Garoto responderá em liberdade pelo crime, cometido em mansão na cidade de Valinhos (SP), após ser ameaçado de morte pelo pai
Milionário foi morto pelo próprio filho
REPRODUÇÃO/RECORD TVO assassinato de um milionário pelo próprio filho dentro da mansão da família em Valinhos, no interior de São Paulo, na tarde de terça-feira (4), ocorreu após a vítima ameaçar a mulher e o garoto de morte. O crime aconteceu a menos de uma semana do Dia dos Pais.
Mãe e filho prestaram depoimento por horas logo após o crime. Era por volta de meia-noite quando o adolescente deixou a delegacia com a mãe no carro da família. Ele responderá em liberdade.
No depoimento à polícia, mãe e filho contaram que a briga com Fabricio começou no dia anterior. O empresário teria até apontado uma arma na direção do menino e da esposa, fazendo várias ameaças de morte.
O garoto contou que o pai não dormiu em casa e, no dia seguinte, voltou ainda mais violento. O adolescente disse que fez apenas um apelo: queria que Fabricio permitisse que ele e a mãe fossem embora. Quando os dois se preparavam para sair, na garagem de casa, o empresário teve então uma nova reação violenta que, desta vez, acabou em tragédia.
O Cidade Alerta, da Record TV, teve acesso aos depoimentos que revelam, em detalhes, o que aconteceu. No momento em que mãe e filho se preparavam para deixar a casa, Fabricio apareceu. Mandou que o garoto ficasse sem roupa no quarto porque seria agredido até perder os dentes. Se não morresse, ficaria com graves sequelas.
Foi quando o menino decidiu pegar uma arma. Mesmo ferido pelo primeiro disparo, o empresário correu até o carro. O garoto imaginou que o pai pegaria outra arma dentro do veículo e, por isso, decidiu atirar mais duas vezes. Fabricio morreu na hora.
A perícia na mansão foi concluída e a residência, liberada. Após a autorização da polícia, nesta quarta-feira (4), a reportagem do Cidade Alerta mostrou uma pessoa limpando as manchas de sangue que ficaram na garagem.
A polícia trabalha agora para descobrir o que realmente acontecia na mansão da família. A defesa alega que mãe e filho viviam sob constante tortura física e psicológica. Foi o que afirmaram na delegacia.
O garoto contou que presenciou mais uma briga dos pais e decidiu defender a mãe. Ele então foi até o local onde o pai guardava a coleção de armas. Escolheu uma e disparou três vezes na garagem.
A tese de legítima defesa pode fazer toda diferença no julgamento. Se a Justiça confirmar, dificilmente o garoto vai ser internado na Fundação Casa.
Antes de ser morto pelo próprio filho, milionário ameaçou família - Notícias - R7 São Paulo
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