Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, foram fiscalizados cerca de 1.020 hectares e 71 locais foram fiscalizados durante a operação.
Por g1 Grande Minas
02/10/2023
Operação Amazônia em pé fiscaliza o desmatamento na região —
Foto: MPMG/ Divulgação
Cerca de R$ 9 milhões em multas foram aplicadas na operação
“Mata Atlântica em pé” de combate ao desmatamento ilegal, realizada em 21
municípios do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. O balanço foi divulgado
pelo Ministério Público de Minas Gerais e corresponde ao período entre 09 a 22
de setembro.
Segundo o MP, foram fiscalizaram 71 alvos suspeitos de
práticas de crimes ambientais no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. Foram
flagrados quase 1.020 hectares de supressão de vegetação nativa em Minas
Gerais. As ações de fiscalização ocorrem simultaneamente em 17 estados que
possuem cobertura de Mata Atlântica.
As áreas fiscalizadas estão nos municípios de Almenara, Aricanduva, Cachoeira de Pajeú, Capelinha, Catuji, Chapada do Norte, Itaipé, Itamarandiba, Itaobim, Jacinto, Jequitinhonha, Ladainha, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Novo Cruzeiro, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, Poté, Setubinha e Teófilo Otoni.
Ação fiscalizou 71 locais suspeitos — Foto: MPMG/ Divulgação
Durante a ação, 55 alvos foram autuados por infração ambiental. Ainda foram apreendidos 12.780 metros cúbicos de lenha nativa e 192 metros cúbicos de carvão nativo, além de dois animais silvestres, um trator, um caminhão e duas motosserras. O MP informou, ainda, que os responsáveis pelo desmatamento podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal, além de estarem sujeitos às sanções administrativas relacionadas aos registros das propriedades rurais.
“Em Minas Gerais, a Mata Atlântica ocupa 40% do território e
é um dos biomas mais importantes para as presentes e futuras gerações. O
Ministério Público, em conjunto com o Governo do Estado, está comprometido com
a ampliação das fiscalizações e na busca pelas devidas sanções jurídicas e
administrativas para os infratores”, disse por meio de nota o promotor de
justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do
Ministério Público de Minas Gerais (Caoma-MPMG), Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
Além do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), participaram da operação, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Polícia Militar do Meio Ambiente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Madeira ilegal foi apreendida na operação — Foto: MPMG/
Divulgação
Extremistas e adeptos de teorias da conspiração lotam salas de cinema para ver filme sobre história de possível abusador
São Paulo – Bolsonaristas e fanáticos evangélicos estão em
campanha de exaltação ao filme Som da Liberdade, do diretor Alejandro Gómez
Monteverde. Ao tratar do tráfico internacional de crianças, o filme subverte a
justa luta contra a exploração infantil e se aproveita da temática sensível
para tentar emplacar pensamentos fundamentalistas. As controvérsias não param
por ai. A história é inspirada no caso real de Tim Ballard, um norte-americano
endeusado no filme, mas acusado de abusos sexuais na vida real.
O estímulo de bolsonaristas e radicais de direita ao filme é tanto que ele lidera as bilheterias no Brasil atualmente. Muitos pastores estão, inclusive, distribuindo ingressos aos fiéis. Entre eles, relatos de que a própria família Bolsonaro estaria por trás da distribuição. Assim, multidões fanáticas invadiram shoppings de todo o país entoando cantos de louvor, caminhando pelos estabelecimentos em comportamento de horda.
Em Santa Catarina, policiais militares compareceram em massa aos cinemas. Inclusive, divulgaram vídeos convocando aqueles alinhados ideologicamente com a extrema direita e as pautas ultraconservadoras para que lotassem as salas.
Conspirações
Nos Estados Unidos, o filme despertou a atenção de uma rede de extremistas radicais de direita, que idolatra Donald Trump, conhecidos como QAnnon. A ideologia é de que existe uma conspiração global, um tipo de “nova ordem” conduzido por figuras poderosas do capitalismo, mas que eles chamam de esquerdistas. Presidentes, líderes de grandes corporações, entre outros. Então, estes radicais abraçam uma teoria de que essas pessoas conduzem um esquema global de abuso de crianças.
A criação de inimigos falsos é um modus operandi da extrema direita, basta ver a ideologia macartista nos Estados Unidos, que demonizou o comunismo como forma de fortalecer as ideologias vigentes no país durante a Guerra Fria. “Não é à toa q O Som da Liberdade é o filme de cabeceira da extrema-direita em tdo o mundo. Ele mobiliza na divulgação das teorias da conspiração q eles tanto creem. Essas teorias mentirosas são mais importantes q o próprio filme”, diz a professora universitária Lola Aronovich.
A realidade
No mês passado, um grupo de mulheres acusou Ballard de “assédio sexual, manipulação espiritual, aliciamento e má conduta”. Na obra de ficção, o norte-americano, ex-agente federal, viaja à Colômbia para desmascarar suposto esquema de abuso infantil. Já na realidade, as mulheres afirmam que “embora valorizemos nossa privacidade enquanto trabalhamos para reconstruir nossas vidas, também sentimos a responsabilidade de falar e afirmar inequivocamente que essas alegações são verdadeiras”.
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