quinta-feira, 18 de julho de 2024

Ninguém diz o que seleção argentina deve fazer: o recado de Milei a subsecretário que queria desculpas por cântico racista

 Live feita por jogador levou Fifa a abrir investigação sob acusação de racismo. Subsecretário argentino cobrou retratação dos atletas, mas acabou demitido na quarta-feira (17).

Por g1

"Nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à Seleção Argentina". Esse foi o recado que o presidente Javier Milei deixou para o subsecretário de esportes Julio Garro, demitido nesta quarta-feira (17) após cobrar a retratação de jogadores por um cântico racista.

 

Tudo começou na segunda-feira (15), horas depois de a Argentina vencer a Colômbia e se tornar mais uma vez campeã da Copa América. Uma live aberta pelo jogador Enzo Fernández registrou os jogadores entoando os seguintes versos:

"Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais. A mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês".

O cântico já havia sido alvo de polêmicas em 2022, quando a Argentina foi campeã da Copa do Mundo do Catar após vencer a França.

Desta vez, a Federação Francesa de Futebol apresentou uma queixa por racismo, e a Fifa anunciou que estava abrindo uma investigação para apurar a live de Enzo Fernández.

"A Fifa condena com veemência qualquer forma de discriminação, por parte de qualquer pessoa, incluindo jogadores, torcedores e dirigentes", disse em nota.

O caso começou a ganhar repercussão na mídia argentina. O subsecretário de Esportes da Argentina, Julio Garro, afirmou em entrevistas que o capitão Messi e os jogadores da seleção deveriam se retratar.

Enzo Fernández foi às redes sociais para pedir desculpas. Ele disse que deixou se levar pela euforia e que o cântico não representa o que ele acredita.

No governo da Argentina tudo foi visto de outra forma. A vice-presidente Victoria Villarruel publicou nas redes sociais que o país era soberano e fez uma referência às queixas da França.

"Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de campo ou por dizermos verdades que não querem admitir. Parem de fingir indignação, hipócritas."

Villarruel também afirmou que apoiava Enzo e agradeceu Messi: "Argentinos sempre de cabeça erguida".

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O recado de Milei

Argentina campeãda Copa América 2024 — Foto: Rebecca Blackwell / AP Photo

Argentina campeãda Copa América 2024 — Foto: Rebecca Blackwell / AP Photo

A decisão de Milei de demitir o subsecretário que cobrou a seleção veio a público na noite desta quarta-feira. Em uma rede social, o gabinete do presidente publicou um texto com a foto da seleção campeã.

"A Presidência informa que nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à Seleção Argentina, Campeã Mundial e Bicampeã Americana, ou a qualquer outro cidadão. Por isso, Julio Garro deixa de ser Subsecretário de Esportes da Nação."

Segundo a imprensa argentina, Milei já estava dando sinais de que iria demitir Garro. Na conta dele no X (antigo Twitter), o presidente havia republicado críticas ao subsecretário.

"Dizer que Messi tem que pedir desculpas a uns europeus colonizadores por uma canção que fala a verdade é ir totalmente contra a ideologia", dizia o post repostado por Milei.

O presidente argentino já elogiou Messi em várias oportunidades. Em uma entrevista ao jornal "La Nación", em fevereiro deste ano, Milei disse que gostaria de conversar com o jogador argentino.

Já neste mês, em uma nova entrevista, Milei afirmou que Messi é melhor do que Pelé e que seria um privilégio receber o capitão da seleção.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/07/18/ninguem-diz-o-que-selecao-argentina-deve-fazer-o-recado-de-milei-a-subsecretario-que-queria-desculpas-por-cantico-racista.ghtml


Registros de acesso ao cofre pelos Bolsonaro coincidem com aquisições de imóveis na Barra da Tijuca

Registros de acesso ao cofre coincidem com aquisições de propriedades por Jair Bolsonaro e filhos



Eduardo e Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução
Eduardo e Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

Rio de Janeiro – O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) acessou um cofre compartilhado com seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nos dias em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) oficializou a compra de duas residências no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca. As informações são da colunista Juliana Dal Piva, do ICL Notícias

O que você precisa saber

Revelação de registros A análise cruzada dos documentos cartoriais e registros de acesso ao cofre fornecidos pelo Banco do Brasil ao MP-RJ revelou o acesso de Carlos e Flávio Bolsonaro ao cofre durante a compra de imóveis por Jair Bolsonaro.

Primeira casa Jair Bolsonaro comprou a primeira casa no Vivendas da Barra em 21 de janeiro de 2009. No mesmo dia, Carlos Bolsonaro acessou o cofre no Banco do Brasil no Centro do Rio.

Segunda casa A segunda casa no Vivendas da Barra foi adquirida em 13 de dezembro de 2012, e Carlos foi visto no cofre no mesmo dia.

Compra de apartamento por Eduardo Em 3 de fevereiro de 2011, Carlos acessou o cofre, enquanto seu irmão Eduardo Bolsonaro comprava um apartamento em Copacabana, pagando parte do valor em dinheiro vivo.

Detalhes da notícia

Primeira casa adquirida

A primeira casa, localizada no Vivendas da Barra, foi comprada em 21 de janeiro de 2009 por Jair BolsonaroCarlos Bolsonaro acessou o cofre no Banco do Brasil no mesmo dia, às 11h36. No entanto, ele já havia estado no cofre dois dias antes.

Segunda casa adquirida

Em 13 de dezembro de 2012, Bolsonaro comprou outra casa no mesmo condomínio. Carlos Bolsonaro acessou o cofre entre 10h17 e 10h30 no mesmo dia. A casa, agora residência de Carlos, está registrada no nome de seu pai.

Compra de apartamento por Eduardo

Em 3 de fevereiro de 2011, Carlos Bolsonaro esteve no cofre por 24 minutos. No mesmo dia, Eduardo Bolsonaro comprou um apartamento em Copacabana por R$ 160 mil, incluindo R$ 50 mil em dinheiro

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