sexta-feira, 22 de abril de 2022

Alunos de escola de BH se revoltam após professora dizer que atravessa a rua ao ver homem negro à noite; VÍDEO

 A polícia chegou a ser chamada. A educadora disse que estava dando um exemplo de como o racismo é enraizado na sociedade.

Por Maria Lúcia Gontijo, g1 Minas — Belo Horizonte

 

Na manhã desta quarta-feira (20), um dia após ouvirem a educadora dizer que atravessa a rua sempre que vê um homem negro à noite, vários alunos ...
G1 · Maria Lúcia Gontijo e Flávia Ayer · 1 dia atrás

Alunos fizeram protestos na escola após comentário racista de professora


Alunos da Escola Estadual Djanira Rodrigues de Oliveira, no bairro Jardim dos Comerciários, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, fizeram um protesto, no pátio da instituição, após comentário racista de uma professora na manhã desta terça-feira (19)(Veja vídeo acima).


Durante uma aula em que ela abordava o "racismo estrutural" da sociedade, ela exemplificou dizendo, segundo os alunos, que atravessa a rua sempre que vê um homem negro à noite.


"Eu fiquei muito nervoso. A professora estava falando de racismo estrutural quando assumiu que se ela visse um homem negro na rua à noite, ela atravessaria a rua e questionou aos alunos quem mais faria isso. Eu sou negro e percebi que ela foi extremamente racista", disse um estudante que não quis se identificar.


Depois que vários alunos foram ao pátio protestar, inclusive com vaias, a diretora da escola chamou a Polícia Militar (PM).

Pátio da escola em BH ficou cheio de alunos durante protesto contra comentário de professora sobre racismo. — Foto: Reprodução

Uma aluna confirmou à polícia a declaração da professora durante a aula. A adolescente disse, segundo o boletim de ocorrência, que chegou a gravar o comentário, mas resolveu apagar o vídeo.


Já a professora disse à polícia que a aula era sobre cotas raciais e que ela trouxe exemplos de racismo estrutural. No boletim de ocorrência consta que ela justificou sua declaração dizendo que foi dada "devido às questões enraizadas de sua criação".

A Polícia Civil disse que vai apurar o caso.



Escola fica na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Teve aula normal nesta quarta-feira (20), um dia depois da confusão. — Foto: Raquel Freitas / g1


g1 tentou contato com a professora e com a direção da escola, mas, até a última atualização desta reportagem, não houve retorno.


O que disse a Secretaria de Estado de Educação


"A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, cuja a Escola Estadual Djanira Rodrigues de Oliveira, em Belo Horizonte, é circunscrita, está acompanhando o caso envolvendo uma professora da unidade. A equipe de inspeção escolar irá apurar a situação, ocorrida na manhã desta terça-feira (19/4), e um relatório será elaborado para avaliar quais medidas poderão ser tomadas.

A direção da escola acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para registrar um boletim de ocorrência e ouvir as partes envolvidas. A direção também ressaltou que a unidade sempre desenvolveu atividades pedagógicas sobre o combate ao racismo para que haja discussões e disseminação de conhecimento sobre o tema.

A SEE/MG reitera que repudia quaisquer atitudes e manifestações de discriminação, preconceito e racismo. A escola é um espaço sociocultural que deve respeitar e, sobretudo, discutir amplamente a pluralidade cultural, como uma forma de desconstruir preconceitos. Além disso, a pasta realiza constantemente a política estadual de promoção da paz nas escolas, como o Programa de Convivência Democrática"

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/04/19/alunos-de-escola-de-bh-se-revoltam-apos-professora-dizer-que-atravessa-a-rua-ao-ver-homem-negro-a-noite-video.ghtml

                                                                       


Homem mata outro a facadas após discussão por pagamento de um litrão de cerveja em bar de T. Otoni

Estabelecimento está localizado no bairro São Cristóvão. Testemunhas relataram no BO todo o ocorrido para a Polícia Militar
TEÓFILO OTONI - O jovem Carlos José Carvalho Dias, de apenas 24 anos, teve um fim trágico na madrugada desta sexta-feira (22).
Ele foi assassinado após receber várias facadas durante uma discussão pelo pagamento de um litrão de cerveja, consumido pela dupla na madrugada. O crime aconteceu em um bar do bairro São Cristóvão (região da “12 de outubro”), zona norte de Teófilo Otoni.
A motivação, conforme relato de uma testemunha está inscrita no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar sobre o caso. A PM foi acionada por pessoas que estavam no local.
Segundo consta, no meio da discussão o autor tirou uma faca que estava em sua meia, e desferiu vários golpes contra a vítima.
A PM realizou rastreamentos nas imediações e conseguiu prender o suspeito. Ele caminhava pela Avenida Minas Gerais (Estrada de Poté) quando foi abordado. O homem, de 47 anos de idade, confessou o crime, segundo a polícia, alegando que Carlos José havia lhe chamado de vagabundo.
De acordo laudo do IML de T. Otoni repassado ao Diário, a vítima recebeu 3 facadas, agonizou e faleceu no chão do estabelecimento.
O homicídio, o quarto este ano na cidade, segue sob investigação da Polícia Civil. (Foto edição: Elvis Passos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário