Vítimas foram identificadas como Pedro da Silva Bispo, de 10 anos, e Walacy Bispo de Roma, de 12.
Por g1 Vales de Minas Gerais
06/08/2023
Militares fazem buscas pelos irmãos — Foto: Corpo de Bombeiros
Um adolescente, de 15 anos, que nadava com as vítimas, identificadas como, Pedro da Silva Bispo, de 10 anos, e Walacy Bispo de Roma, de 12, contou que os meninos perderam o apoio dos pés e foram levados pela correnteza.
A testemunha contou que, conseguiu se salvar porque segurou
em um toco de árvore e gritou por socorro. Um vizinho escutou e o retirou da
água.
A vítima disse também que eles atravessaram o rio para
buscar ingá, um fruto comum em regiões de lagos, e no meio do percurso, havia
uma parte mais funda, e eles se afogaram.
Segundo os militares, o local do afogamento é de fácil
acesso e o rio está com o volume baixo de água, no entanto, existem pontos
fundos e muitos bancos de areia, além de muita correnteza. Eles utilizam um
barco para auxiliar nos trabalhos.
Na manhã deste domingo, as burcas foram retomados.
A ocorrência esta em andamento.
Bombeiros utilizam embarcação para localizar irmãos que se afogaram — Foto: Corpo de Bombeiros
Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais
PRF encerra processo administrativo e recomenda demissão de
policiais envolvidos na morte de Genivaldo
O processo, com mais de 13 mil páginas, foi encaminhado ao
Ministério da Justiça na noite de quarta-feira (2). Em 2022, Genivaldo de Jesus
Santos foi abordado pelos agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento
Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento e asfixiado por uso de gás em uma
viatura.
03/08/2023 13h19
Atualizado há 2 semanas
Momento em que agentes da PRF jogam gás dentro de viatura com Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos — Foto: Reprodução/ BBC
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o relatório
disciplinar que apurava a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado por
fumaça em uma viatura no Sergipe, e recomendou a demissão dos policiais
envolvidos no caso.
O processo administrativo disciplinar (PAD) tem mais de 13
mil páginas e foi encaminhado ao Ministério da Justiça na noite de quarta-feira
(2).
LEIA TAMBÉM: 'Isso já devia ter acontecido', diz irmã de
Genivaldo Santos após PRF recomendar demissão dos policiais envolvidos na morte
de sergipano
No documento, a corregedoria da PRF recomenda a demissão dos três agentes diretamente ligados à abordagem e morte de Genivaldo. Além disso, sugere a suspensão de outros dois agentes, por 32 e 40 dias, por terem preenchido boletim de ocorrência sem a devida transparência e informações relevantes sobre o caso.
Morto asfixiado
Morto asfixiado
Genivaldo, de 38 anos, morreu após uma abordagem de
policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, no sul do estado de
Sergipe, cerca de 100 km de Aracaju. O caso aconteceu no dia 25 de maio deste
ano.
Ele foi abordado pelos agentes William de Barros Noia,
Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento por não usar
capacete enquanto dirigia uma motocicleta.
Em Sergipe, familiares e amigos protestaram contra a morte de Genivaldo de Jesus — Foto: Jornal da Globo/ Reprodução
Relembre a cronologia do caso
25 de maio de 2022: na delegacia, conforme o boletim de
ocorrência, os policiais disseram que Genivaldo teve um "mal súbito"
no trajeto e foi levado para o Hospital José Nailson Moura, no município, onde
morreu por volta das 13h. Por meio de nota, a PRF informou que, durante uma
ação policial o homem resistiu "ativamente" à abordagem e que, em
razão da sua agressividade, foram empregadas técnicas de imobilização e
instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção.
26 de maio de 2022: Um laudo do Instituto Médico Legal (IML)
apontou que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória
aguda. A Polícia Rodoviária Federal se pronunciou, informando ter aberto um
procedimento para apurar o caso, que também seria investigado pelas polícias
Civil e Federal e acompanhado pelo Ministério Público Federal em Sergipe. O
corpo de Genivaldo foi sepultado em Umbaúba. Ele deixou esposa e um filho de
oito anos. Manifestantes realizaram um protesto na BR-101. No mesmo dia, a PRF
informou sobre o afastamento dos agentes envolvidos.
3 de junho de 2022: policiais rodoviários federais que
assinaram boletim de ocorrência são ouvidos pela PF.
13 de junho de 2022: Justiça Federal em Sergipe nega pedido
de prisão de policiais.
21 de junho de 2022: a Polícia Federal pediu prorrogação de
30 dias do prazo para concluir inquérito, com o objetivo de aguardar a
apresentação de laudos periciais requisitados ao IML e à Diretoria
Técnico-científica da própria PF. O órgão classificou os documentos
"indispensáveis para a finalização da investigação".
13 de julho de 2022: Familiares e outras testemunhas são
intimados a prestar depoimento.
23 de junho de 2022: a PRF disse que informações sobre as
condutas profissionais dos policiais rodoviários federais envolvidos na
abordagem que matou Genivaldo não seriam divulgadas pelo órgão.
29 de junho de 2022: PRF volta atrás e divulga parte dos processos
sobre condutas dos policiais
27 de julho de 2022: PF solicitou pela segunda vez a
prorrogação do prazo para conclusão do inquérito.
22 de agosto de 2022: a Polícia Federal pediu, pela terceira
vez, mais tempo para finalizar o inquérito.
26 de setembro de 2022: William de Barros Noia, Kleber
Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram indiciados pela PF
por homicídio qualificado e abuso de autoridade.
9 de outubro de 2022: perícia feita pela Polícia Federal
apontou que Genivaldo morreu após ficar 11 minutos e 27 segundos exposto a
gases tóxicos, e impedido de sair da viatura da PRF.
10 de outubro de 2022: o MPF ajuizou ação criminal contra os
policiais.
14 de outubro de 2022: os policiais rodoviários federais
acusados de envolvimento na morte de Genivaldo Santos foram presos após se
apresentarem voluntariamente à Polícia Federal (PF). Em nota, a Justiça Federal
em Sergipe informou que o magistrado Rafael Soares Souza – titular da 7ª Vara
Federal, Subseção Judiciária de Estância – decretou a prisão preventiva após o
MPF representar pela prisão dos réus e que a custódia cautelar teve o objetivo
de garantir a ordem pública e instrução do processo.
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