Lori Vallow Daybell também foi condenada por matar a ex-mulher do marido. Ela foi condenada a três prisões perpétuas consecutivas.
Por g1
Mamãe Apocalipse: fotos de Lori Daybell
Lori Daybell conversa durante seu julgamento, em maio de 2023 — Foto: Kyle Green/AP
Lori Daybell durante seu julgamento, em maio de 2023 — Foto: Kyle Green/AP
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Imagem de fichamento policial de Lori Daybell — Foto:
Reprodução
Ela foi condenada a três prisões perpétuas consecutivas
Lori Vallow Daybell, uma americana de 50 anos, foi condenada
pela Justiça do estado de Idaho, nos Estados Unidos a três prisões perpétuas
consecutivas nesta segunda-feira (31) pelas mortes de dois filhos e da ex-mulher
de seu atual marido.
Lori recebeu o apelido de Mamãe Apocalipse porque ela teria
dito que era uma deusa enviada à Terra para iniciar o apocalipse bíblico.
O marido de Lori, Chad Daybell, será julgado pelos mesmos crimes. Há ainda um outro caso de homicídio, o do ex-marido de Lori, que está tramitando na Justiça de outro estado, o Arizona.
A morte das crianças
Os dois filhos mais jovens de Lori eram:
J.J. Vallow, um menino de 7 anos
Os dois sumiram em novembro de 2019. Os avós de J.J.
tentaram falar com o garoto pelo telefone, não conseguiram e chamaram a
polícia.
Depois desse telefonema, agentes da polícia do estado de
Idaho foram visitar as duas crianças no apartamento em que Lori morava com o
marido. As crianças não estavam lá, e o casal não parecia preocupado com o
destino dos meninos.
Em fevereiro de 2020, ela foi presa no Havaí. A Justiça do
estado de Idaho tinha emitido um mandado de prisão porque ela não cooperou nas
buscas das crianças.
No meio de 2020, a polícia descobriu os corpos enterrados no
jardim da casa de Chad, o marido de Lori.
Segundo especialistas, Tylee, a adolescente de 16 anos, foi
esfaqueada antes de ser enterrada, e o menino de 7 anos foi asfixiado.
Os promotores afirmam que a mãe usava conceitos da religião
dela para justificar as mortes.
A história de assassinatos e desaparecimentos de um casal
obcecado pelo apocalipse
A morte da ex-mulher do marido
Antes de se casar com Lori, Chad Daybell foi o marido de uma
outra mulher, Tammy.
Em outubro de 2019, Tammy foi encontrada morta na casa dela.
Inicialmente, a polícia achou que ela havia morrido por causas naturais, mas em
dezembro o corpo de Tammy foi exumado. A essa altura, a polícia já investigava
Lori e Chad pelo sumiço das crianças.
A autópsia do corpo exumado mostrou que Tammy tinha morrido
por asfixia. Um mês antes da morte de Tammy, Chad tinha aumentado a indenização
do seguro de vida dela.
A morte do ex-marido da Mamãe Apocalipse
Antes de se juntar com Chad, Lori era casada com um outro
homem, Charles.
Em julho de 2019, Charles foi assassinado a tiros pelo irmão
de Lori no estado do Arizona.
O casamento dos dois
Lori e Chad se casaram pouco depois dos seus antigos
cônjuges morrerem.
A "Mamãe Apocalipse" já tinha falado ao seu
ex-marido que acreditava que tinha recebido revelações espirituais e visões
pelas quais ela teria que preparar os escolhidos para viver na Nova Jerusalém
depois de uma grande guerra que foi profetizada no Livro das Revelações.
Chad, o atual marido dela, escreveu livros com o tema do
apocalipse, e os dois são ligados a uma entidade chamada Preparando um Povo,
que supostamente tem o objetivo de preparar as pessoas para uma segunda vinda
de Jesus Cristo.
Os promotores disseram que ela era uma mãe negligentes que
acreditava que estava em uma missão religiosa que, na opinião dela, era mais
importante do que cuidar dos próprios filhos.
O que Mamãe Apocalipse disse na corte
Antes de ouvir a pena, Lori falou no tribunal. Ela citou
versos bíblicos a respeito de como as pessoas não devem julgar as outras. Ela
disse que também lamentou a morte de seus filhos e de Tammy, mas que todos
estariam juntos no Além.
Ela disse que recebe visitas dos espíritos dos filhos e
também de sua "amiga eterna" Tammy. Lori também insinuou que esses
três não foram assassinados: "Jesus Cristo sabe que ninguém foi assassinado
neste caso; mortes acidentais acontecem, suicídios acontecem, efeitos fatais de
medicação acontecem", afirmou.
O julgamento foi adiado para que se discutisse se Lori era
imputável ou se não tinha competência mental para entender que estava cometendo
homicídios. A promotoria disse que não há nenhuma evidência de que a
"alegada doença mental" de Lori tenha tido impacto nos crimes.
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