estavam gravando o evento. Ao saber que estava sendo filmado, o agente da policia civil começou a aproximar da guarnição, proferindo ofensas e dizendo que o SGT SANDRO estava filmando o fato com o intuito de sacaneá-lo. Foi parlamentado com o detetive no sentido dele se acalmar, tendo, inclusive, o SGT SANTANA, por algumas vezes se posicionado entre o detetive e os outros militares relatando que não havia motivo para ele ficar nervoso. Em dado momento, se mostrando irredutível em aceitar os argumentos o detetive pediu ao seu irmão Reinaldo para que buscasse a sua arma de fogo e investiu contra o Sgt Sandro, derrubando a câmera e entrando em luta corporal com o militar, momento em que o Sgt Santana interveio, tentando imobilizar o policial civil, ficando os três caídos ao solo em luta corporal. Durante a ação policial para imobilizar o agressor eles ouviram o Sgt Claudinei gritar: "cuidado, o cara vai atirar, ele tá armado e vai atirar...", momento em que os militares soltaram o detetive e avistaram o irmão dele , o autor REINALDO RODRIGUES FERREIRA com uma arma de fogo na mão apontando para eles. Neste instante, o detetive foi de encontro ao seu irmão e ordenou à ele: "mata eles, mata eles, atira neste desgraçado", segurando a arma junto com ele e apontou para o Sgt Sandro, que ainda estava no chão, ocorrendo um disparo sem alvejar ninguém. O Sgt Sandro, para se defender da ameaça iminente, sacou da pistola da carga da PMMG que portava e ordenou para largassem a arma e, devido não ser atendido, efetuou quatro disparos em direção aos autores, sendo que o detetive Vandir foi alvejado no queixo, no tórax e na pena, vindo a cair ao solo, enquanto que o seu irmão Reinaldo evadira do local. O SAMU foi acionado, sendo o detetive socorrido ao Hospital de Malacacheta, onde foi atendido pelo Dr. Wendel que constatou o óbito porém não descreveu as lesões, alegando que era da competência do médico legista. Foi feito a apreensão da arma do detetive (revólver Taurus, cal .38 Special, nº PK 461070, com número de patrimônio SESP1059202-4), com cinco cartuchos intactos e um deflagrado. Posteriormente o autor Reinaldo retornou ao local e investiu contra o Sgt Sandro, ameaçando-o, sendo dominado e preso. O Sgt Sandro sofreu lesão corto contusa em ambos os antebraços, escoriações nos dedos das mãos, seus óculos danificados, sendo também encaminhado ao atendimento médico. O autor Reinaldo teve escoriações no dedo polegar do pé direito e ombro esquerdo, contudo negou atendimento médico. Registro do BO 02192/2014 e REDS 2014-020644090-001 Transmissor: Rivelino Delgado, Sub Ten PM Aux. Assessoria de Comunicação Foto: NOTA A IMPRENSA ENVIADA PELO COMANDO DA 15°REGIÃO DE POLICIA MILITAR SOBRE O HOMICÍDIO DO POLICIAL CIVIL EM MALACACHETA SÍNTESE: Em data de 24/09/2014, policiais militares foram acionados, via telefone 190, pelo 3º SGT PM CLAUDINEI SOUZA DE JESUS, que encontrava-se de folga em sua residência, solicitando providências policiais referente a um som muito alto, oriundo da residência de um vizinho, que estava importunando-lhe o sossego.

 Após tomar conhecimento do fato, a guarnição policial composta pelo Sgt SANTANA e Sgt SANDRO compareceu à Rua Dr. Américo Abrantes Nr. 138, bairro Tancredo Neves – Malacacheta/MG, onde, de imediato, se apresentou bastante exaltado, o detetive de Polícia Civil VANDIR RODRIGUES FERREIRA, lotado na Delegacia em T. Otoni, questionando a presença policial em frente a sua casa e dizendo em tom de voz agressivo: " Não gostei da atitude do Sgt CLAUDINEI, ele é um vagabundo e está prestes a ser excluído, porque ele não me chamou pra conversar?". Que durante o primeiro diálogo os policiais militares tentaram acalmar o detetive e com a persistência dele em ofender o SGT CLAUDINEI, os militares, com uma câmera, iniciaram a gravação da conversação, informando ao detetive que estavam gravando o evento. Ao saber que estava sendo filmado, o agente da policia civil começou a aproximar da guarnição, proferindo ofensas e dizendo que o SGT SANDRO estava filmando o fato com o intuito de sacaneá-lo. Foi parlamentado com o detetive no sentido dele se acalmar, tendo, inclusive, o SGT SANTANA, por algumas vezes se posicionado entre o detetive e os outros militares relatando que não havia motivo para ele ficar nervoso. Em dado momento, se mostrando irredutível em aceitar os argumentos o detetive pediu ao seu irmão Reinaldo para que buscasse a sua arma de fogo e investiu contra o Sgt Sandro, derrubando a câmera e entrando em luta corporal com o militar, momento em que o Sgt Santana interveio, tentando imobilizar o policial civil, ficando os três caídos ao solo em luta corporal. Durante a ação policial para imobilizar o agressor eles ouviram o Sgt Claudinei gritar: "cuidado, o cara vai atirar, ele tá armado e vai atirar...", momento em que os militares soltaram o detetive e avistaram o irmão dele , o autor REINALDO RODRIGUES FERREIRA com uma arma de fogo na mão apontando para eles. Neste instante, o detetive foi de encontro ao seu irmão e ordenou à ele: "mata eles, mata eles, atira neste desgraçado", segurando a arma junto com ele e apontou para o Sgt Sandro, que ainda estava no chão, ocorrendo um disparo sem alvejar ninguém.

 O Sgt Sandro, para se defender da ameaça iminente, sacou da pistola da carga da PMMG que portava e ordenou para largassem a arma e, devido não ser atendido, efetuou quatro disparos em direção aos autores, sendo que o detetive Vandir foi alvejado no queixo, no tórax e na pena, vindo a cair ao solo, enquanto que o seu irmão Reinaldo evadira do local. O SAMU foi acionado, sendo o detetive socorrido ao Hospital de Malacacheta, onde foi atendido pelo Dr. Wendel que constatou o óbito porém não descreveu as lesões, alegando que era da competência do médico legista. Foi feito a apreensão da arma do detetive (revólver Taurus, cal .38 Special, nº PK 461070, com número de patrimônio SESP1059202-4), com cinco cartuchos intactos e um deflagrado. Posteriormente o autor Reinaldo retornou ao local e investiu contra o Sgt Sandro, ameaçando-o, sendo dominado e preso.

 O Sgt Sandro sofreu lesão corto contusa em ambos os antebraços, escoriações nos dedos das mãos, seus óculos danificados, sendo também encaminhado ao atendimento médico.

 O autor Reinaldo teve escoriações no dedo polegar do pé direito e ombro esquerdo, contudo negou atendimento médico. Registro do BO 02192/2014 e REDS 2014-020644090-001 Transmissor: Rivelino Delgado, Sub Ten PM Aux. Assessoria de Comunicação






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