Em nota, Gleisi Hoffmann e Joaquim Soriano rechaçam invasão do governo municipal: “O Brasil não pode permitir essas formas criminosas, violentas e agressivas de expressar uma opinião política”
04/06/2020 12h08
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Nota de apoio ao prefeito Daniel Sucupira e repúdio à invasão da prefeitura de Teófilo Otoni
O Partido dos Trabalhadores chama a atenção da sociedade
brasileira para a gravidade das ações criminosas ocorridas ontem em Teófilo
Otoni/MG. Empresários e opositores ao governo do Prefeito Daniel Sucupira, que
tem feito um governo sério, competente e responsável, invadiram a prefeitura,
dilapidando patrimônio público e agredindo servidores e servidoras.
Além de repudiar tais atos, nos solidarizamos com o Prefeito
que sempre buscou o diálogo com todos os setores da sociedade e tem adotado
políticas de contenção da proliferação do novo coronavírus preconizadas pela
OMS – Organização Mundial de Saúde – e por todos os setores tecnicamente
embasados e com responsabilidade social.
O PT exige a imediata identificação e punição desses
criminosos.
O Brasil não pode permitir essas formas criminosas,
violentas e agressivas de expressar uma opinião política.
A cidade foi transformada num verdadeiro palco de horrores, com o desfile de um caixão, quando tantas famílias estão perdendo seus entes queridos e, muitas vezes, sequer têm a oportunidade de os velar e sepultar adequadamente.
É extremamente perigoso para toda a sociedade brasileira que tal crime fique sem punição, incentivando, dessa maneira, que as disputas políticas sejam travadas por esses meios.
Solidariedade ao Prefeito Daniel Sucupira!
Total repúdio às ações criminosas e violentas protagonizadas por empresários e opositores!
Exigimos apuração e punição dos criminosos!
Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do PT
Joaquim Soriano, Secretário Nacional de Assuntos
Institucionais
ASSUNTOS INSTITUCIONAISDANIEL SUCUPIRASECRETARIA NACIONAL DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS DO PTTEÓFILO OTONI
De acordo com o município, trata-se de uma mulher de 95 anos que tinha comorbidades
Vale do Jequitinhonha reivindica fábrica de baterias de
lítio
Região de Minas tem maior jazida do mineiral no país, mas
teme não conseguir se desenvolver se fruto da mineração for para Juiz de Fora,
como anunciou a Codemge
PGPaulo Galvão
postado em 02/06/2020 17:17
Parte do parque industrial de montadora alemã na Zona da Mata foi alugado para instalação da nova fábrica, em parceria com empresa inglesa(foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)
Parte do parque industrial de montadora alemã na Zona da
Mata foi alugado para instalação da nova fábrica, em parceria com empresa
inglesa
(foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)
O anúncio do governo do Eatado, através da Companhia de
Desenvolvimento de Minas Gerais, que chegou a acordo para instalar “a primeira
fábrica de células de baterias de lítio-enxofre do mundo” em Juiz de Fora (Zona
da Mata), não agradou todos mineiros. Profissionais de engenharia e de
geocências, além de lideranças políticas e comunitárias se mobilizaram para
convencer autorides do executivo que o Vale do Jequitinhonha é o local ideal
para a planta.
“É inconcebível aceitarmos que o Governo Estadual faça transferência de riquezas de uma região que historicamente sofre pelo abandono de investimentos públicos. O Vale do Jequitinhonha possui uma riqueza humana e ambiental extraordinária, além disso, não podemos deixar de mencionar as riquezas minerais da região. Há dois anos foi anunciada a descoberta de uma das maiores jazida de lítio do mundo localizada entre os municípios de Araçuaí e Itinga. O lítio é uma matéria-prima importante para a produção de baterias para carros elétricos, celulares e tablets. A região possui capacidade em responder por 85% do lítio produzido no país”, diz documento assinado por 13 engenheiros, uma geógrafa e um gestor ambiental de cidades como Araçuaí, Berilo, Coronel Murta, Itaobim, José Gonçalves de Minas, Minas Novas e Virgem da Lapa .
Eles finalizam o texto afirmando estar defendendo todo as
categorias envolvidas na exploração do lítio, tanto em atividades já existentes
quanto nas que possam vir a fazer parte do cotidiano da região. “Não podemos
permitir que o Governo Estadual exclua do debate sobre a agregação de valor e
renda proveniente do lítio da população e dos profissionais da engenharia do
Vale do Jequitinhonha”, dizem.
No mesmo caminho vão algumas lideranças políticas, que
pretendem se engajar na luta para fazer o o governo mudar de ideia. “O Vale do
Jequitinhonha é a região que menos se desenvolve em Minas. Há dois anos, o
governo do Estado adquiriu 33% da Companhia Brasileira de Lítio (CBL) dizendo
que era o início de caminho para diminuir as diferenças regionais. Mas agora,
em plena pandemia, anuncia que será construída a fábrica de céluas para
baterias de lítio, mas não aqui e, sim, em Juiz de Fora. É assim que vamos
continuar, sendo explorados? Só servimos para produzir a matéria prima, a
riqueza fica lá fora”, questiona o deputado estadual Doutor Jean Freire (PT),
que faz apelo para que todos se juntem na luta, independentemente de
posicionamento no expectro político. “Convido a todos para levantar a mesma
bandeira, não estou interessado de que partido as pessoas são ou que questionem
de que partirdo eu sou, quero juntar todos que queiram defender o povo do Vale
do Jequitinhonha.”
Nesta quinta-feira, ele partcipará, ao lado dos prefeitos de
Araçuaí, Armando Jardim Paixão, e de Itinga, Adhemar Marcos Filho, de
vídeo-conferência a partir de 19h. Também estarão presentes Maria José Gazzi
Sallum, que é professora de Departamento de Engenharia de Minas da UFMG; Flávia
Consoni, professora de departamento de Política Científica e Tecnológica da
Unicamp; e Rossandro Ramos, professor de Departamento de Estratégia da Gestão
da UFRJ.
Freire defende a constituição de três frentes para debater o
assunto: uma parlamentar, uma técnica-científica e uma popular. Além disso,
apresentou projeto de lei para criar o “polo mineirário do lítio com
sustentabilidade”. “Tudo para defender a região, que não é pobre, mas
empobrecida.”
OBRAS EM ANDAMENTO
Em anúncio feito em 22 de maio, a Codemge confirmou que, em
parceria com a empresa britânica Oxis Energy, acertou a locação por 15 anos de
galpão no parque industrial da Mercedez-Benz em Juiz de Fora. “Os trabalhos de
adequação do galpão de 20.000 m² que sediará a fábrica começam de imediato, com
investimentos da ordem de US$ 56 milhões (cerca de R$ 245 milhões em valores
daquela época)”. Os projetos de engenharia estão sendo executados pela Nordika,
empresa contratada pela Oxis Energy. A previsão é que a operação se inicie em
2023, com uma produção inicial de 300 mil células de bateria/ano, podendo
chegar a 5 milhões/ano. Com o funcionamento da fábrica, serão gerados
inicialmente 100 empregos diretos, de alta qualificação.
Procurada pela reportagem nesta terça-feira, a Codemge não
retornou até o momento os questionamentos feitos.
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