Hacker de Araraquara ainda teria dado pistas aos investigadores sobre como comprovar o que está dizendo
Walter Delgatti Neto, mais conhecido como o ‘hacker de Araraquara’, prestou um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (18) para esclarecer uma série de pontos da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que revelou na quinta (17) à CPMI dos Atos Golpistas, mas que não havia revelado à própria PF no seu último depoimento, prestado na quarta-feira (16).
Delgatti confirmou aos policiais federais o que havia dito à CPMI e ainda ofereceu pistas de como os agentes podem comprovar o que ele diz, incluindo um áudio de uma assessora de Zambelli e a forma como se identifica. No entanto, de acordo com investigadores ouvidos pelo g1, as pistas parecem frágeis.
À CPMI, Delgatti afirmou que Bolsonaro lhe prometeu um indulto presidencial caso ele fosse preso durante a tentativa de sabotar as urnas eletrônicas. Além disso, o ex-presidente teria comentado que o ministro Alexandre de Moraes (STF) estava grampeado e pediu ao hacker que assumisse o grampo.
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Sobre Carla Zambelli, Delgatti revelou à CPMI que a deputada lhe prometeu um emprego na campanha eleitoral de Bolsonaro se o trabalho de invadir as urnas e desacreditar o sistema eleitoral funcionasse. Nesse sentido, apontou aos investigadores um áudio recebido de uma assessora de Zambelli identificada como ‘Cris’, que comprova sua versão. A PF agora investiga a suposta assessora.
Zambelli também teria redigido o grotesco mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, que terminava com um “faz o L”, que Delgatti inseriu no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O hacker também confirmou que o marqueteiro Duda Lima lhe pediu um “código-fonte fake” das urnas eletrônicas durante a campanha eleitoral, e as 5 idas ao Ministério da Defesa onde orientou servidores sobre como elaborariam o relatório sobre as urnas eletrônicas apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral.
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