Fique por Dentro dos acontecimentos na capital Mundial das pedras preciosas e em Outras cidade da Região, Alem das Noticias de Minas gerais, Você Fica por dentro do que acontece no Brasil e polemicas pelo Mundo...Aconteceu esta no Teófilo Otoni Noticias.....
Em autobiografia, Azeredo fala sobre o reajuste salarial ao oficialato que resultou na primeira greve dos praças e a denúncia de caixa 2 na campanha eleitoral
“Nunca desejei dar reajuste apenas aos oficiais, não porque não merecessem, mas porque sabia de antemão que a corporação inteira esperaria por um aumento equânime para todos os escalões. Naturalmente, tal medida demandaria tempo para tramitar na Assembleia, além de gerar repercussão em todo o funcionalismo, bem como grande aumento do custo da folha de pagamento pessoal. Entretanto, no dia seguinte, os dirigentes da PMMG, inclusive o chefe do Estado-Maior, coronel Hebert Magalhães, voltaram ao meu gabinete. Lembraram uma greve de oficiais que acontecera no governo Newton Cardoso e propuseram que o reajuste de 11% aos coronéis fosse estendido aos oficiais, mediante gratificação, que não precisava ser aprovada pela Assembleia. Como acabei de observar, ponderei que seríamos levados a estender o reajuste também aos praças, aos detetives e aos agentes penitenciários, o que exigira tempo, discussão e aprovação dos deputados estaduais. Recebi, então, a informação de que aquela era a melhor alternativa, segundo a Secretaria de Administração, e que tudo seria comunicado à tropa.”
O depoimento é do ex-governador Eduardo Azeredo, em referência ao reajuste do oficialato concedido por meio de decreto assinado pelo Comando da Políciaa Militar de Minas Gerais em junho de 1997, estopim para a primeira greve dos praças da história de Minas Gerais.
Integra a autobiografia “O ‘x’ no lugar certo – Desafios e memórias da vida pública”, escrita durante os 18 meses – maio de 2018 a novembro de 2019 – em que esteve detido na sede do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros. Vinte e três anos após a denúncia de caixa 2 em sua campanha à reeleição ao governo de Minas de 1998, Azeredo foi condenado pela Justiça comum.
Essa decisão foi suspensa em junho de 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por erros processuais, já que a competência para julgar ação do gênero seria da Justiça Eleitoral. No contexto do lavajatismo, Azeredo afirma ter sido vítima de lawfare e dá a sua versão da história, apelidada pela imprensa de “Mensalão Tucano”, porque estava envolvido no caso o publicitário Marcos Valério, mesma personagem do chamado “Mensalão do PT”.
Editado pelo Instituto Amilcar Martins pela Coleção Memórias de Minas, o livro, organizado pelo jornalista Francisco Brant, será lançado em 7 de março, segunda-feira, às 19h, na Academia Mineira de Letras. A venda de exemplares a R$ 45 será revertida para a Cidade dos Meninos.
Na Livraria Leitura o livro custará R$ 55. “A ideia inicial para escrever minhas memórias foi de Carlos Mário Velloso (ministro aposentado do STF). Comecei lá no Corpo de Bombeiros, a mão, em folhas avulsas porque achei importante deixar o registro de minha vida pública, principalmente, à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (abril de 1990 – 1º janeiro de 1993) e do governo do estado (1º janeiro 1995 – 1º janeiro 1999)”, conta.
SEM APOIO
Em suas memórias, Azeredo evita expor ex-aliados, mas fica subentendido em sua narrativa que nos momentos mais difíceis, em que procurava se defender das acusações, não recebeu apoio do PSDB, legenda que ajudou a fundar e da qual se desfiliou em maio de 2019. Azeredo conta que, em 2014, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) fez chegar ao seu advogado a sugestão de que renunciasse ao mandato parlamentar.
“Entendi que Sampaio falava em nome do PSDB”, escreve. Com a renúncia ao mandato de deputado federal, o caso, que seria julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), foi enviado à primeira instância.
Em prestação de contas, o livro aborda as crises enfrentadas. Apresenta a sua narrativa da greve da Polícia Militar de 1997, contextualizando a origem do movimento, que teve ampla repercussão nacional, uma vez que, em efeito dominó, espalhou-se por todos os estados. Ao discutir as políticas implementadas, entre as ações que considera positivas Azeredo menciona a implantação do Programa Saúde da Família, com 762 equipes em todo o estado, a instalação de 70 consórcios intermunicipais de saúde.
À frente da PBH, ele cita investimentos de 32% das receitas em educação – que afirma terem sido ampliados para 45% quando governador. E afirma ainda que, depois do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, “o metrô da nossa capital não recebeu um palmo sequer de trilhos, mesmos nos governos simultâneos do PT na prefeitura, no estado e na Presidência da República”.
Reiterando apoio às urnas eletrônicas, Azeredo discorre, como técnico da IBM e mais tarde como especialista em informática, sobre a sua participação no processo de informatização da Justiça Eleitoral.
Última eleição em que PT e PSDB estiveram juntos no segundo turno – os dois partidos passariam a polarizar as disputas nacionais pelos próximos 20 anos –, Azeredo dedica boas páginas de suas memórias para reviver o pleito de 1994. Ele concorreu ao governo de Minas ao lado de Walfrido Mares Guia, vice na chapa.
Ao mesmo tempo em que detalha a atuação do ex-governador Hélio Garcia em sua campanha; relembra a dramática virada eleitoral sobre o então adversário Hélio Costa, favorito para vencer no primeiro turno. Pela estreita margem de 1,7 ponto percentual, Hélio Costa não venceu no primeiro turno. Como a apuração dos resultados era manual, as incertezas em relação à disputa seguiram por quase 10 dias, até o fim da contagem dos votos.
No segundo turno das eleições de 1994, não apenas Hélio Garcia entrou de forma assertiva na campanha de Eduardo Azeredo, como o então tucano – que nas eleições 1992 à Prefeitura de Belo Horizonte havia apoiado, no segundo turno, o candidato do PT, Patrus Ananias – teve a retribuição da legenda.
Há farto material fotográfico no livro, inclusive registros da campanha de segundo turno, em que Patrus Ananias (então prefeito de BH), Chico Ferramenta (ex-prefeito de Ipatinga), Jô Moraes (ex-deputada federal), Walfrido Mares Guia e Eduardo Azeredo panfletam na madrugada, à porta da Fiat, em Betim. Azeredo também teve a adesão naquele segundo turno de José Alencar Gomes da Silva, que no primeiro turno fora candidato pelo então PMDB.
Depois de eleito e empossado, Azeredo recebeu visita de cortesia de Lula no Palácio da Liberdade, que lhe entregou o relatório de sua Caravana pelo Jequitinhonha. Lula havia sido derrotado por Fernando Henrique Cardoso naquele pleito. Acreditando que Hélio Costa venceria a eleição no primeiro turno, FHC hesitou em apoiar a campanha de Azeredo.
Quatro perguntas para...
Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas
Qual foi a motivação para o livro e quando foi escrito?
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que nunca fui escritor, cheguei até a editar a coletânea “Janelas de Minas”, de fotografias, um outro de entrevistas quando fui governador, outro que foram edições de discursos que fiz no Congresso Nacional. A ideia do livro foi preencher uma lacuna, que eu realmente não tinha feito um registro de minha vida de governo, principalmente à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (abril de 1990 – 1º janeiro de 1993) e de governo do estado (1º janeiro 1995 – 1º janeiro 1999). No Congresso Nacional, foi uma época em que divulguei um pouco mais as separatas (textos, artigos e trabalhos publicados em edições legislativas). Então, aproveitei para registrar esse período. Assim, procurei abordar também e discutir uma certa injustiça que se faz aos políticos, pois quanta coisa que fazemos, quanto esforço, as pessoas esquecem. Eu precisava também apontar os equívocos que aconteceram no processo judicial contra mim, que a cada dia ficam mais claros.
A Justiça foi usada no Brasil para perseguir pessoas?
Sim, não tenho dificuldade para dizer que sim. A legislação foi desvirtuada e interpretada ao prazer do momento, alguns dos juízes chegaram a dizer que decidiram sob o calor da imprensa como um todo. E aí tem uma frase do Bonifácio Andrada que reproduzi no livro. Ele diz: “No passado, os juízes tinham muito receio de condenar, com medo de errar. Hoje eles têm receio de absolver”. Não posso garantir, mas tenho informações de que o Rodrigo Janot (então procurador-geral da República) fez isso para fazer o contraponto ao momento em que o PT vivia. Mas digo, foi algo incentivado por umas poucas pessoas do PT, pois tenho um episódio, registro no livro, também, que a bancada do PT no Senado, de 11 senadores, se reuniu para decidir se pedia a minha cassação, quando surgiram os rumores. Dez me apoiaram, só um votou a favor.
Como foi a permanência no Corpo Bombeiros, que reintegrou grevistas da PM da greve de 1997 expulsos da corporação por motim?
A solução que o Itamar Franco arrumou foi mandá-los para o Bombeiros. Ele readmitiu contra a vontade do Comando da Polícia Militar. Mas como ele tinha prometido eleitoralmente que daria anistia, esse contingente processado foi absorvido no Corpo de Bombeiros. E deram independência ao Corpo de Bombeiros, que antes era um batalhão da PM. Agora, ali é Academia de Bombeiros, então eu não tinha maior contato com os integrantes.
Qual é a sua opinião hoje sobre movimentos grevistas de policiais militares?
Eu continuo com a mesma opinião. Acho que uma força armada não pode fazer greve não, principalmente de rua. E cabe ao comando ter o comando.
Serviço
“O 'x' no lugar certo – Desafios e memórias da vida pública”
Uma gestante de 39 anos morreu na madrugada deste domingo (27/02) em um grave acidente na BR-251, na serra de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. A vítima acompanhava motorista do caminhão, que transportava latas de cerveja. O veículo tombou por volta da 1h no km 473 e fechou a rodovia.
Ao chegar no trecho, militares do Corpo de Bombeiros encontraram a mulher sem vida, com várias fraturas. O corpo foi arremessado em meio à carga espalhada. Preso às ferragens da cabine do caminhão, o motorista estava consciente e orientado. Ele foi socorrido para um hospital da região. Os nomes das vítimas não foram informados nem o tempo de gestação da mulher.
Os militares tiveram que espalhar serragem pelo trecho para eliminar o risco de derrapagem, pois houve derramamento de óleo na pista. A BR-251 permaneceu interditada nos dois sentidos por aproximadamente cinco horas. O trânsito voltou a fluir já ao amanhecer.
Rússia tem substituto interno para Swift, diz Banco Central do país
Presidente da instituição enfatizou a necessidade
de apoiar os clientes dos bancos, e disse que instituições cumprirão suas
obrigações
Sede do Banco Central da Rússia, em Moscou
29/03/2021REUTERS/Maxim Shemetov
Da Reuters
28/02/2022 às 12:01 | Atualizado 28/02/2022 às 12:03
Em comunicado divulgado na noite de sábado (26), os Estados
Unidos e União Europeia anunciaram que bancos russos selecionados foram
excluídos do sistema global de pagamentos, o Swift.
Mas a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira
Nabiullina, afirmou nesta segunda-feira (28) que o país tem um sistema que pode
substituir internamente esse sistema de pagamentos.
Nabiullina enfatizou a necessidade de apoiar os clientes dos
bancos, e disse que todos os bancos na Rússia cumprirão suas obrigações e todos
os fundos em suas contas estão garantidos.
A medida de retirar o país do Swift faz parte de uma série
de sanções lançadas pelos países visando prejudicar a Rússia após a invasão da
Ucrânia. Esses limitaram a capacidade da Rússia de fazer negócios em moeda
estrangeira, cortaram a capacidade de financiar as forças armadas russas, além
de impor restrições aos principais bancos, empresas e elites do país.
Banco diz que não realizou intervenções cambiais devido a
sanções
O banco, que elevou sua taxa básica de juros para 20% em uma
medida de emergência, não realizou intervenções em moeda estrangeira nesta
segunda-feira devido às últimas sanções ocidentais, disse ainda Nabiullina.
A presidente não disse quem estava vendendo dólares e euros
no mercado, que ajudou o rublo a se recuperar de baixas recordes.
Ainda disse que o banco central está pronto para apoiar o
setor bancário, que se transformou em um déficit estrutural de liquidez devido
à alta demanda por dinheiro.
PM acusado de racismo perde processo contra O Globo e SBT
Por Victor Félix -28 DE FEVEREIRO DE 2022
O policial militar Sandro da Silva Rego, acusado de racismo
por um garçom do Rio de Janeiro, perdeu um processo contra o jornal O Globo e o
SBT Rio, no qual pedia a censura de reportagens que mostravam seu rosto. As
matérias em questão mostravam imagens do PM gravadas pelo celular do atendente
de quiosque Patrick Gonçalves, durante suposta abordagem arbitrária.
Segundo informações do Notícias da TV, Rego fez um pedido de
tutela de urgência para retirar as reportagens do ar, mas para o juiz José
Maurício Helayel Ismael, obrigar os veículos a cumprirem a medida “seria
classificado como censura à liberdade de imprensa”.
A decisão destaca que “não se identifica, ao menos em sede
de cognição sumária, conduta dos réus que extrapolam o exercício regular do
direito de informar nos vídeos mencionados. Ao contrário, a princípio, os meios
de comunicação apenas reproduziram a versão narrada pelos envolvidos (o suposto
autor do fato e algumas testemunhas), sem fazer juízo de valor a respeito do
ocorrido”.
No começo de fevereiro, Patrick Gonçalves atendia a clientes
em um quiosque na praia de Ipanema quando foi abordado pelo PM Sandro da Silva
Rego, que alegou que o atendente, negro, tinha as mesmas características de um
assaltante descrito por uma vítima que havia sido assaltada minutos antes.
Gonçalves sacou o celular e filmou a abordagem e o rosto do policial.
O SBT Rio reproduziu o vídeo gravado pelo atendente em
reportagem produzida por Caio Álex, veiculada no SBT Notícias. Além disso, o
apresentador Darlisson Dutra entrevistou Gonçalves ao vivo sobre o ocorrido. Já
O Globo veiculou a gravação e produziu duas matérias sobre o assunto.
“Dedicado e apaixonado ciclista”: esse é um dos trechos da nota de pesar do Departamento de Esportes de Frutal, que foi divulgada nas redes sociais neste domingo (27/2), após a morte do ciclista profissional, empresário e vice-presidente do Conselho Municipal de Esporte de Frutal, Rafael Petersen.
Ele morreu na manhã deste domingo, quando por motivos desconhecidos, colidiu de frente com um caminhão na MGC-455, nas proximidades de Pirajuba, situado no Triângulo Mineiro e na microrregião de Frutal.
A perícia técnica da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esteve no local do acidente. As causas do acidente deverão ser investigadas.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais, mas não obteve resposta.
Nota de pesar
"O Departamento de Esportes de Frutal lamenta profundamente a morte do empresário Rafael Petersen.
Kalango, como Rafael era popularmente conhecido, era um ciclista apaixonado, dedicado e sempre representou muito bem o nosso município em todos os torneios dos quais participou.
Nesse momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos de Rafael."
Swift: saiba por que expulsar a Rússia é em grande
parte um ato simbólico
Se a intenção for bloquear os pagamentos do gás russo, a ferramenta não
é o Swift, mas sim as sanções à Gazprom (maior companhia russa de energia) e as
suas instalações bancárias
A invasão da Ucrânia pela Rússia é um ato horrível.
Os líderes ocidentais, temendo uma guerra mais ampla, respondem principalmente
com sanções econômicas. Uma delas, bastante relevante, foi a exclusão da Rússia
do Swift (literalmente Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias
Mundiais), o sistema de mensagens entre bancos de diferentes países que permite
a realização de transferências financeiras. Trata-se de uma medida poderosa
para minar a economia russa.
Mas, para um especialista em pagamentos como eu,
isso é um mito. Sim, os sistemas de mensagens Swift são fundamentais na
atividade econômica internacional. Desenvolvidos ao longo de cinco décadas,
esses sistemas oferecem comunicações extremamente seguras e encaixam-se nas
mais variadas operações de transações comerciais dos bancos. Os sistemas Swift
poderiam ser um alvo principal em qualquer guerra cibernética, mas felizmente
são bem seguros.
A realidade, no entanto, é que limitar o acesso ao
Swift é menos efetivo na prática do que vem sendo divulgado em boa parte da
mídia. É verdade que a medida é um símbolo importante de repúdio global ao uso
da força militar por parte da Rússia, mas não muito mais do que isso. Outras
medidas contribuem para minar a confiança no rublo, como impedir o Banco Central
da Federação Russa de realizar transações internacionais.
Para entender o efeito prático limitado da exclusão
da Rússia do Swift, vale à pena observar o que aconteceu no caso do Irã. Desde
1987, os Estados Unidos aplicaram e periodicamente reforçaram sanções
comerciais contra o Irã. Isso culminou na ordem executiva de Barack Obama, em
fevereiro de 2011, de congelar todos os ativos dos EUA do governo iraniano, do
Banco Central e das instituições financeiras. Os bancos do Irã foram excluídos
do Swift depois, em março de 2012. Essa medida foi complementar a restrições
diretas a empresas iranianas e intermediários financeiros.
Mas bancos iranianos podiam realizar pagamentos
dentro e fora do Irã, e ainda o fazem, utilizando instituições financeiras de
outros países que estavam dispostos a obter uma margem nessas transações. Isso
nunca foi fácil. Autoridades norte-americanas estabeleceram multas (que
totalizam US$ 5 bilhões) a bancos europeus por proverem este tipo de serviço ao
Irã. A exclusão do Swift não impediu o país de realizar pagamentos.
Então, para que serve exatamente o sistema Swift?
Como o Swift funciona
O Swift foi criado em 1973 como uma forma de
comunicação segura para pagamentos internacionais. É uma cooperativa belga com
cerca de 11 mil bancos membros de 200 países e territórios. O Swift fornece
sistemas de mensagens para instruir e monitorar pagamentos interbancários e
financiamento comercial integrados aos sistemas de processamento dos bancos em
todo o mundo.
O acrônimo Swift é apropriado, já que a velocidade
é uma parte fundamental no processo de pagamentos. Mas as origens da sigla
estão refletidas em uma versão bastante arcaica: Sociedade de Telecomunicações
Financeiras Interbancárias Mundiais. Hoje em dia, no entanto, essas
comunicações são evidentemente baseadas na internet.
Hoje, o Swift lida com cerca de 40 milhões de
mensagens diárias de pagamentos. Se considerarmos que sem esse sistema de
mensagem cada pagamento levaria algumas horas para ser processado por um
funcionário de banco, a economia poderia chegar a US$ 100 por transação. Isso
significaria que o Swift agregaria à economia global um valor de US$ 4 bilhões
por dia, ou US$ 1 trilhão por ano.
O ponto chave é que o Swift efetua as mensagens,
possui a tecnologia e padrões de apoio, mas não tem nenhum papel na execução do
pagamento. Imaginemos que um banco de Londres queira enviar fundos para um
outro em Moscou. A instituição londrina pode utilizar a mensagem Swift para
comunicar o pagamento, mas não para executá-lo. O pagamento em si pode ser
feito de várias maneiras: usando rublos mantidos como saldos pré-existentes com
o banco na Rússia; ou adquirir rublos ao vender libras esterlinas no mercado de
câmbio, ou de ativos em rublos, como títulos do governo russo.
Nada disso depende do Sistema Swift. Não há nenhum
problema fundamental com a transferência de fundos utilizando algum outro
sistema seguro de mensagens. Os bancos russos podem, por exemplo, realizar
pagamentos por meio do SPFS, o sistema de transferência de mensagens
financeiras criado pelo BC russo após a invasão da Crimeia em 2014. Esse
sistema é utilizado atualmente por bancos internacionais na Alemanha e na Suíça
que mantêm relações com bancos russos.
A Rússia poderia usar também a rede CIPS, criada
pelo Banco do Povo da China, o BC chinês, com o objetivo de realizar pagamentos
transfronteiriços em renminbi com participantes indiretos em muitos países. Os
russos poderiam até mesmo utilizar o WhatsApp para instruir as transações
necessárias.
Os pagamentos para exportadores de energia russos,
como por exemplo a Gazprom (maior companhia de energia russa), são ainda menos
dependentes do Swift. Quando os operadores compram petróleo ou gás da Gazprom,
efetuam o pagamento em euros ou dólares americanos em contas bancárias mantidas
pela empresa de energia russa. Portanto, se a intenção é bloquear os pagamentos
do gás russo, a ferramenta não é o Swift, mas sim as sanções à Gazprom e as
suas instalações bancárias.
Nada disso é para dizer que expulsar os bancos
russos do Swift não terá impacto econômico. Essa medida afetará pagamentos de
menor valor, como aqueles relacionados a cadeias de suprimentos de pequenas
empresas, já que o Swift garante um processamento de pagamentos barato e fácil.
Quando você multiplica a economia por muitos milhares de pagamentos, há um
aumento claro, mas isso não muda o jogo, ou seja, não chega nem perto de
representar um divisor de águas.
Caminho longo
O fato desconfortável permanece sendo o de que se
as sanções econômicas devem ser mais do que simbólicas, necessariamente vão
representar custos para os dois lados e deverão ser impostas a longo prazo. A
Rússia se preparou por uma década para a atual guerra e para quaisquer sanções
econômicas.
Moscou investiu imensamente em suas forças armadas
e reprimiu a discussão política interna para conseguir eliminar a oposição à
guerra. As suas operações militares não são dependentes nem de financiamentos
ou fornecimentos externos. A Rússia reestruturou a sua economia a um custo
substancial em termos de padrão de vida: transformou-se num país exportador de
comida, sendo que antes era um grande importador de alimentos, e reorientou
muito de seu comércio, por exemplo, com a Índia e com o Egito.
Pressões financeiras e econômicas sobre a economia
russa aumentam rapidamente e afetarão, acima de tudo, a classe média, já que o
rublo cai e as taxas de juros disparam. Outras sanções mais direcionadas
atingem russos ricos.
É plausível que tudo isso possa levar a um rápido
colapso da autocracia de Putin, mas não devemos nos iludir. Sanções econômicas
de grande alcance contra a Rússia podem ser necessárias por um longo período de
tempo. A expulsão do país do Swift é um símbolo desse esforço, mas não é uma
poderosa ferramenta econômica capaz de restringir as ações da Rússia na Ucrânia
e com pouco custo para nós mesmos.
*Alistair Milne, professor de Economia Financeira da Loughborough
University (Inglaterra)
Este artigo foi originalmente publicado em inglês
no The Conversation
Como Urucânia, um município de Minas Gerais, na Região da Zona da Mata, foi entrar em guerra com a Rússia? Isso só um suposto mineiro responde. A confusão com o nome do país Ucrânia movimentou as redes sociais por um áudio que não se sabe a origem. A brincadeira é de um homem que se diz assustado com os ataques russos e teme que mais cidades mineiras entrem na lista da guerra.
No áudio, ele diz: "Eu estava vendo o jornal aqui agora, estou meio preocupado com esse ‘trem’. A Rússia tá entrando pro lado de cá e se eles conquistarem Urucânia ali, se forem direto vão pegar Ponte Nova, que é forte", disse. "Tô preocupado com essa guerra aí agora, ta? De Urucânia em linha reta é pertinho daqui", completou.
O meme da confusão está divertindo os internautas, veja as reações:
-carai ta dando merda na Ucrânia - oq? Os milicia invadiram? - ???? Q - ah porra, pensei q era Urucânia
Urucânia é uma cidade onde seus habitantes se chamam urucanienses. O município se estende por 138,8 km² e contava com 10.358 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 74,6 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Piedade de Ponte Nova, Oratórios e Santa Cruz do Escalvado,Urucânia se situa a 18 km a Norte-Leste de Ponte Nova a maior cidade nos arredores.
Situado a 436 metros de altitude, de Urucânia tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 20° 19' 26'' Sul, Longitude: 42° 44' 53'' Oeste.
Advogado é preso por dirigir embriagado e matar mulher
atropelada, em BH
A vítima, Cassia Gomes Chaves, morreu ainda no local. Ela
era manicure e deixa um filho de 9 anos de idade.
Por: Loreena Cordeiro
28/02/2022 14:49
Foto: Reprodução Redes Sociais
Um homem, de 24 anos, foi preso na madrugada desta
segunda-feira (28), suspeito de atropelar e matar uma mulher de 35 anos, fugir
do local sem prestar socorro e comunicar falso crime à polícia.
O crime aconteceu na Avenida Raja Gabaglia, na altura do
bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de BH. De acordo com a Polícia Militar
(PM), o homem é advogado e estava embriagado. Testemunhas alegam que o suspeito
dirigia uma BMW azul quando atropelou a vítima que estava saindo de uma festa
na região. Ele fugiu sem prestar socorro.
Mais tarde, o jovem foi até um posto policial na Praça da
Savassi e alegou que tinha sofrido uma tentativa de assalto e que brigou com
flanelinhas na rua Fernandes Tourinho. Os policiais foram até o local, mas não
encontraram o suposto assaltante. Os agentes analisaram o caso e notaram a
semelhança do carro, que faltava a mesma peça encontrada no local do acidente.
O homem realizou o teste do bafômetro que apontou o índice de 0,56mg, além de
ter sido encontrado uma garrafa de vodka aberta dentro do veículo.
O criminoso foi preso por embriaguez ao volante, além de ser
enquadrado como fuga de acidente sem prestar socorro à vítima e falso
depoimento. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), do suspeito também estava
vencida há 30 dias.
A vítima, Cassia Gomes Chaves, morreu ainda no local. Ela
era manicure e deixa um filho de 9 anos de idade.
Africanos estão sendo impedidos de deixar Ucrânia por 'racismo', diz União Africana
Stephanie Hegarty
BBC World Service
28 fevereiro 2022
Cidadãos de países africanos na fronteira ucraniano com a cidade polonesa de Medyka.
CRÉDITO,AFP
Legenda da foto,
Há cerca de 4 mil nigerianos na Ucrânia
A União Africana, organização que reúne os 55 países do continente, condenou publicamente o tratamento que, conforme relatos compartilhados nos últimos dias, vem sendo dispensado aos cidadãos de países africanos que estão na Ucrânia em guerra.
Muitos deles estariam enfrentando dificuldade para atravessar a fronteira para escapar do conflito, sendo inclusive impedidos de embarcar em ônibus e trens que têm saído das cidades ucranianas com os civis que tentam deixar o país.
"Relatos de que africanos são selecionados para tratamento dissimilar inaceitável são chocantemente racistas e uma violação da lei internacional", diz o comunicado divulgado nesta segunda (28/2), assinado por Macky Sall, presidente da entidade, também presidente do Senegal, e por Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana e ex-primeiro ministro do Chade.
"Nesse sentido, os presidentes pedem que todos os países respeitem a lei internacional e demonstrem a mesma empatia e apoio para todos aqueles que fogem da guerra, independentemente da sua raça."
Algumas horas antes, o governo da Nigéria também havia se manifestado de forma parecida.
"Seja por evidências em vídeo, relatos de fontes primárias e de pessoas em contato com funcionários da diplomacia nigeriana, há infelizes relatos de policiais e oficiais de segurança ucranianos que se recusam a permitir que nigerianos embarquem em ônibus e trens em direção à fronteira Ucrânia-Polônia", diz, no Twitter, a conta oficial da Presidência da Nigéria.
O fio cita um vídeo particular que estaria circulando nas redes sociais de uma mulher nigeriana com um bebê de colo filmada no momento em que teve de abrir mão de seu assento no transporte para outra pessoa.
E menciona ainda um grupo de cidadãos do país que teria sido reiteradamente impedido de entrar na Polônia, sendo obrigado a recuar dentro do território ucraniano para tentar cruzar por outra fronteira, com a Hungria.
"Todos os que fogem de uma situação de conflito têm o mesmo direito de passagem segura sob a Convenção da ONU, e a cor de seu passaporte ou de sua pele não deve fazer diferença", diz a publicação.
Segundo o governo do país, há 4 mil nigerianos na Ucrânia, a maioria estudantes. Há décadas nigerianos e cidadãos de outros países africanos têm viajado para a Ucrânia para fazer faculdade, especialmente de Medicina.
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O chefe da diplomacia da África do Sul, Clayson Monyela, destacou que estudantes e outros cidadãos de seu país também vêm sendo "maltratados" na fronteira.
À BBC, um nigeriano identificado como Isaac afirmou ter ouvido dos funcionários na fronteira ucraniana com a Polônia que "não estavam atendendo africanos".
"Fomos perseguidos, atingidos por policiais armados com paus."
O nigeriano Osemen relatou à BBC ter tentado pegar um trem em Lviv para chegar à fronteira com a Polônia, mas foi informado de que apenas ucranianos seriam permitidos a bordo.
Estima-se que mais de 500.000 ucranianos tenham fugido de seu país desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas de suas melhores reportagens
Episódios
Fim do Podcast
A estudante universitária Ruqqaya, da Nigéria, cursava Medicina em Kharkiv, no leste do país, quando a cidade foi atacada. Ela caminhou por 11 horas durante a noite antes de chegar na entrada da cidade polonesa de Medyka, na fronteira com a Ucrânia.
"Quando cheguei aqui, encontrei pessoas negras dormindo na rua", relatou à BBC.
Ela diz ter sido instruída por guardas armados a esperar, pois os ucranianos tinham que passar primeiro. Ruqqaya viu ônibus cheios de pessoas, que ela descreveu como brancas, sendo admitidas na fronteira, enquanto poucos africanos eram selecionados na fila. Depois de esperar por muitas horas, ela finalmente foi autorizada a atravessar e seguiu para Varsóvia para voar de volta à Nigéria.
Asya, estudante de Medicina da Somália que estava em Kiev, afirma ter vivido situação semelhante. Quando chegou à Polônia, segundo ela, disseram-lhe que "a acomodação no hotel era apenas para ucranianos".
Ela agora está em segurança em Varsóvia, hospedada em um hotel. A experiência na capital do país tem sido bastante diferente, e ela diz ter encontrado muitas pessoas gentis e acolhedoras.
Todos os estudantes africanos e asiáticos com quem Asya está em contato tiveram acesso a acomodação gratuita na cidade.
A Polícia de Fronteira polonesa declarou à BBC que todos que fogem do conflito na Ucrânia têm sido recebidos no país, independentemente da nacionalidade. A BBC tentou entrar em contato com a Polícia de Fronteira ucraniana, mas ainda não obteve retorno.
O ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Geofrey Onyeama, afirmou ter conversado com seu colega ucraniano, Dmytro Kuleba, e recebido garantia de que os oficiais de fronteira ucranianos receberam ordem para permitir que todos os estrangeiros que tentam sair da Ucrânia passem sem restrições.
Ainda assim, o Ministério das Relações Exteriores nigeriano mudou sua recomendação e agora aconselha seus cidadãos que tentam deixar o país a seguirem para as fronteiras com a Hungria ou a Romênia, em vez da Polônia.
A embaixadora nigeriana na Romênia, Safiya Nuhu, disse à BBC que até agora cerca de 200 nigerianos - a maioria estudantes - chegaram à capital, Bucareste, e que muitos outros vindos da Ucrânia estão a caminho.