terça-feira, 26 de abril de 2022

Rapaz pediu socorro quando estava em motel com coronel; leia mensagens

Ele ainda enviou fotos do carro e da pistola do PM ao colega. Os dois foram presos: o oficial por estupro e o rapaz por disparo de arma

atualizado 11/04/2022 0:09

arma na cintura de um homem
Reprodução

O jovem de 21 anos que estava na companhia do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Edilson Martins da Silva, 47, no Motel Fiesta, em Taguatinga Norte, enviou mensagens a um amigo durante o trajeto de entrada no carro do PM até a chegada ao estabelecimento. O rapaz ainda mandou a localização duas vezes e enviou fotos da arma do oficial e do carro.

Na conversa, é possível ver que o amigo tentou ajudar o jovem dizendo que havia acionado a polícia. Ele ainda ligou seis vezes para o colega, mas não foi atendido.

Durante a conversa, o rapaz disse coisas como: “Um PM mandou eu entrar no carro dele” e: “O bicho tá pondo arma na minha cabeça”. A última mensagem enviada pelo jovem foi: “Tô preso amigo”, às 9h da manhã de sábado (9/4), quando ele e o PM foram detidos no motel.

Leia a conversa completa:

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Coronel da PMDF flagrado em motel com jovem está internado em UTI

As mensagens foram anexadas no processo do caso, enviado ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). O coronel foi detido e autuado pelo crime de estupro por forçar relações sexuais. Ele foi internado em um hospital particular do DF após alegar mal-estar durante exame no Instituto Médico Legal (IML). O jovem está preso por disparo com arma de fogo e aguarda audiência de custódia.

Desentendimento

De acordo com o rapaz, ele foi abordado pelo coronel Edilson enquanto voltava a pé para casa, após se encontrar com um amigo em uma distribuidora de bebidas de Taguatinga. O policial teria oferecido uma carona e o convidado para, juntos, usarem drogas. Já dentro do carro do oficial, o jovem teria percebido que Edilson estava armado. Segundo ele, o policial o ameaçou e o coagiu a fazer sexo.

O rapaz detalhou que, dentro do veículo, o coronel começou a passar a mão na perna dele e em seu órgão genital e praticou sexo oral, com o carro em movimento. O jovem alega ter sido levado contra a vontade para um motel, após os dois terem consumido os entorpecentes.

O jovem contou que só aceitou entrar no motel porque se sentiu ameaçado por Edilson, que teria colocado a arma em sua cabeça. No quarto, eles usaram a banheira e chegaram a abrir uma camisinha, mas ambos negaram ter havido penetração.

Ele alegou que efetuou os disparos com a arma do oficial após ser impedido de deixar as dependências do local, já pela manhã. Em conversa com os policiais civis que atenderam a ocorrência, o rapaz mencionou que, após consumirem drogas no motel, os dois se desentenderam. Após a discussão, ele trancou o coronel da PM dentro da suíte e tentou sair do estabelecimento com o carro e a arma do oficial. Ninguém ficou ferido.

Edilson confirmou a versão do rapaz, mas negou que os atos sexuais tenham sido forçados. Segundo o coronel, tanto o sexo oral praticado por ele quanto pelo rapaz foram consentidos. Até a última atualização desta reportagem, ambos estavam presos: o coronel, por estupro; e o jovem, por disparo de arma de fogo.

O coronel é diretor de Apoio Logístico e Finanças, do Departamento de Logística e Finanças, do Comando-Geral da PMDF.

Em nota enviada ao Metrópoles, a PMDF comunicou que “será aberto processo apuratório para esclarecimento das circunstâncias do fato e que a corporação não coaduna com nenhum tipo de desvio de conduta de quaisquer de seus integrantes”.

https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/rapaz-pediu-socorro-quando-estava-em-motel-com-coronel-leia-mensagens

                                                                


Subcomandante da PMDF é exonerado após investigação sobre pedido de carona

Coronel é alvo de investigações que apuram o caso do major Fábio Borges, que teria ligado para o 190 para pedir carona para um de seus funcionários, com residência em Ceilândia

CS

Carlos Silva*

postado em 26/04/2022 14:16

  (crédito: PAULO JAMIR PAIVA GOMES)

Foi exonerado, nesta terça-feira (26/4), o coronel Hércules Freitas, subcomandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A decisão, assinada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta terça. 

O coronel é alvo de investigações que apuram o caso do major Fábio Borges, que teria ligado para o 190 — telefone destinado ao atendimento de ocorrências policiais — para pedir carona para um de seus funcionários, com residência em Ceilândia.

 

Borges teria ameaçado os policiais que atenderam ao chamado no local. Em tom autoritário, quando questionado, o major disse que a ordem teria partido do subcomandante Freitas. “Pode falar com quem quiser, a ordem é do subcomandante-geral”, teria dito.

 

O oficial que havia questionado a fala do major foi informado de que Hércules Freitas havia ligado para o chefe do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e pedido para que o major fosse deixado em casa.

 Veja o trecho da exoneração:

  

A exoneração se dá "em cumprimento à ordem judicial exarada pela Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT"

A exoneração se dá "em cumprimento à ordem judicial exarada pela Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT"

(foto: DODF/Divulgação)

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel 

https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2022/04/5003292-subcomandante-da-pmdf-e-exonerado-apos-investigacao-sobre-pedido-de-carona.html

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