quinta-feira, 13 de junho de 2024

Naval, suspeito de ser um dos executores de Jerominho, se torna chefe da maior milícia do RJ após morte de Pipito, dizem polícia e MP

 Segundo informações da Polícia Civil e Ministério Público do Rio, o criminoso é um homem de guerra da milícia, considerado violento e responsável por vários homicídios. Apelido veio do período como fuzileiro naval.

Por Henrique Coelho, g1 Rio

Paulo David, conhecido como Naval, é apontado por informações da Polícia e MPRJ como novo chefe da maior milícia do Rio — Foto: Reprodução

Paulo David, conhecido como Naval, é apontado por informações da Polícia e MPRJ como novo chefe da maior milícia do Rio — Foto: Reprodução

Seis dias depois da morte do miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, durante uma operação policial, a maior milícia do Rio já determinou quem assume como um dos chefes da organização criminosa. É Paulo David Guimarães Ferraz Silva, conhecido como Naval.

Segundo informações da Polícia Civil e Ministério Público do Rio, o criminoso é um homem de guerra da milícia, considerado violento e responsável por vários homicídios. O apelido veio por conta de seu passado como fuzileiro naval.

"Após a captura do Pipito, monitoramos os movimentos da milícia e eventuais consequências", disse João Valentim, delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que foi responsável pela prisão de Pipito.

Um dos homicídios que tem suspeita de participação de Naval é o do antigo chefe da milícia Liga da Justiça, Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, em 2022.

 

As investigações apontaram que Jerominho foi morto porque o então chefe da organização criminosa, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, descobriu um plano dele para retomar a liderança da quadrilha.Reproduzir vídeo

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Ex-vereador Jerominho é morto a tiros no Rio

Segundo investigações da Polícia Civil e a denúncia do MPRJ, Paulo foi um dos autores da execução de Jerominho e de seu amigo, Maurício Raul Atallah, em Campo Grande, em plena luz do dia. 

As investigações da Polícia Civil do Rio apontam que, antes da morte de Pipito, Naval ajudou a reforçar a região da Carobinha, que chegou a sofrer com investidas de traficantes do Comando Vermelho, além de proteger as comunidades que já comandava, como Barbante e Vilar Carioca, de ataques da mesma facção.

O miliciano também passa a dominar as comunidades de Antares e Rola, consideradas estratégicas para a milícia da Zona Oeste, que eram comandadas por Pipito até sua morte.

"A percepção é que se trata de uma liderança sobretudo na comunidade do Barbante e atuava em consórcio com o falecido de vulgo Pipito. Com a morte deste, tende a assumir o papel de unir cada vez mais os grupos armados, ainda fragmentados", analisou Fábio Corrêa, coordenador do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.

Morte de Pipito

Pipito, em foto recente; criminoso foi morto durante operação policial — Foto: Reprodução

Pipito, em foto recente; criminoso foi morto durante operação policial — Foto: Reprodução

Pipito foi morto após ser baleado em uma operação da Polícia Civil do Rio no dia 7 de junho.

A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

Pipito foi tirado da caçamba do carro da polícia colocado na maca; segundo a secretaria, ele já estava morto — Foto: Reprodução

Pipito foi tirado da caçamba do carro da polícia colocado na maca; segundo a secretaria, ele já estava morto — Foto: Reprodução

O miliciano e seguranças estavam em uma casa e reagiram à prisão, segundo a polícia. Houve troca de tiros e os três foram baleados.

Segundo delegados da Draco, Pipito trocou de carro várias vezes para despistar a polícia antes de ser morto.

 

De acordo com a polícia, Pipito tinha uma função relevante dentro da organização da milícia na qual atuava e já vinha sendo investigado há anos, antes mesmo da morte de Carlinhos 3 Pontes, em 2017.

“Ele tinha uma função relevante na milícia e sempre foi homem de confiança. Estava na quadrilha desde o (Carlinhos) 3 Pontes. Então, tinha muita importância no bando. Desde quando o Faustão foi morto, no ano passado, ele se aproximou do Luiz Antônio. Então, o Zinho deu autonomia para ele após se entregar”, completou o delegado Willian Cavalcante, da Draco.


https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/06/13/miliciano-naval-executor-jeroninho-chefe-milicia-rj-morte-pipito.ghtml

                                                 


                                                                    


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YouTube · PT - Partido dos Trabalhadores · 19 de fev. de 2020

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