Se as eleições presidenciais dependessem apenas dos estados da região Sul, Jair Bolsonaro (PL) teria sido reeleito, em 30 de outubro, com quase 55% dos votos válidos. Só em Santa Catarina foram quase 7 votos para cada 3 recebidos por Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Como gratidão, o presidente divulgou um total de zero palavras em solidariedade aos moradores da região que há dias sofrem com as chuvas extremas no estado.
Não foi por falta de drama.
Na Serra de Corupá, no interior catarinense, uma cratera se abriu no asfalto da rodovia BR-280 no começo desta semana e a rota de acesso ao estado vizinho do Paraná ficou interditada.
Até terça-feira (6), o estado contava ao menos cinco trechos de rodovias federais ou estaduais bloqueados por causa dos temporais.
As enxurradas mataram sete pessoas. Outras seguem desaparecidas.
No Paraná, um inquérito foi aberto para esclarecer o que teria causado um grande deslizamento de terra na BR-367, na altura da serra do Mar, no fim de novembro. A lama arrastou uma dezena de veículos até um penhasco. Ao menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas.
No litoral, animais mortos, arrastados pelas enchentes, agora fazem parte da paisagem. Três vacas foram localizadas em uma praia de Guaratuba.
Que ninguém se engane: não era por nada disso que Bolsonaro vertia lágrimas em uma cerimônia com militares no início da semana.
Aliados disseram à repórter Juliana Dal Piva, do UOL, que o presidente mal consegue disfarçar publicamente seu estado emocional um mês após a derrota nas urnas. Um interlocutor chegou a dizer que o capitão está “desequilibrado” por causa da derrota.
Deve ter gente que se compadeceu ao ver as lágrimas brotarem do rosto do capitão.
Mas a maioria lembrou mesmo foi do que ele disse a familiares e amigos de pessoas mortas durante a pandemia da Covid-19. Entre as manifestações estava uma pergunta em forma de deboche: até quando iríamos chorar por eles e ficar de mimimi?
Pois o coração gelado da pandemia virou uma manteiga derretida diante da perspectiva de ficar sem cargo político pela primeira vez nas últimas três décadas.
Na pandemia, Bolsonaro mostrou que a única coisa com que se preocupava era com o “seu” governo. O pronome possessivo “meu” foi a palavra que ele mais repetiu enquanto uma multidão esperava conforto e humanidade por parte de seu presidente.
Não há notícias de que ele tenha visitado um único hospital no auge da crise sanitária.
Pelo contrário: a certa altura ele estimulava seus seguidores a invadirem as instituições de saúde para supostamente “flagrar” leitos vazios e denunciar que a “farsa” da pandemia era só um artifício para prejudicar "seus" planos de reeleição.
Um artifício, pelo visto, que contou com a colaboração do mundo inteiro, que também sofreu com as restrições ocasionadas pela circulação do mesmo vírus.
A menos de um mês de deixar o cargo, Bolsonaro prova novamente que só consegue verter lágrimas por ele mesmo e mais ninguém.
Enquanto a região que mais o apoiou inunda, o capitão segue trancado, entristecido e preocupado com o seu: o seu seu futuro.
Assim como já tinha acontecido na pandemia, os eleitores que até outro dia enchiam as ruas para ver o presidente motoqueiro de perto até agora não receberam uma visita ou uma palavra de conforto.
O presidente agora fechado em copas não demonstraria tamanha indiferença se estivesse ainda em busca de votos.
Terminada a campanha, Bolsonaro já não tem que sequer disfarçar.
O silêncio parece dizer muita coisa: os eleitores que se afoguem. Ele já não precisa deles
https://br.noticias.yahoo.com/enquanto-sul-sofre-com-chuvas-bolsonaro-mostra-que-so-chora-por-ele-mesmo-145005946.html
Permanece em estado grave na UTI a terceira vítima do acidente na BR-381 em Governador Valadares
Choque entre carro de passeio e caminhão pequeno aconteceu na tarde da última terça-feira
07/12/2022
Acidente na BR-381 em Governador Valadares deixa duas pessoas mortas e uma gravemente ferida — Foto: Fábio Monteiro/Inter TV dos Vales
É grave o estado de saúde da terceira vítima do acidente na BR-381 em Governador Valadares nessa terça-feira (6). A mulher, de 45 anos, passou por cirurgias faciais no Hospital Municipal da cidade onde permanece internada na UTI.
A batida frontal, envolvendo um carro de passeio e um
caminhão pequeno, aconteceu na saída da cidade e deixou dois mortos. O
motorista, marido da vítima, e uma idosa, de 71 anos, morreram na hora.
Duas pessoas morrem e uma fica gravemente ferida em acidente
na BR-381, na saída de Governador Valadares
Batida frontal entre caminhão e carro deixa dois mortos em
Governador Valadares
Batida frontal entre caminhão e carro deixa dois mortos em
Governador Valadares
Altamiro Moreira de Souza, de 54 anos, saiu de Governador
Valadares rumo a Periquito junto com a esposa e Creuza Maria Cardoso, de 71.
Ele perdeu o controle em uma reta e bateu de frente com o caminhão.
A pista ficou interditada nos dois sentidos até a remoção
dos corpos e dos veículos envolvidos. Por causa disso, houve um grande
congestionamento.


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