segunda-feira, 31 de maio de 2021

Disputa por herança de ganhador da Mega-Sena chega ao fim, viúva perde e fazenda é leiloada

 Adriana foi condenada a 20 anos de prisão e já cumpriu quatro

Adriana foi condenada a 20 anos de prisão e já cumpriu quatro Foto: Márcio Alves
Rafael Soares
Tamanho do textoA A A

Depois de 14 anos, a disputa judicial pela fortuna do ex-lavrador Renê Senna, assassinado em 2007, após ganhar na Mega-Sena, chegou ao fim. Em março, a filha do milionário, Renata Senna, foi autorizada pela Justiça a receber metade da bolada — avaliada atualmente em cerca de R$ 120 milhões. A outra parte vai ficar com os irmãos de Renê: no último dia 11, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da viúva Adriana Ferreira Almeida, condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão pelo homicídio, cujo objetivo era validar o testamento que a beneficiava.

A decisão confirma o entendimento da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que, em 2018, anulou o testamento que dava à viúva direito à metade da fortuna. O Judiciário considerou que o milionário foi manipulado por Adriana, que já teria um plano para matá-lo. O acórdão, assim, reconheceu um testamento anterior, que dava a nove irmãos de Renê o direito à metade de seus bens.

O ex-lavrador foi executado a tiros em 7 de janeiro de 2007 no município de Rio Bonito, na Região Metropolitana fluminense. De acordo com a sentença que a condenou, Adriana encomendou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento, pois sabia que estava sendo traído. Hoje, a defesa dos irmãos de Renê aguarda apenas o retorno do processo ao Rio para pedir a retirada da metade da herança.

Abandonada, fazenda de ganhador da Mega-Sena foi leiloada
Abandonada, fazenda de ganhador da Mega-Sena foi leiloada Foto: Stefano Martini

Para que a fortuna seja dividida, imóveis de Senna já começaram a ser leiloados, por decisão da Justiça. Em meados de março, a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Rio Bonito, onde Renê passou seus últimos sete meses de vida, foi vendida. A propriedade, de 9,3 quilômetros quadrados, estava abandonada e chegou a ser saqueada.

Pedido para trabalhar negado

Adriana Almeida teve um pedido para trabalhar fora da cadeia negado pela Justiça. A defesa da mulher que ficou conhecida como Viúva da Mega-Sena alegou à Vara de Execuções Penais (VEP) que ela, uma ex-cabeleireira, havia recebido uma proposta para se tornar empregada doméstica.

















No entanto, técnicos da VEP checaram o pedido e informaram, em um relatório, que “a proprietária da residência não confirmou a proposta de emprego, declarando que não tem condições financeiras no momento para realizar a contratação de uma empregada doméstica”.

Com base no relatório, a juíza Beatriz de Oliveira Monteiro Marques negou o benefício de trabalho extramuros para Adriana — que conseguiu, em maio do ano passado, progredir do regime fechado para o semiaberto. Pouco tempo depois, a viúva de Renê recebeu autorização para passar o Natal na casa de sua mãe, em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. Ela cumpre pena no Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói.

Em setembro do ano passado, esgotaram-se todos os recursos possíveis, e Adriana foi condenada definitivamente pelo assassinato de Renê. Ela já cumpriu quatro anos da pena, contando o período em que ficou presa preventivamente, antes da sentença.

Disputa por herança de ganhador da Mega-Sena chega ao fim, viúva perde e fazenda é leiloada


































































































































                                                                          

Intelectuais judeus acusam governo Bolsonaro de nazismo e fascismo

Acusação foi feita por 230 profissionais judeus que assinam carta criticando o governo do presidente Jair Bolsonaro

 EM

Estado de Minas

31/05/2021 09:48 - atualizado 31/05/2021 10:15

COMPARTILHE

(foto: AFP/Arquivo)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo nesta segunda-feira (31/5) de mais um manifesto contrário ao governo dele.

 

Por meio de uma carta, assinada por 230 profissionais e intelectuais judeus, o presidente é apontado no texto com "fortes inclinações nazistas e fascistas’". "É preciso chamar as coisas pelo nome", diz o documento.

 Gestão da pandemia

Os termos usados e relacionados ao nazismo e ao holocausto em alusão ao governo de Bolsonaro – não referendados por entidades judaicas -, tem lugar nesse documento assinado pelos profissionais e intelectuais judeus por que, conforme a carta, "é chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, nos posicionarmos, como atores sociais diante do debate público, sobre o atual momento nacional".

  

Além disso, destaca o texto que “é perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas".

   

Veja a íntegra da carta e quem assina

"É preciso chamar as coisas pelo nome. É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional. É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas. É preciso chamar as coisas pelo nome. Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários. Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas.

 A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua. Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo B olsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas. O projeto de poder avança.

Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas. 

Cabe a nós brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior. 

O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora. É o chamado contra o genocídio.''

 

Assinam:

 Adriana Sulam Saul Zebulun Alan Besborodco Alberto Kleinas Alexandre Wahrhaftig Alexandre Zebulun Ades Aline Engelender Alinnie Silvestre Moreira Alon Shamash Ana A Ribeiro Divan Ana Maria de Souza Carvalho Ana Roditi Ventura André Gielkop André Liberman André Vereta-Nahoum Andréa Basílio da Silva Chagas Andrea Paula Picherzky Angela Tarnapolsky Ângela Valério Horta de Siqueira Anna Cecilia Negreiros Annita Ades Artur Benchimol Assucena Halevi Assayag Araujo Bárbara Ferreira Arena Beatriz Radunsky Beni Iachan Bernardo Furrer Betty Boguchwal Bianca Rozenberg Boris Serson Breno Isaac Benedykt Bruna Barlach Carla Araujo Carlos Alberto Wendt Carlos Eduardo Lober Cecília Schucman Celso Zilbovicius Clara Politi Clarisse Goldberg Claudia Heller Claudia Mifano Claudio Estevam Reis Cleber Candia Cristina Catalina Charnis Daniel Raichelis Degenszajn Daniel Reiss Mendes Daniela Wainer David Albagli Gorodicht David Levy de Andrade David Tygel Débora Abramant Deborah Kotek Selistre Deborah Rosenfeld Deborah Sereno Denise Bergier Denise Gaspar da Silva Desiree Garção Puosso Diana Victoria Aljadeff Dina Czeresnia Dina Lerner Dirson Fontes da Silva Sobrinho Edith Derdyk Edna Graber Gielkop Eduardo Sincofsky Eduardo Weisz Eliane Pszczol Elias Carlos Zebulun Elias Salgado Elizabeth Scliar Estela Taragano Esther Hamburger Fabio Gielkop Fabio Silva Fabio Tofic Simantob Fernando Perelmutter Flávio Geraldo Ferreira de Almeida Motprista Flavio Monteiro de Souza Francisco Carlos Teixeira da Silva Gabriel Besnos Gabriel Douek Gabriel Frydman Gabriel Inler Rosenbaum Gabriel Melo Mizrahi Gabriela Korman George William Vieira de Melo Gerald Sachs Geraldo Majela Pessoa Tardelli Gisele Lucena Giulia Cananea Pereira Helen Da Rosa Helena Cittadino Tenenbaum Helena Waizbort Henrique Waizbort Helio Schechtman Horacio Frydman Iara Rolnik Ilana Sancovschi Ilana Strozenberg Iris Kantor Irne Bauberger Isabelle Benard Iso Sendacz Israel Falex Itay Malo Ivan Pamponet Suzart Neto Ivan Stiefelmann Ivanisa Teitelroit Martins Ives Rosenfeld Ivo Minkovicius Jacqueline Moreno Janaina Gonçalves da Rocha Jean Goldenbaum João Koatz Miragaya Joao Luiz Ribeiro Jonas Aisengart Santos Jorge Naslauski José Eudes Pinho José Marcos Thalenberg Juarez Wolf Verba Juciara dos Santos Rodriguez Judy Galper June Menezes Karina Iguelka Karina Stange Calandrin Karl Schurster Lara Vainer Schucman Laura Trachtenberg Hauser Léa Suzana Scheinkman Leana Naiman Bergel Lia Vainer Schucman Lília Katri Moritz Schwarcz Lilian Thomer Liliane Bejgel Lilin Kogan Lorena Quiroga Luana Gorenstein Cesana Lucia Chermont Lucia Rosenberg Luciano Uriel Lodis Magali Amaral Marcel Holcman Marcelo de Oliveira Gonzaga Marcelo Jugend Marcelo Schmiliver Marcelo Semiatzh Marcio Albino Marcio Magalhães de Andrade Marcos Albuquerque Maria Aparecida Dammaceno Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva Maria Cecilia Moreira Maria Fiszon Maria Paula Araujo Marina Costin Fuser Marta Sandra Grzywacz Marta Svartman Marylink Kupferberg Matilde G. Alexandre Maurice Jacoel Mauricio Lutz Mauro Band Mauro Motoryn Maya Hantower Michel Gherman Michel Zisman Zalis Michele Mifano Galender Miguel Froimtchuk Miriam S Rosenfeld Miriam Weitzman Monica Herz Nadja Myriam de Morais Natahaniel Braia Natalia Pasternak Nathan Rosenthal Nelson Nilsenbaum Newton Blanck Ney Roitman Nicholas Steinmetz Peres Nina Jurša Nina Queiroz Kertzman Nirda Portella Barbabela Nurit Bar Nissim Ofélia Pereira Ferraz Omar Ribeiro Thomaz Patricia Barlach Patricia Tolmasquim Paulina Bela Milszajn Paulina Wacht de Roitman Paulo Baía Paulo Vainer Pedro Abramovay Pedro Farkas Pedro Litwin Pedro Vainer Rachel Aisengart Menezes Rachel Lima Penariol Zebulun Ades Radji Schucman Rafael Arkader Rafaela Vianna Waisman Regina Celi Bastos Lima Renata Paparelli Renata Udler Cromberg Ricardo Armando Schmitman Ricardo Lima Ricardo Teperman Rita Fucs Roseana Murray Ruth Goldmacher Sabina Radunsky Samuel Neuman Sandra Perla Felzenszwalbe Sebastião Miguel da Silva Junior Sergio Lifschitz Sidnei Paciornik Silvia Berditchevsky Silvia Bregman Silvia Fucs Silvio Hotimsky Sílvio Lewgoy Em nome Silvio Naslauski Silvio Tendler Sonia Nussenzweig Hotimsky Soraya Ravenle Suely Druck Suzana Moraes Tamara Bar-Nissim Tamara Katzenstein Tania Maria Baibich Telma Aisengart Thais Kuperman Lancman Tomás Treger Piltcher Valéria Meirelles Monteiro Virgínia Kenupp Henriques Welbert Belfort Zaida Gusmao Knight Zina Voltis

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/31/interna_politica,1271936/intelectuais-judeus-acusam-governo-bolsonaro-de-nazismo-e-fascismo.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário