Constituição Federal foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Constituintes discursaram em evento no Congresso que celebrou a data.
Por Beatriz Borges, Kevin Lima, g1 — Brasília
35 anos depois, cinco parlamentares constituintes ainda estão ativos no Congresso; veja quem são — Foto: Reprodução
A Constituição Federal completou 35 anos de sua promulgação
nesta quinta-feira (5). A data foi celebrada no Congresso Nacional e, entre aqueles
que discursaram, estavam parlamentares que fizeram parte da Assembleia Nacional
Constituinte.
A assembleia funcionou entre 1987 e 1988 e foi composta por
559 parlamentares, entre eles, estavam cinco parlamentares que ainda estão
ativos no Congresso Nacional, e nomes da política como o atual presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente Geraldo Alckmin
(PSB).
Promulgada em 5 de outubro de 1988, a Constituição Federal
restabeleceu a eleição direta para presidente da República, o equilíbrio entre
os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e consagrou direitos
fundamentais dos cidadãos.
O texto foi construído com ampla participação popular por 20 meses e marcou o fim da ditadura militar e a retomada da democracia no Brasil.
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Veja os cinco deputados e senadores que ainda continuam
ativos na vida política:
Renan Calheiros
Ele se tornou senador em 1995. Foi eleito por três mandatos
consecutivos a partir de 2003. Também ocupou a Presidência do Senado por três
vezes.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi eleito a um cargo político pela primeira vez em 1979. Chegou ao Congresso Nacional em 1983. Ele foi deputado federal e ministro da Justiça.
Assembleia Constituinte — Foto: JN
Em discurso nesta quinta, durante a celebração dos 35 anos
do texto, Renan Calheiros homenageou o ex-presidente José Sarney, que comandou
o Brasil durante a Constituinte.
“A Constituição ergueu uma nação democrática, livre,
próspera, civilizada e solidária. Acertamos muito mais do que erramos. Eu tenho
orgulho de ter participado da melhor constituição brasileira de todos os
tempos”, acrescentou.
Paulo Paim
Paulo Paim (PT-RS) já exerceu mandatos como senador e
deputado. Atualmente, é senador da República.
Em seu discurso na celebração dos 35 anos da promulgação da
Constituição, o senador contou sobre a experiência de ter integrado a
Assembleia Constituinte.
“Eu me reuni muitas vezes — vou lembrar nomes aqui — com
Cabral, o nosso inesquecível Relator da Carta Magna, Mário Covas... Eu me
lembro com alegria de quantas vezes, querido Aécio Neves, nos reunimos com
Lula, Olívio Dutra, Covas, Ulysses e, juntos, articulávamos os debates nas
comissões e no Plenário. Eu tenho muito orgulho em dizer que eu participei da
Constituinte, ao lado desses grandes homens”, afirmou Paim.
Lídice da Mata
Lídice da Mata (PSB-BA) soma 40 anos à frente de cargos
políticos. A primeira experiência dela foi em 1983, quando exerceu o mandato de
vereadora em Salvador (BA). Em 1987, chegou à Câmara e participou da Assembleia
Nacional Constituinte.
Lídice era integrante da chamada Bancada do Batom, que
lutava por direitos às mulheres na construção do texto constitucional.
Após a experiência na Câmara, ela se tornou a primeira
prefeita eleita em Salvador. Foi ainda deputada estadual e senadora.
Benedita da Silva
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) já exerceu os cargos de
senadora, vereadora e possui 6 mandatos como Deputada Federal.
Benedita era integrante da chamada Bancada do Batom, que
lutava por direitos às mulheres na construção do texto constitucional.
Aécio Neves
Aécio Neves (PSDB-MG) tomou posse pela primeira vez como
deputado federal em 1987, desde então, o parlamentar exerceu mandatos como
governador, senador e deputado.
Nesta quinta-feira (5), o deputado participou do evento em
comemoração aos 35 anos da constituição e ressaltou a importância do texto.
“Certamente, longe disso, não fizemos uma Constituição
perfeita. Ao contrário, ela trouxe desencontros, ela é por demais detalhista,
mas foi ela que nos permitiu superar, nos anos recentes, momentos graves para a
democracia brasileira, com o impeachment de dois Presidentes da República, com
os inomináveis atos do dia 8 de janeiro, sem que as nossas instituições de
qualquer forma estivessem abaladas”, afirmou Aécio.
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