terça-feira, 26 de abril de 2011

Caso Marcela repercute na imprensa




29 de Mar de 2011 - 10h20min

    O jornal Estado de Minas publicou nesta terça-feira(29) uma noticia sobre o caso Marcela. Com o título “Polícia investiga ligação de mulher com a morte de marido em Teófilo Otoni” o diário diz que ela  "teria armado a trama para receber dinheiro de seguro". Marcela  está presa, acusada de ligação com assalto. Diz o jornal:
    Uma nuvem de mistério paira sobre a morte de um homem em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Antônio Evaldo Rodrigues Freire, de 35 anos, desapareceu em 4 de janeiro e seu corpo foi encontrado 21 dias depois em um matagal da cidade, num suposto suicídio. O surgimento de indícios como uma apólice de seguro em nome da esposa, Marcela Souza Pimenta, de 29 anos, e o envolvimento dela com uma quadrilha de assaltantes causaram reviravolta na apuração. Marcela passou a ser considerada suspeita de ter encomendado a execução do companheiro. A mulher, proprietária de três lojas de roupas em Teófilo Otoni, está presa desde 17 de março, acusada de tramar assalto à casa de um vizinho. Ela nega envolvimento com a morte e os assaltos.

A delegada da Divisão de Crimes Contra a Vida, Iara de Fátima Gomes, confirma que em 27 de dezembro de 2010 Rodrigues contratou uma apólice de seguro de vida, cujo valor ultrapassa R$ 700 mil, colocando como beneficiária a esposa. “Eles já não viviam juntos, mas ainda assim continuavam se encontrando”, explica. A indenização não chegou a ser paga.

EXUMAÇÃO

Como foi a própria Marcela quem fez o reconhecimento do corpo, Iara Gomes requisitou a exumação do cadáver. O procedimento, que analisará a arcada dentária do morto, ocorreu no sábado, mas a delegada ainda não recebeu o resultado.

A empresária registrou Boletim de Ocorrência sobre o suposto desaparecimento do marido. A ossada de Rodrigues foi encontrada em 25 de janeiro, já em avançado estado de decomposição. Junto aos restos mortais repousava um revólver calibre 38 carregado, com um cartucho deflagrado, além de documentos e o celular da vítima. A perícia constatou que ele morreu com um tiro na boca, num suposto suicídio. Familiares e a esposa informaram à polícia que ele atuava no cadastro de famílias no programa Bolsa-Família. Há informações de que também trabalhava junto a prefeituras em processos licitatórios.

As suspeitas com relação à empresária ganharam corpo quando familiares de Rodrigues foram ouvidos. A família questionou a versão do suicídio.

incriminada Um acontecimento crucial para encorpar as suspeitas sobre Marcela foi sua prisão pelo suposto planejamento do assalto à casa do empresário Antônio Juscinei Gomes, de 39 anos, vizinho e dono do prédio onde ambos viviam. Ela e Mitsunori Shinkawa de Oliveira são acusados de contratar três pessoas, entre elas um aluno da academia do 19º Batalhão da Polícia Militar, para roubar equipamentos eletrônicos armazenados na residência da vítima. Segundo o delegado João Augusto Ferraz, que preside o inquérito relativo ao assalto, cada um receberia R$ 1 mil. “Ela entrou no prédio com os homens em seu carro e subiu até o apartamento. Lá, eles esperaram a chegada do alvo”, relata. Ele acrescenta que Marcela forjou ter sido feita refém e deixou o local com os bandidos.

A polícia atribui ao grupo outras ações no município, como roubos em residências, lojas e postos de combustíveis. Em 15 de março, o aposentado Antenor Laube, de 86 anos foi surpreendido em casa, na zona rural de Teófilo Otoni, e acabou morrendo ao reagir e ser baleado, crime que os policiais acreditam estar ligado à quadrilha.

O delegado revelou ter chegado à empresária depois de prender um integrante do bando, que confessou a história. Ele diz que a mulher pode estar envolvida em outros roubos, mas isso não foi confirmado.

Em meio ao turbilhão de novos fatos, Marcela apresentou à polícia um documento, retirado da internet, que seria prova do envolvimento de Rodrigues num esquema de fraudes no Bolsa-Família. Os investigadores acreditam se tratar de uma tentativa de desviar o foco.

Um homem apontado como amante de Marcela e os acusados de envolvimento no assalto estão no rol de possíveis coautores do crime. A empresária não foi formalmente indiciada pelo homicídio, pois a polícia ainda trabalha na reunião de mais provas sobre o caso.

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